sábado, 27 de junho de 2009
JS continua a saber escolher o melhor Patrocínio
José Sócrates conseguiu igualar os aplausos destinados a Carolina Patrocínio. Pudera: prometeu empregar cinco mil jovens na Função Pública. Os jovens, crentes, esqueceram-se da outra promessa, mais ambiciosa, feita em 2005.
JS sabe escolher o melhor Patrocínio.
O PS, a JS e José Sócrates juntaram mais de 700 jovens na FIL, em Lisboa, para falar sobre políticas de juventude. Então por que raio esta jovem, na foto, convidada especial, recebeu mais aplausos do que o primeiro-ministro?
sexta-feira, 26 de junho de 2009
O golpista que afinal é um exemplo
Ontem, num jantar com o grupo parlamentar do PSD, Manuela Ferreira Leite elogiou Pedro Santana Lopes, não fintando os termos, e considerando que ele é "um exemplo democrático". Pois, mas o mesmo "exemplo democrático" foi acusado, em tempos, pela mesma Manuela Ferreira Leite de querer liderar um "golpe de Estado":
"Sem um Congresso ninguém tem legitimidade para nomear um novo Presidente do PSD e, por inerência, primeiro-ministro. Tal configuraria um golpe de Estado no partido".
Na altura, Manuela Ferreira Leite era ministra de Estado e das Finanças e já estava a prever a sua saída com a fuga de Durão Barroso para Bruxelas.
Fica a dúvida: nas próximas eleições autárquicas, a líder do PSD vai querer apoiar um "exemplo democrático" ou um golpista?
"Sem um Congresso ninguém tem legitimidade para nomear um novo Presidente do PSD e, por inerência, primeiro-ministro. Tal configuraria um golpe de Estado no partido".
Na altura, Manuela Ferreira Leite era ministra de Estado e das Finanças e já estava a prever a sua saída com a fuga de Durão Barroso para Bruxelas.
Fica a dúvida: nas próximas eleições autárquicas, a líder do PSD vai querer apoiar um "exemplo democrático" ou um golpista?
Tábua da salvação
A empresa angolana, detentora do jornal "Sol", abanou alguns espíritos ao comprar parte do grupo Impresa, de Francisco Pinto Balsemão. Nada de novo. Há muito que os angolanos estão interessados em investir - e a sério! - na comunicação social portuguesa. Até porque a hora, em Angola, é de se contar as "espingardas" políticas, por que José Eduardo dos Santos não é eterno.
A pedido de um colega de profissão, tentei explicar as intenções e ambições dos angolanos. E recebi este comentário desesperado:
"Por favor, diz-lhes para comprar primeiro o nosso grupo. Primeiro nós, primeiro nós..."
Assim se passeia a glória portuguesa.
A pedido de um colega de profissão, tentei explicar as intenções e ambições dos angolanos. E recebi este comentário desesperado:
"Por favor, diz-lhes para comprar primeiro o nosso grupo. Primeiro nós, primeiro nós..."
Assim se passeia a glória portuguesa.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Fidelidades
Quem for pela primeira vez ao Parlamento Europeu, em Bruxelas, e precisar de encontrar o gabinete de Edite Estrela, não tem nada que enganar: é o que tem uma enorme fotografia de José Sócrates à entrada. Igualzinha a esta.
Ela está no meio de nós
É nestes momentos que mais me lembro de Manuela Ferreira Leite: chegou o papelinho das Finanças para liquidar o Pagamento por Conta. É o segundo do ano.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Dúvida teológica que só a tv pode desfazer
Seria possível a Nossa Senhora (de Fátima ou de Medjugore) entrevistar a Madre Teresa de Calcutá? Sim, a impossibilidade histórica vai acontecer, esta noite, na SIC-Notícias a partir das 21 horas.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Ele come tudo. Ela não brinca em serviço.
Paulo Rangel chegou, viu e açambarcou. O cabeça de lista do PSD nas europeias foi hoje eleito para uma das (muitas) vice-presidências do grupo parlamentar do PPE. Depois de já ter garantido a liderança da delegação laranja, indiferente ao facto de contar na equipa com alguém como Carlos Coelho, com anos e quilómetros de experiência europarlamentar.
Do lado socialista, terminada a campanha, as coisas voltam a ocupar a sua ordem natural. As rédeas da agora bastante mais reduzida delegação rosa continuam nas mãos de Edite Estrela.
Do lado socialista, terminada a campanha, as coisas voltam a ocupar a sua ordem natural. As rédeas da agora bastante mais reduzida delegação rosa continuam nas mãos de Edite Estrela.
Sondagens que aquecem o coração presidencial
O presidente da República, Cavaco Silva, referiu-se hoje, na Escócia, saber que há "sondagens que terão sido feitas e que manifestam uma preferência por eleições simultâneas". Tudo aponta portanto que Cavaco Silva escolha marcar as legislativas precisamente para o mesmo dia em que o Governo marcará as autárquicas. As sondagens reforçam-lhe apenas o desejo. Ainda bem que o presidente português, depois do que se passou nas últimas eleições europeias, continua a confiar nas empresas de sondagens.
