quarta-feira, 31 de março de 2010

Vai sobrar para o D. Nuno Álvares Pereira

A decisão de comprar os submarinos é um mistério de difícil contornos. Durão Barroso aponta para Paulo Portas. Paulo Portas aponta para os governos socialistas. Veiga Simão, ministro da Defesa do executivo do PS, aponta para o governo Cavaco Silva. Cavaco Silva aponta.......vai chegar ao Condestável.

Um peso, duas medidas

Foi notável a forma rápida como o Ministério dos Negócios Estrangeiros resolveu suspender o cônsul em Munique. Em comunicado, a Secretaria de Estado das Comunidades nem hesitou:

"... decidiu suspender de todas as funções relacionadas com o exercício do cargo, o Cônsul Honorário de Portugal em Munique, Alemanha, o Sr Jürgen Adolff, a partir de hoje e até cabal esclarecimento das investigações que o envolvem pessoalmente".

Uma medida governamental que só é aplicada em alguns casos. Outros que estão - ou foram - a serem investigados não receberam o mesmo tratamento.

Ai se fosse uma sugestão de Santana Lopes...

A Câmara Municipal de Lisboa vai criar o Passeio da Fama, com a possibilidade dos artistas portugueses terem estrelas com os nomes gravados. Ou seja, uma imitação barata e pindérica do que se faz nos Estados Unidos. Se a ideia tivesse sido de Santana Lopes, ai, que lhe caía o carmo, a trindade e até o rossio em cima.

O Portas que explique

Durão Barroso reagiu rapidamente às notícias sobre os submarinos e divulgou uma declaração através da sua porta-voz, na qual diz que se “abstém de qualquer comentário a um caso que corre actualmente na justiça alemã”.

Mas, já que abordou o assunto, aproveitou para “clarificar que, para além da participação na decisão tomada colectivamente em Conselho de Ministros, não teve qualquer intervenção directa ou pessoal neste âmbito”.

terça-feira, 30 de março de 2010

Três por cento contra Sócrates

O PSD escolheu para liderar a bancada, durante o embate desta quarta-feira com José Sócrates na Assembleia da República, Agostinho Branquinho. Será ele que, cara a cara, vai enfrentar o primeiro-ministro. Na arena vai estar, portanto, o deputado que ajudou Aguiar Branco a alcançar os valorosos três por cento dos votos.

Comissão liquidatária

Conversa entre dois deputados socialistas, nos corredores da Assembleia da República:

- Este Governo é cada vez mais uma comissão liquidatária
- Ainda por cima, agora com o Passos Coelho por aí...

Educacionês

Eis uma amostra do que deve ser um guia para quem, um dia, ouvir a ministra da Educação, Isabel Alçada, a dar explicações:

Assistentes operacionais - contínuos
TEIP ou Território Educativo de Intervenção prioritária - escolas problemáticas
Curso de ensino e formação - formação para adultos
CIF ou Classificação Internacional de Funcionalidade - grau de deficiência de um aluno
Retenção - chumbo

Vaticano teme AA

Com estas histórias todas de pedofilia na Igreja - como se fosse grande novidade! -, a acção dos padres e o que andou a fazer o Papa, já se diz, por aí, que há uma nova associação: os AA, Acólitos Anónimos.

Confusões


A embaixada de Portugal na Bélgica acaba de distribuir por correio electrónico o convite para a inauguração de uma exposição que teve lugar... no dia 23 de Março. Curiosamente, a dita exposição intitula-se "Ontem". Não deveria antes ser "Na Semana Passada"?

sábado, 27 de março de 2010

Moção de censura dentro de momentos

Basta ouvir os apoiantes de Pedro Passos Coelho para se perceber que uma moção de censura ao Governo está para breve. Até por que, alguns deles, nem sequer são deputados, logo não têm espaço político para se mostrarem. E o próprio líder social-democrata também não tem assento na Assembleia da República.

