quarta-feira, 18 de março de 2009

Ficções políticas - 2

O Uruguai, onde os amores fogosos são profusamente retratados por Mário Benedetti, tem um antigo ministro num conselho de administração de um banco privado e, em tempos, tentou fintar a lei uruguaia para conseguir umas alcavalas para ele próprio. Enfim, estranhos acontecimentos que são apenas típicos dos países daquela região do globo. Talvez influência de outros tempos em que por lá andaram portugueses e espanhóis.
Da passagem do ministro pelo Governo, ficou-lhe o gosto pelo luxo, a boa vida e por... mulheres. Já perseguira algumas que se cruzavam com ele na rotina de ministro. E assim continuou, encantado com a vida que o destino lhe proporcionara. Mas o destino foi malandro.
Há uns dias, o galã-ex-ministro puxou das suas características de D. Juan, motivou-se de coragem e, rendido pelos encantos da esposa de um antigo colega, agora a viver temporariamente num outro país da América Latina, convidou-a para jantar. E ela aceitou. Prevenido, o antigo ministro, galã encartado e reconhecido, receoso que a sua fama o traísse, arriscou.
Num sábado, o relógio ainda não batia as 22 horas, e o ex-ministro e administrador de um banco dava entrada num outro banco: o de hospital central de Montevideu. Teve um enfarte, comentavam os médicos que o assistiram.

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