Durão deu hoje uma conferência de imprensa de antologia sobre como funciona a “Europa dos resultados”.
O pretexto era a actual crise e a resposta europeia.
Barroso começa por enaltecer as iniciativas recentes dos países europeus para responder à crise, sempre com o cuidado de sublinhar que todos agiram em resposta a apelos da Comissão (leia-se, do próprio Durão) ou que adoptaram propostas avançadas pela dita.
Mais à frente, confrontado com o facto de a Comissão ter deixado os mercados andar em roda livre este tempo todo, o nosso ex-primeiro explica que quem não queria ouvir falar de regulamentação eram os governos da União, a começar pelos das grandes economias. E, candidamente, acrescenta que não fez nada para os contrariar pois considera que não faz sentido a Comissão avançar com propostas que sabe à partida que não serão aceites.
Desmontada, a lógica barrosista dá mais ou menos isto:
1-só proponho coisas que sei que os outros vão aceitar, mesmo que não seja exactamente o que eu gostava de fazer.
2-quando essas coisas são aceites – e não podia ser de outra forma, pois certifiquei-me previamente que as minhas propostas eram do agrado daqueles que as poderiam fazer viver ou morrer – fico muito contente e orgulhoso.
3-fico tão orgulhoso que me entusiasmo e reivindico para mim o facto de eles terem feito exactamente o que eu propus (que era exactamente o que eles me disseram que aceitariam).
Não é muito elaborado, mas pode ser uma técnica útil para quem sofra de ansiedade ou lide mal com a frustração.
O pretexto era a actual crise e a resposta europeia.
Barroso começa por enaltecer as iniciativas recentes dos países europeus para responder à crise, sempre com o cuidado de sublinhar que todos agiram em resposta a apelos da Comissão (leia-se, do próprio Durão) ou que adoptaram propostas avançadas pela dita.
Mais à frente, confrontado com o facto de a Comissão ter deixado os mercados andar em roda livre este tempo todo, o nosso ex-primeiro explica que quem não queria ouvir falar de regulamentação eram os governos da União, a começar pelos das grandes economias. E, candidamente, acrescenta que não fez nada para os contrariar pois considera que não faz sentido a Comissão avançar com propostas que sabe à partida que não serão aceites.
Desmontada, a lógica barrosista dá mais ou menos isto:
1-só proponho coisas que sei que os outros vão aceitar, mesmo que não seja exactamente o que eu gostava de fazer.
2-quando essas coisas são aceites – e não podia ser de outra forma, pois certifiquei-me previamente que as minhas propostas eram do agrado daqueles que as poderiam fazer viver ou morrer – fico muito contente e orgulhoso.
3-fico tão orgulhoso que me entusiasmo e reivindico para mim o facto de eles terem feito exactamente o que eu propus (que era exactamente o que eles me disseram que aceitariam).
Não é muito elaborado, mas pode ser uma técnica útil para quem sofra de ansiedade ou lide mal com a frustração.
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