Seara, a primeira vítima

Ângelo Correia, em directo na TVI, diz que em Sintra aconteceu a vitória de Pedro Passos Coelho, mesmo "contra o candidato apoiado pelo presidente da câmara e isso é um sinal político". Fernando Seara que se cuide.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Um exterminador mais implacável do que outro

Durante 10 anos de governo, entre 1985 a 1995, Cavaco Silva derrubou três líderes do PS: Vítor Constâncio, Jorge Sampaio e o interino Almeida Santos. Em apenas cinco anos, ou seja, em metade do tempo, entre 2005 a 2010, José Sócrates "abateu" quatro líderes do PSD: Pedro Santana Lopes, Marques Mendes, Luís Flipe Menezes e Manuela Ferreira Leite. Pedro Passos Coelho será o senhor que se segue?

Descoberta da pólvora

Mário David, apoiante de Paulo Rangel, resolveu fazer uma primeira declaração para dizer que "o PSD vai ter uma vida nova". Tradução em politiquês desta evidência: perdemos e não sabemos o que vamos dizer para já.

Momento "alfinetada da noite"

Fernando Nobre, em resposta a Mário Crespo, o que o distinguia de Manuel Alegre:

"Formei-me em Bruxelas, abdiquei de tudo para me dedicar ao "outro" e toda a vida trabalhei. Toda a vida trabalhei."

Momento "jornalista faz perguntas inteligentes"

Mário Crespo pergunta ao candidato presidencial Fernando Nobre:

- O Presidente governa?

(Fernando Nobre falava sobre a necessidade dos portugueses se sentirem com mais dignidade)

Recado para quem?

António Costa, ex-ministro, disse na SIC-N que "um membro do Governo não pode desfazer tudo o que o anterior fez". O recado não tinha (tem) destinatário certo. Mas já li dirigentes do PS a pedir para que o actual presidente da câmara lisboeta seja ouvido por quem... governa. Bem previne Marques Mendes que "quando não se tem benesses para dar e apenas sacríficios a pedir" todos se agitam. E, como se sabe, Marques Mendes tem muito currículo para mostrar nessas matérias.

Post atrasado mas de boa vontade para uma leitora fiel

Dois incidentes marcaram, há precisamente uma semana, o plenário da Assembleia da Republica. José Lello esteve mal (pela forma, não pelo conteúdo) mas Jaime Gama esteve pior.

O mal-estar entre o Presidente da AR e a bancada socialista começou quando Gama, rispidamente, destratou um secretário de estado que se estreava no plenário. É certo que basta assistir a um pouco do plenário para se perceber como é que se inicia uma intervenção. O uso da palavra está fixado no artigo 89 do Regimento da AR mas João Trocado da Mata, da educação, não acertava no "Sr Presidente, Sras e Srs deputados" e Gama, não lhe dando a palavra, enxovalhou-o de uma maneira desnecessária. Quando terminou finalmente o discurso, o secretário de estado recebeu uma ovação a que nem Sócrates tem tido direito ultimamente...era uma resposta clara a Jaime Gama.

De imediato, Lello pediu a palavra e todos pensaram que era para falar do incidente. Mas não. Era para protestar contra um repórter fotográfico na galeria e daí, contra todos. E sobre isto, infelizmente, Lello tem razão. Desde que a fotografia de um SMS perfeitamente legível foi publicada num jornal, tudo passou a poder ser possível. E não entendo como é que quem fez isso não percebeu os efeitos da graçola, sem qualquer interesse noticioso. O resultado está à vista.

(Por isso, acho tambem que a resposta de Jaime Gama não foi feliz. Demonstração de que as relações com o antigo "gamista" Lello já tiveram melhores dias ?)

quinta-feira, 25 de março de 2010

O Grupo A e o Grupo B

Durante os preparativos da viagem-relâmpago de José Sócrates à Líbia, Argélia, Tunísia e Marrocos, no início da semana, os jornalistas souberam que apenas a agência lusa e as televisões poderiam cobrir tudo por razões logísticas. Este grupo - Grupo A - viajaria com o Primeiro-Ministro para todo o lado. Os restantes - Grupo B - acompanhariam apenas as visitas à Argélia e à Tunísia, onde a comitiva ficaria mais tempo para participar com empresários portugueses em seminários económicos.

