Há certa imprensa, em Portugal, que se entretém a alimentar alguns mitos. São recorrentes as estórias das universitárias que se prostituem (sempre sem nomes e sem rostos); ou as "notícias" que envolvem agentes secretos (também sem nomes e sem rostos); ou de investigações que devem resultar em detenções (nunca confirmadas). É essa mesma imprensa que inventa o mito José Eduardo dos Santos. Não há casa, vivenda, quinta em Portugal que custe mais de um milhão de euros que não seja apontada como compra do Presidente de Angola. José Eduardo dos Santos, de acordo com esse tal "jornalismo", deve ter mais património imobiliário do que aquele que a Remax tem para vender.
O último disparate aparece hoje nas páginas do Correio da Manhã, numa "notícia" carregada de imbecilidades. José Eduardo dos Santos terá comprado uma casa no Algarve, por 14 milhões de euros, e aproveitou para ficar por ali duas semanas. Bem que o "jornalista" tentou confirmar a veracidade da coisa, mas só conseguiu ter "fontes". Mas se tivesse algum trabalho, de poucos segundos, facilmente leria, via internet, que o Presidente angolano esteve em Luanda, até a receber embaixadores e, pelo menos, três chefes de Estado, além de participar na cimeira da SADC que Angola organizou.
O difícil é de perceber o que vai pela cabeça destes "jornalistas" que não conseguem raciocinar: José Eduardo dos Santos tem uma tremenda aversão em viajar, como é público e notório. Cada saida dele é um acontecimento, tal é a logística de segurança que envolve. Mesmo assim, de acordo com os jornalistas portugueses, tem vivendas em Vila Real, Santarém, Cartaxo, Quinta do Lago, Quinta da Marinha (isto pelas minhas contas, por alto) e, como é óbvio, em Luanda, onde deveria viver se esses "jornalistas" não o colocassem em permanência em Portugal. Assim se cria mais um mito.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Aumentar é como lamber um cinzeiro
O social-democrata Macário Correia, presidente da Câmara da Faro, anda desgostoso com o tem lido e ouvido sobre nomeações e aumento de remunerações. O caso não é para menos. Ele próprio queixa-se de já ter tido "dois cortes no vencimento" e que gere uma autarquia a viver momentos complicados. Em entrevista ao jornal Público, na edição desta segunda-feira, Macário Correia mostra bem que hoje tem bem mais dores de cabeça do que aquelas provocadas pelo tabaco e pelos beijos às mulheres que fumam:
"Constatei nos últimos dias - já o li e parece que não foi desmentido - um aumento da remuneração dos administradores da CP, empresa que deveria ter resultados líquidos associados aos vencimentos. Depois, a Caixa Geral de Depósitos aumentou o número de administradores. E para um governo que começou com uma atitude de contenção, com a redução de número de ministérios - que aplaudo -, a lista de secretários de Estado impressiona. E a lista de assessores e adjuntos, e remuneração dos elementos dos gabinetes é de pasmar. Pergunto se foi lapso ou se será corrigida brevemente.
- Quer dizer que o Governo tem-se explicado mal?
Sinto-me carente de uma explicação. Já tive dois cortes no meu vencimento, vou ter agora um terceiro. Mas depois olho para a lista de assessores, adjuntos e membros do Governo e fico preocupado. Falta explicar aqui muita coisa.
"Constatei nos últimos dias - já o li e parece que não foi desmentido - um aumento da remuneração dos administradores da CP, empresa que deveria ter resultados líquidos associados aos vencimentos. Depois, a Caixa Geral de Depósitos aumentou o número de administradores. E para um governo que começou com uma atitude de contenção, com a redução de número de ministérios - que aplaudo -, a lista de secretários de Estado impressiona. E a lista de assessores e adjuntos, e remuneração dos elementos dos gabinetes é de pasmar. Pergunto se foi lapso ou se será corrigida brevemente.
- Quer dizer que o Governo tem-se explicado mal?
Sinto-me carente de uma explicação. Já tive dois cortes no meu vencimento, vou ter agora um terceiro. Mas depois olho para a lista de assessores, adjuntos e membros do Governo e fico preocupado. Falta explicar aqui muita coisa.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
A guerra segue dentro de momentos
A comunidade internacional já se declara chocada com o que se passa na Síria. O presidente dos EUA confessa ter ficado "horrorizado". As agências contam o número de mortos às centenas citando ativistas de organizações de direitos humanos. A Alemanha e a Itália já pediram uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A História repete-se, sem imaginação. Falta agora o Conselho de Segurança reunir-se, o que deve acontecer em breve, e aprovar uma resolução a dar autorização à NATO para fazer umas incursões por Damasco. Como num jogo de computador, é só escolher a cidade: Bagdad ontem, Tripoli hoje, Damasco amanhã.
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