terça-feira, 31 de março de 2009

Trova que tudo diz

Poema ouvido durante as jornadas do PS, a decorrer em Guimarães:

"A trova do vento que passa
Traz notícias do meu país
O vento cala a desgraça
E o Alegre, a Portugal, nada diz"

Adivinhem quem vem para jantar?

Afinal, Manuel Alegre apareceu nas jornadas parlamantares do PS... mas só para jantar. Não esteve nos debates, não vai ouvir, amanhã, José Sócrates. E quando lhe perguntam as razões que o trazem a Guimarães, apenas para jantar, responde:

"O senhor não é o meu controleiro... não tenho de dar explicações sobre isso e pronto."

No grupo parlamentar do PS, deve haver castas. Ou uns são mais deputados do que outros.

Moralizar é preciso

Depois de ser recebido por Durão Barroso, Paulo Portas falou aos jornalistas. Centrou as suas declarações em torno da necessidade de defender e preservar a economia de mercado e a livre iniciativa, mas com a responsabilidade ética que diz ter faltado até aqui. E ainda criticou as medidas “insuficientes” tomadas pelo governo para ajudar jovens e casais desempregados a fazer face à crise. Paulo Portas falou de improviso, como sempre. Depois de consultar brevemente umas notas manuscritas em papel timbrado do Hotel Conrad. O mais luxuoso de Bruxelas.

Matar saudades

Por momentos, a visita de Paulo Portas à Comissão Europeia parecia uma reunião de antigos alunos. Neste caso, de antigos membros do XV governo constitucional. Antes de subir para se encontrar com o seu ex-primeiro-ministro, o ex-ministro da defesa tinha à sua espera a ex-ministra da ciência e ensino superior e actual conselheira de Durão Barroso, Graça Carvalho. A acompanhá-lo à saída teve o “seu” ex-director do Instituto de Defesa Nacional e actual conselheiro de Barroso, João Marques de Almeida.

Pontualidade britânica

Em Roma, sê romano. Em Londres, sê pontual. E, já agora, no resto dos sítios também. Quiçá inspirado pela sua passagem ontem pela capital britânica, Paulo Portas não chegou à hora prevista para o encontro marcado para esta tarde com Durão Barroso, em Bruxelas. Não. Chegou antes. Pelo menos um quarto de hora, com tempo para acabar calmamente um cigarro à porta da Comissão Europeia e apanhando desprevenidos todos quantos se haviam habituado à relação algo flexível de Portas com os ponteiros do relógio.

Diz quem sabe que não é de agora, que a pontualidade faz parte de um novo estilo. Diz também quem sabe que, pelo sim, pelo não, da parte do gabinete de Barroso houve uma certa insistência para que o encontro começasse à hora prevista. Ao que da parte do líder do CDS responderam que não havia motivos para preocupação. A pontualidade veio para ficar. Até ver.

(Des)encontros imediatos

Paulo Portas está em Bruxelas, onde será recebido por Durão Barroso daqui a pouco e regressa logo a seguir para Lisboa. Mesmo a tempo de não participar na sessão de atribuição do nome de Francisco Lucas Pires à sala de leitura da biblioteca do Parlamento Europeu. Uma iniciativa que partiu de um dos eurodeputados do CDS. Que, por acaso, foi quem susbtituiu Portas na presidência do partido e a quem o actual líder se entreteve a fazer a vida negra. Ribeiro e Castro discursará na sessão dedicada a Lucas Pires.

Deputado em "part-time"

Nas jornadas parlamentares do PS, há várias ausências notórias. E uma que salta à vista do que outras: a de Manuel Alegre. Bem lamenta Alberto Martins que gostaria de contar com toda a bancada socialista, mas...

Hum, hum, ugh, glup

Alberto Martins, líder parlamentar socialista, engasgou-se duas vezes quando discursava nas jornadas parlamentares do PS que decorrem em Guimarães. Falhou-lhe a voz aqui:

"Ensina-nos {a História} que são precisas soluções fortes para regular com harmonia os mercados, para inverter a espiral de ganância dos lucros a curto prazo, para prevenir a doença das remunerações predatórias e para acabar com os "paraísos fiscais", para vencer a impunidade".

Outra falha de voz aconteceu no final desta frase:

"Há que subordinar de novo a economia à política, voltando a ligar os fluxos financeiros com as reais necessidades sociais e económicas, e proteger os mercados e as instituições face ao estéril jogo da "roleta".

sábado, 28 de março de 2009

Ana Gomes concorre em Sintra, mas não quer deixar Bruxelas

Está desfeito o mistério que levou Ana Gomes a proferir esta frase, numa entrevista ao DN, e que foi assinalada aqui: "Hoje estou sinto muito mais admiração por José Sócrates".

sexta-feira, 27 de março de 2009

Esta cultura que governa Portugal...

José Sócrates e Manuel Pinho recordam-se de terem finalizado o acordo que prevê o apoio à cortiça portuguesa no dia... do jogo Sporting-Benfica. É espantoso que um primeiro-ministro e um ministro retenham na memória acontecimentos verdadeiramente importantes para a Mundo continuar a girar.

