“Este Estatuto põe fim à violação do princípio de trabalho igual por salário igual”, diz Edite Estrela no DN de hoje.
Paladina da luta anti-discriminação, Edite não se estava a referir nem a trolhas, nem a mulheres a dias, mas sim a esse grupo de bravos e incansáveis eurodeputados de que faz parte.
Que vão ver o seu salário-base duplicar a partir da próxima legislatura em virtude da criação de um salário único europeu de 7665 euros, em vez dos actuais 3815. Uma modificação que a líder da delegação do PS no PE justifica ainda com a harmonização que existe também nos salários dos comissários europeus.
O que alguém podia explicar à senhora é que, ao contrário dos parlamentares, é suposto os comissários representarem não o respectivo país, mas o “interesse europeu” (seja lá isso o que for). Que os comissários não são submetidos ao escrutínio popular e que, embora sejam quase todos políticos, não passam de funcionários europeus. E que os eurodeputados são eleitos para pensar no referido interesse comunitário mas, sobretudo, para representar os interesses nacionais. Por isso é que são votados pelos eleitores de cada um dos 27 países e por isso é que têm os respectivos ordenados equiparados aos dos membros dos parlamentos do país de origem. Ou seja, são deputados portugueses no Parlamento Europeu.
Já para não falar na míriade de subsídios, ajudas de custo e condições de trabalho colocadas à disposição dos eurodeputados (desde os gabinetes, à interpretação e tradução) que, essas sim, são iguais para todos e lhes permitem exercer as funções para que foram eleitos em rigoroso pé de igualdade, evitando a tal “discriminação” que tanto assusta Edite.
Se Edite Estrela e a maioria dos eurodeputados portugueses que pensam como ela justificassem a mudança como uma opção política de fundo de criar uma “democracia europeia”, com partidos europeus e com listas europeias, justificando assim a criação de verdadeiros “eurodeputados” seria, embora discutível, muito mais aceitável do que esta conversa sobre a “discriminação” e do trabalho igual por salário igual, que daria vontade de rir se não fosse tão triste.
Paladina da luta anti-discriminação, Edite não se estava a referir nem a trolhas, nem a mulheres a dias, mas sim a esse grupo de bravos e incansáveis eurodeputados de que faz parte.
Que vão ver o seu salário-base duplicar a partir da próxima legislatura em virtude da criação de um salário único europeu de 7665 euros, em vez dos actuais 3815. Uma modificação que a líder da delegação do PS no PE justifica ainda com a harmonização que existe também nos salários dos comissários europeus.
O que alguém podia explicar à senhora é que, ao contrário dos parlamentares, é suposto os comissários representarem não o respectivo país, mas o “interesse europeu” (seja lá isso o que for). Que os comissários não são submetidos ao escrutínio popular e que, embora sejam quase todos políticos, não passam de funcionários europeus. E que os eurodeputados são eleitos para pensar no referido interesse comunitário mas, sobretudo, para representar os interesses nacionais. Por isso é que são votados pelos eleitores de cada um dos 27 países e por isso é que têm os respectivos ordenados equiparados aos dos membros dos parlamentos do país de origem. Ou seja, são deputados portugueses no Parlamento Europeu.
Já para não falar na míriade de subsídios, ajudas de custo e condições de trabalho colocadas à disposição dos eurodeputados (desde os gabinetes, à interpretação e tradução) que, essas sim, são iguais para todos e lhes permitem exercer as funções para que foram eleitos em rigoroso pé de igualdade, evitando a tal “discriminação” que tanto assusta Edite.
Se Edite Estrela e a maioria dos eurodeputados portugueses que pensam como ela justificassem a mudança como uma opção política de fundo de criar uma “democracia europeia”, com partidos europeus e com listas europeias, justificando assim a criação de verdadeiros “eurodeputados” seria, embora discutível, muito mais aceitável do que esta conversa sobre a “discriminação” e do trabalho igual por salário igual, que daria vontade de rir se não fosse tão triste.
2 comentários:
Se a Sra Edite Estrela se preocupasse menos com a forma e mais com o conteúdo do que diz, o seu desempenho sairia certamente valorizado.
Por acaso, li esse artigo do DN de ontem. Fiquei admirada porque já achava era tabu nos media nacionais falar sobre os salários e o trabalho (ou a falta dele, consoante os casos) dos deputados ao PE.
Enviar um comentário