O momento é grave. Os bancos desmoronam-se como castelos de areia, os 'depositantes' hesitam entre ir já levantar todas as poupanças ou comprar primeiro um colchão mais resistente para as guardar, como manda a tradição.
O ministro das finanças pensou e decidiu que tinha que agir à altura da ocasião.
Ainda não tinha chegado ao Luxemburgo para a reunião com os seus homólogos europeus e já se sabia que iria haver 'um antes e um depois': Teixeira dos Santos, que nunca fala à entrada para estes encontros, anunciou que iria fazer uma declaração!
Os jornalistas não ficaram defraudados. Os 'depositantes' também não. Leu o ministro:
“Uma coisa quero assegurar de uma forma clara a todos os portugueses. Aconteça o que acontecer, as poupanças dos portugueses em qualquer banco que opera em Portugal estão garantidas”.
Mas, no dia seguinte (hoje), uma ligeira alteração de registo. Fosse por pressão dos pares europeus, fosse porque fez contas durante a noite e percebeu que os cofres do Estado não têm dinheiro para tanto, o ministro lá clarificou que
"A garantia que nós damos aos depositantes é de que as instituições irão continuar a funcionar e de que garantimos a estabilidade do funcionamento do sistema financeiro".
O que só pode contribuir para tranquilizar toda a gente, sobretudo se tivermos em conta as garantias de "estabilidade" e "solidez" que foram dadas pelos responsáveis políticos de alguns países apenas dias ou horas antes de vários bancos anunciarem a respectiva falência...
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