PRIC - Processo de Insuflar em Curso

Alberto Martins, presidente do grupo parlamentar do PS, reuniu separadamente com os outros líderes parlamentares, numa tentativa de encontrar uma solução para a escolha do Provedor de Justiça. Na ronda negocial, participou, na tarde desta quinta-feira, Manuel Alegre que também teve direito a uma reunião a sós, no gabinete de Alberto Martins.
Num único acto, o líder parlamentar socialista deu a Manuel Alegre o mesmo estatuto atribuído a Bernardino Soares, Luís Fazenda e Diogo Feio. Alberto Martins reconhece portanto que há um grupo, dentro do PS, liderado por Manuel Alegre que até merece reuniões à parte.
Dêem-lhe gás, dêem-lhe, e depois queixem-se.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Vrrruuuuummmmm

Um grupo de 60 pequenos e médios empresários juntou-se, num jantar, esta noite, para ouvir Manuela Ferreira Leite. A julgar pelo parque automóvel que está estacionado fora do restaurante, a indústria automóvel alemã - a da alta cilindrada - não se pode queixar da situação das PMEs portuguesas. Pelo menos, as da zona de Leiria.
Ou então, indirectamente, foi a maneira que escolheram para pedir a Manuela Ferreira Leite que seja mais rápida, mais forte e mais segura.
O local do repasto, Quinta do Paúl, faz-nos pensar o que Isaltino Morais quis dizer com aquela história de presidentes de câmara que assinam documentos sem ler. Devem também assinar desenhos. Nem falta um menino de pedra a jorrar água, no meio de umas dezenas de salas de jantar, jardins, parques e uns candeeiros dourados.

Blog (pouco) diplomático

Duas ou Três Coisas é o blog de Francisco Seixas da Costa, embaixador português em França. Muito mais do que 'um blog de um diplomata' (seja lá isso o que for).

Cavacologia - não negue à partida uma ciência que desconhece

Cada vez que o Presidente da República fala, logo se mobiliza um importante exercício de interpretação das suas palavras. Mais do que alguém que diz umas coisas, do género “concordo com isto…”, “não gosto daquilo…”, Cavaco assumiu um estilo que se situa algures entre o Oráculo de Delfos, a que não faltam as respectivas pitonisas para transmitir e ajudar a interpretar a mensagem, e o horóscopo de jornal, que cada um interpreta como lhe convém (em que o “acontecimento importante” anunciado para a semana seguinte tanto pode ser encontrar 5 euros, como pisar cocó de cão, tudo na mesma rua).

Felizmente há quem domine quase na perfeição a nobre arte de decifrar Cavaco, um exercício já conhecido como Cavacologia e que deverá brevemente começar a ser leccionado numa universidade privada perto de si.

O Público de hoje explica que o presidente enviou mensagens sobre investimento público ao governo “de forma subliminar”, sublinhando que Cavaco “levava a lição bem estudada” (o que, sendo ele professor, não deveria surpreender, mas nos dias que correm temos que estar preparados para tudo). É que Cavaco “conseguiu encontrar facilmente uma ligação entre o museu (que inaugurava em Penafiel) e os problemas que o país enfrenta” (aplausos). E, a partir daí, enumerou dois desafios “cuja problematização é um verdadeiro programa alternativo de governação”, garante quem assistiu, claramente deslumbrado, ao exercício.

Como Cavaco “não enumerou os investimentos cuja análise custo/benefício coloca em causa” (ou não se tratasse de uma mensagem subliminar), uma pitonisa (identificada como “um responsável do seu gabinete”) desafiou o jornal a "decifrar aqueles que não se adequam ao momento que vivemos". O desafio foi aceite e, depois de longa reflexão, chegou a conclusão no estilo factual que deve marcar a actividade jornalística: “E, sendo assim, é bem provável que estivesse a pensar no TGV, no novo aeroporto e em algumas auto-estradas”.

Ora, sendo assim, é bem provável que quando falou com a boca cheia de bolo-rei, Cavaco estivesse a denunciar os atentados à liberdade de expressão (ou simplesmente engasgado com a fava e/ou o brinde). E que quando disse que o Freeport era “um assunto de Estado”, é bem provável que estivesse a pensar noutra coisa qualquer. Mas isto são apenas interpretações de um candidato a uma licenciatura em cavacologia.

E os caprichos da Quinta da Marinha, senhores?

Os colégios privados estão preocupados com as famílias que não conseguem pagar as mensalidades. Por isso, decidiram pedir apoio ao Estado. Querem que o Governo arranje umas bolsas - ou coisa que o valha - para ajudar essas famílias a manter os filhos nos respectivos colégios.
O CDS, preocupadíssimo com as dificuldades dessas famílias, resolveu propôr mais ajudas do Estado para quem tenha os filhos em escolas particulares.
Por este andar, daqui a pouco o CDS - e algumas associações ligadas ao sector - ainda vai recorrer ao Estado um apoio substancial para famílias da Quinta da Marinha que, por causa da crise, têm tido manifestas dificuldades em mudar a água das piscinas e em arranjar a relva dos jardins.
Por mim, e antes que o dinheiro do Estado acabe, estou aqui a pensar em fazer também uma petição ao Governo para me ajudar: estou habituado a vestir-me na Decenio e praticamente só calço Timberland, além de gastar, por mês, umas centenas de euros em livros. Não há por aí um subsídiozinho que me ajude a sustentar os meus caprichos?

