segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Aumentar é como lamber um cinzeiro

O social-democrata Macário Correia, presidente da Câmara da Faro, anda desgostoso com o tem lido e ouvido sobre nomeações e aumento de remunerações. O caso não é para menos. Ele próprio queixa-se de já ter tido "dois cortes no vencimento" e que gere uma autarquia a viver momentos complicados. Em entrevista ao jornal Público, na edição desta segunda-feira, Macário Correia mostra bem que hoje tem bem mais dores de cabeça do que aquelas provocadas pelo tabaco e pelos beijos às mulheres que fumam:
"Constatei nos últimos dias - já o li e parece que não foi desmentido - um aumento da remuneração dos administradores da CP, empresa que deveria ter resultados líquidos associados aos vencimentos. Depois, a Caixa Geral de Depósitos aumentou o número de administradores. E para um governo que começou com uma atitude de contenção, com a redução de número de ministérios - que aplaudo -, a lista de secretários de Estado impressiona. E a lista de assessores e adjuntos, e remuneração dos elementos dos gabinetes é de pasmar. Pergunto se foi lapso ou se será corrigida brevemente.
- Quer dizer que o Governo tem-se explicado mal?
Sinto-me carente de uma explicação. Já tive dois cortes no meu vencimento, vou ter agora um terceiro. Mas depois olho para a lista de assessores, adjuntos e membros do Governo e fico preocupado. Falta explicar aqui muita coisa.

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