O gabinete do Primeiro-Ministro esqueceu-se apenas de avisar que o Grupo B não iria conseguir falar com José Sócrates. O Grupo B viu, de facto, várias vezes o chefe do governo mas este limitou-se a fazer declarações ao Grupo A. As rádios que enviaram jornalistas a esta viagem tiveram de utilizar os sons que a Lusa - do Grupo A - enviava para Portugal. E os jornais, de trabalhar com as citações dos takes da Agência...

quarta-feira, 24 de março de 2010

Portugal na berlinda

Por muito que isso possa contribuir para aumentar a ansiedade do governo, Portugal vai continuar na berlinda da actual tormenta financeira. Mesmo sem estar no mesmo saco que a Grécia, é para a ponta da Península Ibérica que se voltam as atenções cada vez que se fala num possível alastrar da crise grega.

Uma ansiedade que deverá ter atingido novos picos com as notícias sobre a revisão do rating da dívida portuguesa e que continuará a ter com que se entreter nos próximos dias, quando a revista The Economist publicar uma reportagem sobre Portugal.

Numa altura em que a Alemanha fala abertamente na necessidade de prever a possibilidade de expulsar alguns países da zona euro, o enviado da Economist, que é igualmente o correspondente da revista em Bruxelas, coloca Portugal no centro de uma reflexão sobre se os países do Sul da Europa deviam alguma vez ter aderido à moeda única. Está no seu blog, Charlemagne (que faz parte dos “outros códigos postais” aqui do Correio Preto).

Um post sustentado em conversas e entrevistas que manteve durante a recente estadia em Lisboa e onde conta um episódio curioso envolvendo Mário Soares quando se “discutia” a eventual candidatura de Portugal à então Comunidade Económica Europeia.

terça-feira, 23 de março de 2010

Porreiro, pá! bis

Diálogo entre dois eurodeputados após a audição de Vítor Constâncio na comissão dos assuntos económicos do Parlamento Europeu:

-Como é que vais votar, pá?

-Não sei. Mas tu devias votar a favor, o gajo é o mais liberal dos socialistas, pá.

-Não sei que faça… Talvez me abstenha.

-Eu cá voto contra, eh! eh! eh!…

O Correio Preto não viola a privacidade de ninguém, mas também não quer privar os seus leitores de mais umas dicas: eram ambos portugueses (denunciados pelo “pá!”), um tem um familiar muito próximo que é do partido do outro e o outro ainda não terá sido desta que conseguiu apertar a mão a Constâncio.

Bye, bye, Portugal

Na audição em que hoje participou no Parlamento Europeu, Vítor Constâncio fez questão de responder a todas as perguntas em inglês e em francês. Mesmo às que lhe foram formuladas em português. E apesar de haver interpretação disponível para todos os idiomas oficias da União. Explicou que assim “é mais fácil para toda a gente”.

a pedido de uma leitora fiel

só agora vi que a luisa, uma das nossas leitoras mais fiéis, nos pedia testemunho do episódio lello/computadores. infelizmente, não posso satisfazer o seu pedido uma vez que não estava lá. posso apenas ir ao baú das minhas memórias de repórter parlamentar e lembrar que: 1 - lello sempre teve uma relação muito complicada com computadores, cartões magnéticos e outras modernices do género. 2 - lello sempre teve uma relação muito complicada com jornalistas. 3 - os deputados, de uma forma geral, sempre tiveram pouco respeito pelo património comum da assembleia da república cujos arranjos alguém pagaria. tudo isto só poderia resultar no episódio lamentável a que assistimos na televisão: deputados mal-criados a darem cabo de computadores cujo arranjo nós vamos pagar em nome de um suposto direito à privacidade na mais pública de todas as arenas. mais uma cena - desnecessária, diga-se - a confirmar a péssima reputação dos deputados.

aceitam-se apostas

na visita que está a fazer a quatro países do norte de áfrica, josé sócrates optou por só fazer declarações às televisões e à agência lusa. os jornais e as rádios apenas têm direito aos discursos oficiais. para já. não me admiraria se, na próxima visita oficial, certos jornais e certas rádios não fossem "convidados" a acompanhar a visita. tenho as minhas ideias sobre a lista de futuros excluídos. alguém quer avançar com apostas?

