sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Volta Freitas, estás perdoado


Sem se perceber muito bem porquê, o governo português foi dos poucos países europeus a não reconhecer imediatamente a declaração unilateral de independência do Kosovo, em Fevereiro deste ano.
Portugal não era nem a favor, nem contra. Antes pelo contrário.

No início deste mês, de forma igualmente misteriosa, o governo português lá acabou por reconhecer a declaração unilateral de independência do Kosovo.

A violação do direito internacional nunca foi evocada para sustentar as dúvidas acerca do reconhecimento, tal como nada entretanto aconteceu que parecesse poder justificar uma mudança de posição.

Ontem, na RTP, o ministro dos negócios estrangeiros escolhido por José Sócrates após ter ganho as eleições, avançou com algumas perguntas em jeito de possível explicação:

“Porque é que agora de repente se reconhece? Sobre pressão de quem? Terá sido uma pressão do Presidente Bush já a arrastar os pés?”.

“Sabe-se que o Presidente da República era contra, que o primeiro-ministro era contra, o Ministro dos Negócios Estrangeiros era contra. Não sei se são, eram contra. Tanto eram que retardaram uma tomada de posição”, questionou-se Freitas do Amaral.

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