terça-feira, 24 de março de 2009

Um Papa a olhar-se num espelho desfocado


No rescaldo da visita do Papa Bento XVI a Angola e aos Camarões, não poderia deixar de sublinhar a sensatez, a coragem, a ousadia e especialmente a coerência que sustentam as suas declarações.
A começar pela mera coincidência de Bento XVI escolher países ricos em petróleo para fazer a sua primeira visita a África. Qual Togo, qual Burkina Faso, qual Burundi, qual Namíbia. E depois, o resto. Sobre os preservativos, ficamos conversados.
Em Luanda, Bento XVI resolveu tocar nesse assunto, por muitos considerado "tabu", da corrupção. Os mesmos lugares-comuns para dar a entender que os dirigentes angolanos são corruptos. Foi pena Bento XVI só ter reparado nisso por estes dias. Um mês antes, andavam os altos representantes da sua Igreja em jantares de gala, a 500 dólares por pessoa. Coisa pouca, portanto, oferecida certamente por apenas gente honesta, sem uma pinga de pecado. O jantar rendeu 100 mil dólares, com direito a um leilão, à boa maneira de uns vendilhões de outros tempos. Curiosamente, o assunto Cabinda - esse sim, susceptível de causar incómodo - não lhe aflorou os lábios, não fosse ofender uns ouvidos mais sensíveis que o apaparicaram na sua estadia.
Logo a seguir, o Papa pediu maior distribuição da riqueza. Não sei estaria a pensar nos faustosos monumentos pertencentes à Igreja ou estaria a pensar naqueles Prada, Geox, Serengeti que abrilhantam a sua vaidade. No final da visita, ninguém quis revelar quanto custara todo aquele aparato. Mas sabe-se que o Governo de Angola ajudou a pagar a factura. O mesmo governo que alberga e é dirigido por "corruptos".
E, por fim, em Angola, não se esqueceu da... guerra, que terminou em 2002. A mesma guerra que muitos bispos e padres angolanos ajudaram a fomentar com incendiárias declarações nos períodos mais quentes. E sobretudo com um apoio descarado a um louco sanguinário.
Nota: foto do Jornal de Notícias

segunda-feira, 23 de março de 2009

O que tu queres sei eu

Além de colunista, ex-comunista, defensor do governo, professor-doutor-de-coimbra-pelo-amor-de-deus, blogger e cabeça de lista às europeias, Vital Moreira deu também em especulador político e jornalístico.

Provavelmente aborrecido por a campanha nunca mais começar, ou simplesmente curioso em saber quem será o seu adversário mais directo, Vital Moreira escreve no seu blog que “continua sem ser conhecido o cabeça de lista do PSD às eleições europeias, mantendo aberto o espaço para a especulação política e jornalística”.

Vai daí, o futuro eurodeputado decidiu juntar-se à dança e atirar alguns nomes para o meio da praça. Primeiro, com conhecimento de causa, afasta Marques Mendes da corrida: foi 'especulado', logo, não deverá ser candidato (tal como Rui Rio). Depois, de forma muito pouco subtil, tenta meter Mota Amaral ao barulho. Como? Chamando a atenção para o facto de este ter escrito um artigo no Expresso sobre a União Europeia. Será “puramente casual”, pergunta?

Confesso que não acompanho a carreira do senhor a par e passo, mas todos os artigos de Mota Amaral que me lembro de ter visto no Expresso eram precisamente sobre a União Europeia.

Será que Vital não tem mesmo mais nada para fazer, ou foi apenas uma forma freudiana de dizer que preferiria enfrentar Mota Amaral em vez de Marques Mendes ou Rui Rio? Será puramente casual?

Se não os podes vencer...


O Parlamento Europeu está empenhado em combater as ridículas taxas de participação eleitoral que legitimam a sua existência (em 2004 a abstenção atingiu os 54,5% nos 25 países que participaram, chegando quase aos 80% na Polónia e ultrapassando os 61% em Portugal…).

Vai daí, lançou uma agressiva campanha a apelar à participação eleitoral, cuja filosofia parece ter sido inspirada nas campanhas que culpam a Europa por todos os males. Ou seja, vale tudo para convencer os europeus a votar. Desde ralhar-lhes como se fossem crianças com frases do género “se não votar, não se queixe” (sim, este é mesmo um dos argumentos), até jogar com a ignorância e o desconhecimento em torno de alguns dos medos mais actuais, como é o caso da crise financeira. Como se o PE tivesse pintado alguma coisa na (des)regulamentação dos mercados decidida pelos governos ao longo dos últimos anos.

Há mais exemplos, estão aqui. Dia 7 de Junho veremos os resultados.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Nem só de boas notícias vive um país

Bento XVI chegou hoje a Angola. Depois do fim da guerra e da epidemia de cólera, é a terceira calamidade que Angola sofre em sete anos.

As mulheres podem ser de Vénus, mas os homens não são de Marte

A conferência de imprensa que assinalou o fim do primeiro dia de trabalhos do Conselho Europeu (ontem à noite, em Bruxelas) foi dominada por questões relacionadas com a resposta à crise e o relançamento da economia. Até que surge uma pergunta de uma jornalista francesa:

“Vejo seis homens sentados à mesa. É essa a imagem da Europa?”

Resposta do primeiro-ministro checo:

“Estava à espera do quê? De marcianos?”

quinta-feira, 19 de março de 2009

Para além do óbvio?


Porque "o mundo será diferente" no fim da crise económica e financeira que atravessa, 43 personalidades acharam essencial compilar as suas reflexões num livro e entregá-lo ao Presidente da República.

O Correio Preto teve acesso a (mais) uma imagem exclusiva em que se confirma que Cavaco já sabia desta fabulosa descoberta dos 43 notáveis !

Ele é que devia ser o presidente da junta!