sábado, 20 de março de 2010

Varanda de São Bento

O PEC da esquerda moderna

Não foi um nem dois. Foram três os ministros que se apressaram a partilhar publicamente a solidariedade do elenco governativo quanto ao PEC. E não seria de esperar outra coisa. Como disse, e bem lembrou, Jorge Lacão, ministro dos Assuntos Parlamentares, “não são públicas as conversas que se têm no Conselho de Ministros. Nem em off. Há o dever de reserva”. O outro é o dever de solidariedade. Expressado, e também não o poderia deixar de o ser, por Vieira da Silva. O ministro da Economia foi uma das vozes que, no Conselho de Ministros extraordinário do último fim de semana, mais resistências colocou ao corte efectivo que este PEC propõe nalgumas prestações sociais. Não foi o único. Pedro Silva Pereira foi então o terceiro a sacudir a notícia das divergências: “ Uma fantasia.” Algo que foge portanto à realidade. Pronto. Uma mentira. Só que em momento algum ouvimos Vieira da Silva desmentir. Diz o ministro, por um lado, que não revela as conversas em Conselho de Ministros; e, por outro, que está 100% solidário com o PEC. Versão talvez mais próxima da verdade. No Parlamento, percebendo-se o incómodo nas tropas socialistas, Francisco Assis e Jorge lacão combinaram o encontro prometido (mas não cumprido) desde o OE. Lá terá de ser: Teixeira dos Santos vai falar com os deputados. Para trocar umas ideias sobre o assunto. As “especulações” dos jornalistas, como observou o ministro dos Assuntos Parlamentares, com esta fórmula singular: “São notícias sem fundamento, sem qualquer fonte identificadora que possa assumir responsabilidade pela especulação.” Valha-nos portanto o facto de o PEC não estar em segredo de justiça. Por isso ainda bem que há ‘malandros’ para nos contarem como foi.

[Texto principal da minha crónica de hoje no DN]

sexta-feira, 19 de março de 2010

Adivinha

Qual é coisa, qual é ela
para o piqueno e arredondado
ainda eurodeputado
e o eleito da (dra.)Manela?


Tão ao seu jeito, a dra. Manuela lá fez hoje questão de dizer em quem vota. Ninguém tinha dúvidas, quero crer. Ainda assim, vale a pena sublinhar a forma tão desajeitada como a futura-ex-presidente do Pê-ésse-dê revela o predilecto: "Espero que seja escolhido pelas ideias e não pelo aspecto físico". Mais palavra, menos palavra, foi o que disse na entrevista à jornalista Maria Flor Pedroso na Antena 1. Não lhe ficava melhor dizer de uma vez que prefere o Paulo Rangel? Ou será que só queria dizer que o Pedro Passos Coelho é giro?

Não é, mas parece

Marcelo Rebelo de Sousa foi a Mafra, no sábado, jurar aos congressistas do PSD que não é candidato à liderança do partido. Garantiu o mesmo depois a todos os jornalistas. Mas, desde sábado, que o "professor"- como muitos jornalistas gostam tanto de chamar numa irritante bajulação - não se cansa se perorar todos os dias, ou melhor, todas as noites: não há jornal televisivo que não tenha a opinião de Marcelo Rebelo de Sousa. Ora é sobre o PEC, ora sobre a "rolha", ora sobre o prestar de contas de José Sócrates no Parlamento. Marcelo Rebelo de Sousa perdeu o seu palco na RTP, mas ganhou outros. É certo que mais curtos e não remunerados. Mas quem acompanha o combate eleitoral no PSD fica com uma legítima dúvida: só há mesmo quatro candidatos à liderança do PSD? Ou há três e mais um a pensar no futuro, daqui a dois anos?

