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O dialogo podia ser extraído de um dialogo dos Gato Fedorento, mas passou-se comigo ao vivo e a cores em primeira mão enquanto esperava às 7h30 para marcar uma consulta no centro de saúde. Inculto e ingénuo no que toca ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), acreditei naquela máxima de não entupir as urgências dos hospitais, e dirigi-me ao meu medico de família - que segundo fui informado é uma autentica sorte ter.
Na masmorra medieval que é o meu centro de saúde - quatro andares de escadas para quem lhe custa andar confesso que dói um bocado – um personagem de farda securitária e tatuagem colonial no braço lá abre a porta e dá uma daquelas senhas que se tiram no talho para esperar a vez. E depois de subir e esperar na nova fila em frente à senhora do guiché – que se chama Ermelinda tem dois netos e um genro que é um malandro – surge a questão:
-O papel?
-Qual papel?
- O papel que o sr lhe deu lá em baixo!
- Ah...
... pois é, o papel é poderoso mas não decisivo, porque se por acaso se tem o azar de sermos a quinta consulta urgente do dia, lá temos que voltar no próximo dia “um bocadinho mais cedo” e tirar novo papel.
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