Depois de já ter substituído José Sócrates no anterior Conselho Europeu, Teixeira dos Santos chegou a horas para uma nova reunião magna dos 27 que se iniciou hoje em Bruxelas, prestou declarações à entrada, esclareceu vários detalhes da proposta do governo sobre a moratória no crédito à habitação e ainda respondeu à líder da oposição sobre o mesmo assunto.

José Sócrates, além de, mais uma vez, ter chegado atrasado (desta vez foi meia hora e novamente sem qualquer explicação, nem justificação aparente), repetiu apenas algumas das generalidades proferidas ontem na AR sobre o crédito à habitação e soltou uns lugares comuns sobre a crise e a Europa.

Por este andar vai mesmo acabar por retirar todos os argumentos a quem o critica quando não participa nestas reuniões europeias. Até porque, pelos vistos, já se encontrou um substituto à altura.

Não há fome que não dê em fartura

Os que criticaram Sócrates por ter faltado ao último Conselho Europeu (só porque preferiu participar num congresso do PS onde esteve envolvido numa dura disputa pela liderança do partido) devem agora engolir as suas palavras. O primeiro-ministro não só participa no Conselho Europeu que decorre até amanhã em Bruxelas, como se fez acompanhar pelo ministro dos negócios estrangeiros, ministro das finanças e secretária de estados dos assuntos europeus.

Para os milhões de portugueses interessados

O consulado de Angola começou a facilitar a atribuição de vistos. Podem acabar as longas filas que começavam a ser formadas de madrugada. Está mais fácil fugir de Portugal.

Transformar esperanças em certezas

Quando o presidente do PE disse que Ferreira Leite seria a próxima primeira-ministra de Portugal, a líder do PSD limitou-se a soltar um tímido “espero que sim…” em inglês.

Mas já com os jornalistas portugueses conseguiu ser mais taxativa. Questionada sobre se pensa que tal cenário se pode concretizar já nas próximas legislativas afirmou: “não penso, acho seguramente que se vai realizar”.

Duas explicações possíveis: Ferreira Leite perdeu-se na tradução com Poettering e não lhe disse o que realmente pensa ou, apanhada de surpresa, foi apenas sincera ao manifestar uma certa esperança num cenário que só parece plausível para um alemão que se mudou para Bruxelas há mais de 20 anos.

Si, cariño...

Enquanto esperava para ser recebida pelo presidente do PE, Manuela Ferreira Leita fazia sala numas poltronas à porta do gabinete de Poettering, acompanhada por dois ilustres eurodeputados do PSD, Deus Pinheiro e Silva Peneda.

Que, no entanto, pareciam mais interessados em fazer conversa com uma jovem assistente espanhola do presidente do PE que entretanto se juntara ao pequeno grupo. Ou, em tempo de formação de listas para as próximas eleições, estariam apenas a aproveitar para mostrar à presidente do partido que os anos passados em Bruxelas serviram pelo menos para aprender a dar uns toques em estrangeiro.

Yes, prime minister

Ferreira Leite foi recebida esta manhã em Bruxelas pelo presidente do Parlamento Europeu. Com muitos quilómetros de rodagem nestes momentos protocolares, devidamente acompanhados pelas televisões, o alemão Hans-Gehrt Poettering lá foi soltando umas bocas de circunstância em inglês: quem bom que é recebê-la; sou presidente do parlamento, mas somos do mesmo partido; posso beijá-la, etc.

Ao que a líder do PSD respondia sempre da mesma forma: Yes. Yes. Yes. O quase monólogo de Poettering apenas foi quebrado quando este, depois de fingir o seu espanto pela presença de tantas câmaras de televisão, atirou: “isto significa que vai ser a próxima primeira-ministra de Portugal”.

E lá se percebeu que os conhecimentos de inglês de Ferreira Leite são bem mais ricos do que parecia inicialmente. Depois do inevitável “yes”, lá acrescentou com os olhinhos a brilhar: “I hope so”.

É preciso uma pessoa ir a Bruxelas para ouvir umas palavrinhas reconfortantes. Nem que sejam apenas protocolares.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Espanha na boa cruzada

Ainda bem que a Espanha, a católica, soube sacudir as palermices de Papas, seja bento ou joão paulo, as patetices da Igreja e continua a olhar o Mundo, sem ser pelo postigo de uma capela.
Enquanto o obtuso Bento XVI continua uma cruzada contra o preservativo, o Ministério de Saúde de Espanha vai enviar um milhão de preservativos grátis para África. É certo que é pouco, mas é um bom sinal. E nos tempos que correm todos os exemplos são óptimos no combate a mentecaptos.

Promessa mais rápida do que a própria sombra

Quando José Sócrates fez uma visita oficial a Angola, em Abril de 2006, prometeu apoiar a construção de um Centro Português de Negócios em Luanda. Três anos depois, quase em final de mandato, o dito centro nem sequer está em esboço em papel de restaurante.
Mais depressa vai nascer, em Lisboa, o Centro Angolano de Negócios. E sem que tivesse havido qualquer promessa.

Um idiota aos saltos num campo de minas

Confesso que não esperava nada da positivo da estadia de Bento XVI em África. Até aguardava pelo óbvio namoro aos regimes dos países que o Papa visita. Aliás, nem é inocente que ele tenha optado por ir a Angola (país com petróleo), aos Camarões (outro país com petróloeo e com relações comerciais privilegiadas com os Estados Unidos, França e Alemanha) e que, logo nas primeiras intervenções, tenha piscado um olho à Nigéria (outra potência petrolífera).
Logo no primeiro dia, Bento XVI entrou "a matar". Literalmente. Afirmar certezas destas nos Camarões, perante uma população com mais de 80 por cento de analfabetos, é de uma tremenda irresponsabilidade. É como se um idiota passeasse alegremente por um campo de minas.
Em tempos, as autoridades sul-africanas, por razões económicas, fizeram a mesma tentativa. Mas tiveram a humildade de pedir desculpa. Se é que pode haver desculpas para disparates desta dimensão.