quinta-feira, 18 de março de 2010

Viagens na minha terra

Às voltas com programas para as férias da Páscoa e, tendo falhado, por culpa minha que me dediquei demasiado tarde a procurar o que queria e agora ou é muito caro ou já não tem lugar(ou as duas coisas, para que conste) - enfim, parece que muito boa gente ainda não deu pela crise - dei por mim a googlar programas para a Madeira. Afinal, é um lugar que o meu Eduardo (8 anos) não conhece e o que me pediu para estas férias foi : 1º- ir à neve - muito caro para ser neve a sério, talvez no próximo ano, respondi eu. 2º-conhecer outro país -ora foi aqui que me espalhei por ter achado, sendo a opção Barcelona, que seria fácil arranjar programa decente e em conta. Ou viagens ou hotéis para o carote. Desisti. Mas não das férias. Vai daí, pensei, e a Madeira? Até se ajuda a economia local e não sendo outro país, como o Eduardo me pediu, é quase como se fosse. Pois é! Lembrei-me também de ter ouvido falar numas promoções, com o propósito, justamente, de seduzir novos turistas. A TAP leva as crianças grátis, de facto . Mas sabem a partir de quando? 12 de Abril. UPS! Então , mas, nessa altura, já se acabaram as férias.
Enfim, é só para partilhar o que sendo promovido como solidariedade me parece de uma certa ganância.

No lugar certo

O livro de Mário Crespo está em 9º lugar no Top Ficção da Livravia Bulhosa.

quarta-feira, 17 de março de 2010

A propósito das privatizações

"Regressou o bom e o velho Estado. O que seria de nós sem o Estado?" – afirmação de José Sócrates (07.01.2010), no simpósio “Novo Mundo, Novo Capitalismo”, em Paris

CE - Comissão Europeia. Ou Centro de Emprego?

As coisas agora já estão mais calmas, mas até há algumas semanas, enquanto a Comissão Barroso II assentava arraiais, o edifício da Comissão Europeia parecia um centro de emprego, tal era o corrupio de candidatos a um lugarzinho ao sol. De preferência num gabinete de um comissário. Mas se tivesse que ser outra coisa qualquer, também não fazia mal.

Parece que até ex-eurodeputados portugueses foram bater à porta de Barroso. E não foi apenas gente do PSD, ou não fosse o novo partido de Durão “a Europa”. Mas não tiveram sorte. Pelo menos até ao momento…

Rolhas inocentes

Todos os partidos - sem excepção! - defendem (ou defendiam que o PSD estragou a estatística) a liberdade de expressão e a crítica. Basta ler os estatutos de cada um. São todos democráticos. Iguais até no engodo. Vale a pena comparar.
PCP - Art 22. 3:
Não pode ser impedido o exercício do direito de crítica conforme com as normas de funcionamento do Partido nem praticada qualquer discriminação por motivo do seu exercício.
PS - Art 5:
O Partido Socialista reconhece aos seus membros liberdade de crítica e de opinião, exigindo o respeito pelas decisões tomadas democraticamente nos termos dos presentes Estatutos.
CDS - Art 7 (direitos dos membros):
Manter a sua liberdade de opinião desde que, ao exercer esse direito na qualidade de membro de Partido, se conforme com o programa do Partido Popular e com as directrizes dos respectivos órgãos.
BE - Art 6 (sanções).5:
As sanções previstas neste artigo não são aplicáveis por motivo de diferenças de opinião política no Movimento.
PSD - Art 2 (democraticidade interna) - aprovado em Março de 2006:
Liberdade de discussão e reconhecimento do pluralismo de opiniões dentro dos órgãos próprios

terça-feira, 16 de março de 2010

Trocas-te ou Sócrates ?

Por vezes a realidade ultrapassa a ficção.
Foi o que aconteceu hoje a José Sócrates na apresentação da estratégia nacional de energia.
O som está aqui

segunda-feira, 15 de março de 2010

congresso da rolha

o psd reuniu este fim de semana o congresso número 32 e, daqui a três semana vai reunir o número 33. e para que servem tantos congressos? este serviu para aprovar uma norma segundo a qual nos 60 dias anteriores às eleições os militantes não podem dizer mal do líder. fantástico, não é? um partido que tem tão pouca confiança nos seus militantes que, por via das dúvidas, resolve proibí-los de dizer mal do líder em vez de tentar arranjar um líder do qual os militantes não tivessem razões para dizer mal. E de qualquer modo, se alguns disserem mal (não se pode agradar a todos) qual é o problema? o líder do psd não sabe lidar com a crítica? se for eleito primeiro-ministro vai fazer uma lei a proibir o país de dizer mal dele? aguardo com expectativa o congresso 33

