quarta-feira, 29 de abril de 2009

Febre da febra

Para não prejudicar os produtores e a indústria alimentar, a Comissão Europeia sugere que a gripe suína passe a ser designada como “nova gripe” (que nome darão à seguinte?), uma vez que não se transmite através de porcos vivos, nem do consumo da respectiva carne. Entretanto, já há quem lhe chame “mexicana”, o que tem um toque exótico, ou “norte-americana”, que é muito mais trendy (já agora, que tal "febre da febra"? Depois do Tratado e da Estratégia de Lisboa, seria a forma de voltar a colocar Portugal no roteiro dos grandes acontecimentos internacionais).

A prova de que os conselhos de Bruxelas são ouvidos foi dada pela presidência checa da União, que convocou para amanhã uma reunião de emergência dos ministros da saúde dos 27. Ponto único da agenda: “gripe suína”.

Enquanto isto, ninguém se entende sobre se é boa ou má ideia viajar para os sítios onde já foi confirmada a existência da doença. Provavelmente, por medo de afectar ainda mais os operadores turísticos e companhias aéreas, cujas cotações em bolsa parece que não param de descer.

Esperemos que estas preocupações sanitário-económicas fiquem por aqui, senão não tarda é a pobre indústria farmacêutica, cujas cotações não param de subir, que se começará a queixar.

2 comentários:

Anónimo disse...

Sobre o nome da gripe, não tenho mais sugestões.

Mas proponho que à forma como o poder político está a reagir, só preocupado com os lucros dos parasitas, se chame "método suíno de enfrentar crises", e aos locais onde se reunem para estas suinices se lhes aplique o nome de sempre: pocilgas.

MG

Montijense preocupado! disse...

giro essa merda!