sábado, 6 de março de 2010

Agarrem-me que eu não posso ver uma televisão à frente...

Na véspera da reunião, os jornalistas foram informados de que não haveria declarações no final do conselho de ministros extraordinário para aprovar o Programa de Estabilidade e Crescimento. Esta manhã, apesar dos directos das televisões à porta, a informação foi repetida. Não haveria nada e se houvesse TODOS seriam avisados.

Mas eis que, no final da reunião, o secretário de estado da presidência do conselho de ministros decide sair pela porta principal e zás...tropeça nas televisões (ai estavam aqui, não sabia...) e..."por cortesia" decide dizer qualquer coisa.

A declaração foi de circunstância...mas não são assim tantas declarações programadas ? (mais tarde, João Tiago Silveira acabaria por estar disponível para gravar a mesma declaração para quem não tivesse lá estado)

Mas ou há ou não há - claro que pode haver um imprevisto de ultima hora que obrigue a mudar a estratégia mas não foi este o caso.

E não deixa de ser caricato que o dia da aprovação solene do PEC num conselho de ministros extraordinário se resuma a um secretário de estado a falar à porta da PCM e aos ministros sem gravata nos automóveis...

1 comentário:

Anónimo disse...

Os assessores avisaram os jornalistas presentes, já depois dos Ministros começarem a abandonar o edifício, que seria o Sec. de Est. a falar aos jornalistas, à porta da "Gomes Freire".
Poucos minutos antes, e depois de ter assistido à debandada em alta velocidade das ministeriáveis viaturas, a equipa da LUSA seguiu-lhes as pisadas.
Por um acaso, fruto da persistência e de barriga já a dar horas, os jornalistas dos 3 canais de televisão estavam ainda presentes quando o governante resolveu falar à Nação.
Corre bem a vida a estes senhores. Corres-lhes tão bem a vida que se dão ao luxo de tratar os jornalistas com o mesmo respeito com que o mundo do futebol se relaciona com a CS. E isto não é lá grande elogio. Nem para uns, nem para os outros...