sexta-feira, 12 de março de 2010

A poesia saiu à rua num dia em São Tomé


A poetisa, nacionalista, professora e lutadora pela Indepedência de São Tomé, Alda Espírito Santo, morreu. O país tratou de a homenagear o melhor que soube. Enquanto, como sempre, os políticos se exibiam, as escolas leram poesia, a rádio passou poesia. Os miúdos, de batas azuis, encheram as praças e as ruas, ladearam o cortejo funerário, aguentaram horas para ver a "Tia Alda". Até o humor africano quis entrar na poesia que se ouvia na rua. E com tanto aparato, na espera do carro funerário, alguém desabafou:

"Tchéé, eu mesmo estou vivo aqui e ninguém me espera"

Os artistas pintaram o quadro que se vê em cima com frases da poesia de Alda Espírito Santo que, entre outras coisas, é autora do hino de São Tomé e tem uma notável troca de correspondência com Agostinho Neto.

quinta-feira, 11 de março de 2010

o primeiro dia de campanha

cavaco silva começou ontem a sua campanha eleitoral com uma entrevista à rtp. deixou claro que o psd não pode contar com ele para provocar eleições antecipadas - isso é tarefa da assembleia da república e ele lava daí as suas mãos. e assim se demarcou, de novo, do seu partido e da liderança que aí vem. assumiu integralmente o papel de garante da estabilidade e de regulador do sistema. mostrou-se preocupado com as grandes questões e cauteloso, milimetricamente cauteloso, com as questões polémicas. não acrescentou uma vírgula ao tema das escutas em belém, que fica, assim, definitivamente encerrado. e revelou, de forma habilidosa, que lá para outubro fará o anúncio formal da sua recandidatura. uma entrevista pensada ao pormenor, sem uma palavrinha fora do lugar. a primeira de algumas (poucas) que será obrigado a dar nesta segunda campanha eleitoral.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Cascais em Luanda

A empresa Teixeira Duarte vai construir o edifício que será a sede da Assembleia Nacional de Angola. Agora é que os deputados angolanos vão sentir, na pele, a expressão "meter água".

Ânsia de ver o Mundo

Em São Tomé e Princípe, aproveita-se assim o feriado inesperado, dado pelo Governo para se comemorar o dia da Mulher. Noutros tempos, era mesmo feriado, depois passou a ser um dia normal, mas com as eleições à porta, voltou a ser um dia de descanso (pelo menos, este ano). Os miúdos, sem aulas, apanham boleia da net de borla.

sábado, 6 de março de 2010

Agarrem-me que eu não posso ver uma televisão à frente...

Na véspera da reunião, os jornalistas foram informados de que não haveria declarações no final do conselho de ministros extraordinário para aprovar o Programa de Estabilidade e Crescimento. Esta manhã, apesar dos directos das televisões à porta, a informação foi repetida. Não haveria nada e se houvesse TODOS seriam avisados.

Mas eis que, no final da reunião, o secretário de estado da presidência do conselho de ministros decide sair pela porta principal e zás...tropeça nas televisões (ai estavam aqui, não sabia...) e..."por cortesia" decide dizer qualquer coisa.

A declaração foi de circunstância...mas não são assim tantas declarações programadas ? (mais tarde, João Tiago Silveira acabaria por estar disponível para gravar a mesma declaração para quem não tivesse lá estado)

Mas ou há ou não há - claro que pode haver um imprevisto de ultima hora que obrigue a mudar a estratégia mas não foi este o caso.

E não deixa de ser caricato que o dia da aprovação solene do PEC num conselho de ministros extraordinário se resuma a um secretário de estado a falar à porta da PCM e aos ministros sem gravata nos automóveis...

Sombras coloniais




Fradique de Menezes, presidente da República de São Tomé e Príncipe, durante a final da taça em futebol, a suportar o sol da melhor maneira que sabe.