Ficções políticas - 2

O Uruguai, onde os amores fogosos são profusamente retratados por Mário Benedetti, tem um antigo ministro num conselho de administração de um banco privado e, em tempos, tentou fintar a lei uruguaia para conseguir umas alcavalas para ele próprio. Enfim, estranhos acontecimentos que são apenas típicos dos países daquela região do globo. Talvez influência de outros tempos em que por lá andaram portugueses e espanhóis.
Da passagem do ministro pelo Governo, ficou-lhe o gosto pelo luxo, a boa vida e por... mulheres. Já perseguira algumas que se cruzavam com ele na rotina de ministro. E assim continuou, encantado com a vida que o destino lhe proporcionara. Mas o destino foi malandro.
Há uns dias, o galã-ex-ministro puxou das suas características de D. Juan, motivou-se de coragem e, rendido pelos encantos da esposa de um antigo colega, agora a viver temporariamente num outro país da América Latina, convidou-a para jantar. E ela aceitou. Prevenido, o antigo ministro, galã encartado e reconhecido, receoso que a sua fama o traísse, arriscou.
Num sábado, o relógio ainda não batia as 22 horas, e o ex-ministro e administrador de um banco dava entrada num outro banco: o de hospital central de Montevideu. Teve um enfarte, comentavam os médicos que o assistiram.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Chá só para quem estuda música com mordomias

A polémica vai acesa e até teve direito a um desmentido do ministro da Administração Interna. Deve ser caso inédito um ministro responder a um, no caso a uma, blogguer. Acontece na Escola de Lavores onde é contada a deliciosa história de um ministro que gosta de se sentar à direita de um venerável. Imperdível.
Desconfio que se a jornalista em causa fosse uma estudante de música numa escola do Porto não receberia tanto azedume ministerial. Desconfio apenas.

Homenagem em campanha

Há uns dias, Manuel Pinho foi a Aljustrel a convite do clube local para ser homenageado. Recebeu, de oferta, a camisola 8 e até, ufano, contou parte da cerimónia na Assembleia da República. Mas o ministro da Economia omitou alguns detalhes dessa homenagem. Por exemplo, o facto do presidente do clube ser simultaneamente candidato do PS à Cãmara de Aljustrel.
Ou seja, Manuel Pinho pegou no carro do Estado, na gasolina paga pelo Estado, no seu tempo de ministro e foi participar numa iniciativa promovida por um candidato do PS. Objectivamente, o ministro da Economia ajudou, enquanto membro do Governo, num acto de campanha. E foi homenageado.

sexta-feira, 13 de março de 2009

A angústia antes do penalty*


*a inusitada história de um repórter que fura a apertadíssima segurança e enfrenta a angústia de uma página em branco

quarta-feira, 11 de março de 2009

Uma coerência de aço

O Bloco de Esquerda resolveu não participar no encontro na Assembleia da República que juntou Jaime Gama, José Eduardo dos Santos e líderes parlamentares, na visita oficial do Presidente de Angola.
O mesmo Bloco de Esquerda homenageou, na mesma Assembleia, 'Nino' Vieira.

Fala a voz da experiência

Durante a visita de José Eduardo dos Santos, à Assembleia da República, uma funcionária do parlamento resolve espreitar, atrás de um cortinado, a passagem da comitiva presidencial. Uma outra aproxima-se, interrogativa, e estabelece-se o diálogo que se segue:

A - Que estás a fazer?
B - Quero ver o presidente de Angola.
A - Então e para onde ele vai?
B - Vai para a sala de visitas do presidente da Assembleia...
A - e não vem aqui para o senado?
B - Para quê? Nem estão cá os deputados. Se eles nem na hora da votação aparecem todos, vão agora aparecer por causa de um presidente...

terça-feira, 10 de março de 2009

Pertinências

Comentário ouvido na redacção da TSF, por um jornalista normalmente desinteressado do que se passa no mundo do futebol:

"Mas o Bayern estava a jogar hóquei em patins?"

Para Portugal e em força


Já chegou! José Eduardo dos Santos inicia hoje uma visita de dois dias ao cantinho do Anibal e da Maria, que tem como principal objectivo o desenvolvimento dos laços económicos (vêm às compras?) entre os dois países, num quadro de boas relações políticas - quais direitos humanos, quais quê?

O desenvolvimento das relações económicas entre Angola e Portugal é um dos principais objectivos da primeira visita oficial do Presidente angolano - leia-se vamos lá ver o que se aproveita para comprar porque esta província angolana está nitidamente em saldos!

Debandada



A visita oficial de José Eduardo dos Santos a Portugal vai servir para os dois países. Mas de fora, continua a questão dos vistos. Que provocam isto: o consulado angolano, em Lisboa, regista cerca de 60 mil pedidos de visto por mês. E, como se sabe, que há uma debandada de portugueses, o resultado só poderia ser este: são longas as madrugadas.

Dura realidade

De Angola, enviaram-me esta mensagem para o meu telemóvel:

"Está a correr bem a visita do nosso presidente à província?"

segunda-feira, 9 de março de 2009

Gandas malucos!


