segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Sócrates e a (falta de) educação

No final do Conselho Europeu da semana passada, em Bruxelas, uma ex-assessora de José Sócrates decidiu fazer algo para reconciliar o primeiro-ministro e um jornalista por quem o chefe do governo nutre uma especial embirração.

Aproximam-se os dois do grupo de outros jornalistas que fala com Sócrates no final da conferência de impresa e a ex-assessora lança, à laia de quebra-gelo:

"Ó senhor primeiro-ministro, aqui o XYZ, com o que anda a escrever, até parece que quer entrar para a política".

Sócrates olhou para XYZ de alto a baixo e, ignorando o raminho de oliveira que lhe era estendido, atirou:

"Para fazer política é preciso uma coisa indispensável, que ele não tem: boa educação!".

Acto contínuo virou ostensivamente costas e tentou prosseguir a conversa com os outros jornalistas que, boquiabertos, assistiram à cena, enquanto os membros do seu staff assobiavam para o lado.

Depois do episódio do tabaco a bordo do voo da TAP para a Venezuela, Sócrates volta a mostrar que tem uma certa dificuldade em alinhar o seu próprio comportamento pelos padrões que quer impor aos outros.

1 comentário:

Anónimo disse...

"Por natureza, os homens são próximos; a educação é que os afasta."
Confúcio