Correiopreto em São Tomé e Príncipe

quinta-feira, 4 de março de 2010

dá-me ideia que ainda não vai ser desta

os candidatos à liderança do psd voltam esta noite à sic notícias para mais um debate. não vi o primeiro, entre passos coelho e paulo rangel, mas assisti, no dia seguinte, a um debate a três que durou uma manhã inteira, o que deveria ter chegado para evidenciar ideias e diferenças, se elas existissem.
ora, o que eu ouvi foram coisas do género "é preciso conrolar as contas publicas, criar condições para fazer crescer a economia e combater o desemprego, reformar a justiça, etc, etc, etc". subscrevo eu, o sócrates, o jerónimo de sousa, toda a gente, enfim, e os três candidatos à sucessão de ferreira leite também. desconfio que a própria ferreira leite estaria de acordo, embora esse seja sempre um caso mais complicado.
ouvi discordâncias relativamente à magna questão de saber se os presidentes das ccdr's devem ou não ser secretários de estado e em relação à qualtidade de trabalhos de casa que as crianças levam. parece-me curto.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Verdadeiramente um bom trabalho feito

Parte do tecto do novo hospital de Cascais, na zona das consultas externas, ruiu esta tarde. O hospital, que resultou de uma pareceria público/privada, foi inaugurado por José Sócrates a semana passada. O entusiasmo do primeiro-ministro levou-o ao elogio:

"Quero dizer ao país que é que eu chamo um bom trabalho feito. Um trabalho feito dentro dos prazos e dentro dos orçamentos. É isto que o país necessita para dar credibilidade a estes projectos".

O "bom trabalho feito", antes de ruir parte do tecto, está aqui.

Barroso, o profeta

Na apresentação da “Estratégia 2020”, a nova estratégia económica da UE para a próxima década, Barroso não resistiu a recordar algo de que provavelmente só ele é que se lembra (e que nunca se lembrou de repetir desde então, nem quando chegou a primeiro-ministro, nem quando chegou à presidência da Comissão Europeia): que, qual Nostradamus, avisou logo no ano 2000 que a Estratégia de Lisboa, a menina dos olhos de Guterres, estava condenada ao fracasso desde o início.

“Esse objectivo de fazer da economia europeia em 2010 a mais competitiva do mundo, devo dizer que, pessoalmente, desde o princípio que não acreditei nele. No ano 2000, quando a Estratégia de Lisboa foi aprovada, eu era líder da oposição no meu país e disse publicamente que não era uma estratégia bem desenhada, pois era demasiado ambiciosa e demasiado detalhada, sem ter algo mais realista.”

terça-feira, 2 de março de 2010

Apesar de vocês...Angola está em paz há 8 anos!


Irmãos (teimosos) de sangue


Qual dos dois - Cavaco Silva ou José Sócrates - afirmou isto?. O que se segue foi proferido no dia em que um deles recordou que já se tinham passado 100 dias desde a posse de um governo minoritário:

"No meu estado de espírito não cabia a resignação ao statu quo, o adiamento das decisões ou o arrastamento de situações sem futuro. Estava decidido a traçar uma linha de rumo e a prossegui-la com firmeza. Quando, depois de ouvir os ministros, me convencia que uma medida era correcta, era difícil recuar, mesmo que suscitasse oposição deste ou daquele grupo ou fosse impopular. E foi por isso que ganhei fama de teimoso e alguns me chamavam de autoritário, quando o que estava em causa era a força das convicções e o primado do interesse nacional, avalizado em eleições livres.
Quando comecei a ver a actuação dos partidos da oposição, que nalguns casos me parecia irracional, tive de admitir para mim próprio que o Governo podia de facto não durar muito..."

segunda-feira, 1 de março de 2010

Que tal?


A moda tem sempre o seu lado excêntrico, mas haverá quem compre e use barbatanas de salto agulha ?
Dou os parabéns ao criativo, já quanto ao sucesso comercial tenho as minhas dúvidas. Deve dar cá um jeito!
Desculpem o desabafo mas não resisto a partilhar.