No programa da Queima das Fitas de Coimbra, que começa esta terça-feira destacam-se pela sua inovação: um concurso de misses, um "jantar do bigode" e uma batalha de almofadas ... esta rapaziada não pára de surpreender!

E os nossos caros leitores por acaso deitam-se a adivinhar quem é o candidato europeu ( e conviva do jantar do bigode) na imagem?

D. Sebastião Alegre

O (in)Desejado ....

Senhor Do Bloco e das Alas Esquerdas ... Regedor da ilha Terceira e melhor dos razoáveis arautos das republicas Coimbrãs.

Every sperm is sacred

Dedicado a todos aqueles, especialmente padres, que entendem que uma miúda de 9 anos, mesmo violada, deveria parir um boneco de carne e osso:
Todo o esperma é sagrado. E grandioso!

A sorte e a paciência

Manuel Alegre é um homem de sorte. Ou soube escolher bem a casa que o acolhe(u). O PS dá-lhe palco e até lhe permite fazer as tropelias que bem entende. Se
Manuel Alegre fosse militante de outro partido de esquerda, por exemplo, do PCP ou do Bloco, há muito teria sido expulso e excomungado. E o seu palco ficaria limitado a uns artigos nuns jornais e em participações esporádicas em programas de debate nos canais televisivos de notícias. Aqueles que são atirados para o final da noite.
José Lello só foi porta-voz do desconforto sentido por quase todos os dirigentes do PS. Mas, por enquanto não passa disso. Por enquanto...

sábado, 7 de março de 2009

Escrito no magalhães


A préça para fazer porpaganda foi tanta que não ouve tempo para currigir os porgramas do computadôr. Lá no minesterio estavam com mêdo de gastar mais dias a ver os porgramas de softeuare. Foi melhor uzar os dias a mostrar aos jurnalistas em ceções caras as glóreas do magalhães (esta cei escrever bem, aparésse tantas vezes na minha tlevizão...)

sexta-feira, 6 de março de 2009

Afasta de mim esse cálice, pá

Manuel Alegre, à saída do plenário na Assembleia da República, respondeu aos jornalistas, sobre o Serviço Nacional de Saúde. O período terminou com duas perguntas da TSF:

P - Acha que o próximo programa do PS deve propôr alterações ao Serviço Nacional de Saúde?
R - Claro.. se não o fizer está a subverter o princípio básico do Serviço Nacional de Saúde e que é uma das bandeiras históricas do PS
P - Então está disponível para a ajudar a escrever o programa?
R - Ohh...pá... por amor de Deus!

Homenagens à hipocrisia

O Parlamento português aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar e fez um minuto de silêncio pela morte de "Nino" Vieira. Foi uma homenagem bonita. Sobretudo à hipocrisia.
O Parlamento português congratulou-se hoje com a beatificação de Nuno Álvares Pereira. O partido republicano e laico, que se diz hoje da "esquerda moderna", votou favoravelmente e ao lado do PSD e CDS. O partido marxista-leninista absteve-se. Só o Bloco de Esquerda votou contra. Mas, vá lá, entre os republicanos e laicos sobrou um deputado, Ricardo Gonçalves, auto-assumido como sendo representante da "direita socialista" que também optou pela abstenção.
Os zigues-zagues da coerência estiveram hoje em alta na Assembleia da República.

É só levantar a tampa.

Se os deputados começarem a insinuar, à Afonso Candal, os negócios dos colegas de outras bancadas, a panela de pressão pode explodir. Desconfio que só escapam, incólumes, os deputados do PCP e do Bloco de Esquerda.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Eurodeputados de todos os países, uni-vos!

“Este Estatuto põe fim à violação do princípio de trabalho igual por salário igual”, diz Edite Estrela no DN de hoje.

Paladina da luta anti-discriminação, Edite não se estava a referir nem a trolhas, nem a mulheres a dias, mas sim a esse grupo de bravos e incansáveis eurodeputados de que faz parte.

Que vão ver o seu salário-base duplicar a partir da próxima legislatura em virtude da criação de um salário único europeu de 7665 euros, em vez dos actuais 3815. Uma modificação que a líder da delegação do PS no PE justifica ainda com a harmonização que existe também nos salários dos comissários europeus.

O que alguém podia explicar à senhora é que, ao contrário dos parlamentares, é suposto os comissários representarem não o respectivo país, mas o “interesse europeu” (seja lá isso o que for). Que os comissários não são submetidos ao escrutínio popular e que, embora sejam quase todos políticos, não passam de funcionários europeus. E que os eurodeputados são eleitos para pensar no referido interesse comunitário mas, sobretudo, para representar os interesses nacionais. Por isso é que são votados pelos eleitores de cada um dos 27 países e por isso é que têm os respectivos ordenados equiparados aos dos membros dos parlamentos do país de origem. Ou seja, são deputados portugueses no Parlamento Europeu.

Já para não falar na míriade de subsídios, ajudas de custo e condições de trabalho colocadas à disposição dos eurodeputados (desde os gabinetes, à interpretação e tradução) que, essas sim, são iguais para todos e lhes permitem exercer as funções para que foram eleitos em rigoroso pé de igualdade, evitando a tal “discriminação” que tanto assusta Edite.

Se Edite Estrela e a maioria dos eurodeputados portugueses que pensam como ela justificassem a mudança como uma opção política de fundo de criar uma “democracia europeia”, com partidos europeus e com listas europeias, justificando assim a criação de verdadeiros “eurodeputados” seria, embora discutível, muito mais aceitável do que esta conversa sobre a “discriminação” e do trabalho igual por salário igual, que daria vontade de rir se não fosse tão triste.

Visionário e corajoso

Hillary Clinton está a representar os EUA numa reunião da NATO, em Bruxelas. Os temas são os de sempre, mas a atitude é outra. E a linguagem também. “Guerra contra o terrorismo” ou “eixo do mal” foram expressões que, felizmente, desapareceram da retórica norte-americana.

Reacção de Luís Amado:

Não deixa saudades uma retórica excessivamente dominada por preconceitos e por configurações ideológicas que distorcem a realidade e que, distorcendo a realidade, tornam mais difícil dominar essa mesma realidade que nós pretendemos controlar. E muitas das situações de crise e de conflito que temos pela frente são o resultado dessa abordagem. Nós não podemos responder à ameaça de expansão do radicalismo ideológico de raiz religiosa, como aquele que se tem vindo a confrontar connosco, gerando respostas ideológicas que agravam mais as tensões e multiplicam os problemas.”

Partindo do princípio que o ministro português, e muitos como ele, não tenham chegado só agora a estas conclusões sobre a política externa da administração Bush, o que suscita curiosidade é o facto de só agora o exteriorizarem, seja lá por que razão for.

Um patrão à antiga

Alexandre Soares dos Santos, o empresário e amigo de Cavaco Silva, defendeu ontem, em entrevista à SIC-Notícias, a "redução dos salários" e "maior flexibilização nos despedimentos".
Este é o mesmo empresário que acusa José Sócrates de ser "um intolerável demagogo" e investe na Polónia onde é conhecido por abusar dos direitos laborais.
A entrevista teve o dom de me recordar a minha infância. Em Angola, mesmo com a inconsciência infantil, reparava num indíviduo que vendia trabalhadores: ia buscá-los ao Sul e transportava-os para o Norte. Dava-lhes o nome de contratados e viajavam, como gado, em camiões de caixa aberta. Essas imagens ficaram para sempre guardadas na minha memória. O "empresário" chamava-se Mário Moutinho e Alexandre Soares dos Santos teve o cuidado de o "homenagear".

quarta-feira, 4 de março de 2009

Europa vermelha pálida



Vai mais uma petição? Só faltam dois candidatos para o painel de ex-comunistas estar completo na caminhada para Bruxelas.

Pontos de vista

Manuela Ferreira Leite cancelou a entrevista que estava programada para hoje na SIC, por ter tido um problema na vista. Há muito que a conversa estava programada e já andava a "rodar" uma promoção.
Há compromissos que não se faltam "nem com 40 graus de febre". E há outros que até um cisco atrapalha. Mas é compreensível, muito compreensível.

Desconfortos

Conversa de um deputado do PS, nos corredores do Parlamento:

"O Sócrates deveria era preocupar-se em governar - que é o que ele faz bem - e deixar-se dessas histórias dos casamentos dos gays, das vitaladas (sic) que não trazem a votos a ninguém e dessas ideias bloquistas".

"A crise é um estado espírito" - repetir até ser verdade


Segundo o seu correspondente em Bruxelas, um importante jornal suiço emitiu uma nota interna a todos os jornalistas, dando indicações para que se abstenham de usar a palavra 'crise' nos títulos dos artigos que escrevam sobre a situação económica. Avizinha-se um duro exercício de criatividade. Como bom amigo, aconselhei-o afalar com os especialistas da Lusa, que têm larga experiência neste domínio.

terça-feira, 3 de março de 2009

Temos Che da Lapa?


Portas já foi, Vital também, Ilda (apesar de algumas dúvidas) ainda é. Será que o psd vai revelar que o seu candidato também já foi?

Céu limpo em Lisboa, nublado em Bruxelas

Anda por aí a correr uma petição que pretende levar Marcelo Rebelo de Sousa a ser candidato ao Parlamento Europeu. Eu até era capaz de a assinar se alguém me garantisse que o professor deixaria a RTP e aqueles comentários que variam, entre o "clown" e uma falsa tentativa de ser sério. E desconfio que não seria o único: só dentro do PSD, há, à vontade, um exército de anti-marcelistas que estaria disposto a fazer o possível para o exilar em Bruxelas.
Caso isso aconteça, ficarei apenas com pena de um dos carteiros deste correio: vai passar metade dos seus dias de jornalista a tentar descobrir as mentiras de Marcelo. Não lhe gabo a sorte.

segunda-feira, 2 de março de 2009

O candidato!

Vem viver a vida, amor
Que o tempo que passou
Não volta, não.

Sonhos que o tempo apagou
Mas para nós ficou
Esta canção

Há muito, muito tempo
Eras tu uma criança
Que brincava num baloiço
E ao pião

Vínhamos da escola
E oferecia-te uma flor
Que desponta agora
No teu coração

Vem viver a vida amor
Que o tempo que passou
Não volta, não.

Sonhos que o tempo apagou
Mas para nós ficou
Esta canção

Vem viver a vida amor
Que o tempo que passou
Não volta, não.

Sonhos que o tempo apagou
Mas para nós ficou
Esta canção

NOTA DO ESCRIBA: A flor afinal era uma rosa.

Vaidades

Escrevemos no congresso, tivemos uma convidada especial que até deu uma mini-entrevista no canal multimedia da Rádio Renascença. Daqui a nada, decidiremos os nomes dos candidatos.

Televisão amiga...e de cartão

Há horas que o congresso terminou, mas a RTP, por entre repetições das promessas de José Sócrates, insiste em dizer que a moção do secretário-geral teve "1940 votos". Pois. É pena que tenham estado por lá pouco mais de 1700 delegados!

Socialismo real

Ainda sobre o congresso de Espinho: lá fora, dois socialistas comentavam a difícil situação económica e lamentavam o excesso de impostos. E um deles, remata com isto:

"O que está a dar é transferir as sedes as empresas para Cabo Verde..."

domingo, 1 de março de 2009

Cimeiras informais há muitas

Para desvalorizar a importância da ausência de Sócrates na Cimeira de Bruxelas, não faltou quem sublinhasse o carácter ‘informal’ da mesma.

É verdade. Tão ‘informal’ como outra, realizada em Outubro de 2007, em Lisboa, e encerrada com um famoso “porreiro, pá!” e onde, apesar do ambiente ‘informal’, até deu para “escrever uma importante página na História da Europa”.

Europa dividida, jamais será vencida


A imagem faz parte de uma exposição sobre o 20º aniversário da queda do muro de Berlim, instalada no edifício do Conselho de Ministros dos 27, em Bruxelas.

Com a retórica actual de alguns dirigentes europeus, sobre os filhos e os enteados da União Europeia na resposta à crise, parece mais actual do que nunca.

Campanha negra chega à Cimeira Europeia

“Que mais pode fazer a UE para ajudar os países de Leste a atravessar a crise?”

“Para começar, muitos media da Europa Ocidental podiam parar de escrever sobre a Europa Central e de Leste como se fosse um buraco negro, porque isso não reflecte a realidade”, diz o ministro polaco dos assuntos europeus, Mikolaj Dowgielewicz.

Como será que se diz Freeport em polaco?

Força da Mudança?*

Quantos anos esteve o PS longe do poder nos últimos trinta anos?

* Ou exercício de memória

Publicado: Filipa Martins

Onde está o Wally? Aqui!

(foto: Thierry Monasse)

Saudoso Mateus

O congresso do PS está a passar um filme com a História do Partido. Nas primeiras imagens, aparece a data da fundação e uma assinatura: Rui Mateus.Quem? Quem? Talvez um que escreveu umas histórias sobre financiamento, Macau e negociatas. Coisas nada abonatórias para Mário Soares. Daí ter desaparecido...

Falta cá o Guterres!

Almeida Santos lamenta que no Congresso ninguém saiba fazer contas...

Publicado: Filipa Martins

Onde está o Wally?


Foto de família dos participantes na Cimeira de Bruxelas. Uma ajuda: o Wally de que falamos não é a Angela Merkel (parece que o avião que a transportava para Bruxelas teve que efectuar uma aterragem de emergência em Hannover).
(foto: Thierry Monasse)

Ausentes, mas perto do coração

João Cravinho foi convidado para integrar a lista de José Sócrates, mas declinou. Jorge Coelho é o grande ausente. Em muitos anos, é a primeira vez que não consta nem no congresso, nem em qualquer lista. Os congressistas já não vão ouvir os urros dele: "Meus amigos, meus camaradas, nunca vi, na minha vida, um congresso tão participado....". Ai que saudades, ai, ai.
Armando Vara, com um olho em Angola, outro por cá, também fica longe do Rato (quer dizer, fisicamente).

Não, não és o único

Parece que a chanceler alemã está “muito atrasada”. Não obstante, a Cimeira vai começar à hora prevista. Mais um bom argumento para explicar a ausência de Sócrates.

Playlist para o final do Congresso




Publicado: Filipa Martins

Doutores e Engenheiros

Apesar da ausência de Sócrates, a Cimeira Europeia está mesmo prestes a arrancar em Bruxelas. Já circula a lista dos participantes, com as respectivas fotografias e cargos. Enquanto 26 países estão representados por meros “presidentes”, “chanceleres federais” ou “primeiros-ministros”, Portugal está representado por um “Ministro de Estado, Ministro das Finanças”. Nos títulos já ganhámos.

A verdadeira Cimeira de Bruxelas foi ontem à noite


Buraka Som Sistema, no Recyclart. Talvez assim a ausência de Sócrates seja menos notada.

Espinho nem aguenta um congresso

José Mota, presidente da câmara de um concelho incrivelmente caótico, esburacado, com prédios a cair e praias destruídas, teve o seu grande momento de brilho no congresso do PS: os trabalhos foram interrompidos por causa de um "apagão".

Prémio Malhar 2009

Augusto Santos Silva 'salta' do 95º lugar, na lista de Sócrates para a Comissão Nacional, para um honroso 10º.

Nova luz, novo cenário

Já se reiniciou o congresso socialista, com novo cenário. Nem o apagão impediu, a mudança: agora a tonalidade é azul, o PS continua a ser "o grande partido da da esquerda democrática" (pelo menos no écran gigante) e a agora aparece um slogan altamente criativo: "Vencer 2009". Em baixo, não há mesas (também nunca foram precisas) e apenas cadeiras que fazem um semi-círculo.
E há luz na Nave de Espinho (por enquanto).

Vende-se energias renováveis

O presidente do Congresso do PS, Almeida Santos, tentou vender os seus projectos que tem em África de energias renováveis. A proposta foi feita, em directo, para as televisões e rádios. A Nave ficou às escuras por causa de uma quebra de electricidade que a EDP não conseguiu resolver. Almeida Santos aproveitou. É claramente um empresário com olho para o negócio.
Os congressistas foram deitar-se mais cedo. Quer dizer, os que não se deliciaram com as maravilhas que a noite de Espinho oferece.