E ainda bem que Cavaco Silva, que nunca comenta assuntos internos no estrangeiro, resolva falar dos seus estados de alma...na Escócia.
Recorde-se que, entre os partidos políticos com assento parlamentar, apenas o PSD, de Manuela Ferreira Leite, prefere eleições simultâneas.
E ainda bem que Cavaco Silva, que nunca comenta assuntos internos no estrangeiro, resolva falar dos seus estados de alma...na Escócia.
Recorde-se que, entre os partidos políticos com assento parlamentar, apenas o PSD, de Manuela Ferreira Leite, prefere eleições simultâneas.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Recado a Rangel
O Conselho Nacional do PSD está reunido, esta noite, num hotel em Lisboa para discutir a situação política. Pelos corredores do hotel, ao lado do bar, um dirigente social-democrata resolveu recordar as afirmações de Nicolás Sarkozy de outros tempos. Quando apenas sonhava com o Eliseu, Sarkozy confessou que gostava de ser presidente e que se via como tal "todos os dias de manhã até a fazer barba".
Recordada a história, o mesmo dirigente do PSD comentou:
"Ele podia dizer isso por que já tinha estatuto para o dizer. Mas há outros que ainda não têm esse estatuto para ambicionar cargos de presidente".
O 7 de Junho ainda só foi há 15 dias e Outubro ainda está longe. Isto promete.
Recordada a história, o mesmo dirigente do PSD comentou:
"Ele podia dizer isso por que já tinha estatuto para o dizer. Mas há outros que ainda não têm esse estatuto para ambicionar cargos de presidente".
O 7 de Junho ainda só foi há 15 dias e Outubro ainda está longe. Isto promete.
TGV e a vontade de agradar a toda a velocidade
As declarações de Durão Barroso sobre o TGV são daquelas tiradas feitas por medida. Para agradar e para não se comprometer. Portugal espera receber para a alta velocidade 955 milhões de euros do Fundo de Coesão e 382 milhões das chamadas "redes transeuropeias". Os primeiros fazem parte do dinheiro já previsto para o país para o período de 2007 a 2013 e, se não for para o TGV, poderá ser renegociado para outra coisa qualquer. Tal como diz Durão.
Já em relação aos restantes 382 milhões, é diferente: eles servem para financiar "redes transeuropeias", mais concretamente projectos concretos de troços tranfronteiriços de ligações de âmbito europeu (TGV, auto-estradas, "auto-estradas do mar", etc). Se essas ligações não forem feitas ou forem muito atrasadas o dinheiro vai à vida, porque não é suposto ele financiar mais coisa nenhuma (a menos que Portugal sacasse da cartola alguma auto-estrada para Espanha de última hora). Mas, neste caso concreto, "vai à vida" é apenas uma forma de expressão. Porque é dinheiro que Portugal nunca veria, a menos que estivesse envolvido em projectos desta natureza (fosse o TGV ou outra coisa qualquer).
Por isso, sem dizer toda a verdade, Barroso também não está a mentir. E José Sócrates, que tanto o defendeu na semana passada em Bruxelas, agradece.
Já em relação aos restantes 382 milhões, é diferente: eles servem para financiar "redes transeuropeias", mais concretamente projectos concretos de troços tranfronteiriços de ligações de âmbito europeu (TGV, auto-estradas, "auto-estradas do mar", etc). Se essas ligações não forem feitas ou forem muito atrasadas o dinheiro vai à vida, porque não é suposto ele financiar mais coisa nenhuma (a menos que Portugal sacasse da cartola alguma auto-estrada para Espanha de última hora). Mas, neste caso concreto, "vai à vida" é apenas uma forma de expressão. Porque é dinheiro que Portugal nunca veria, a menos que estivesse envolvido em projectos desta natureza (fosse o TGV ou outra coisa qualquer).
Por isso, sem dizer toda a verdade, Barroso também não está a mentir. E José Sócrates, que tanto o defendeu na semana passada em Bruxelas, agradece.
TGV e os fundos à velocidade que se quiser
Apesar da chuva de notícias a dar conta que Portugal terá de devolver fundos comunitários caso desista de construir o TGV, Durão Barroso esclareceu hoje em Lisboa o que já se deveria saber:
"Sanções não. Nem há devolução de fundos. Nesse caso (em caso de desistência), teria de renegociar. Se não utilizar os fundos que estão determinados para um projecto, pode e deve renegociar para outros. Se não os quiser perder, terá de renegociar, de certeza".
"Sanções não. Nem há devolução de fundos. Nesse caso (em caso de desistência), teria de renegociar. Se não utilizar os fundos que estão determinados para um projecto, pode e deve renegociar para outros. Se não os quiser perder, terá de renegociar, de certeza".
sexta-feira, 19 de junho de 2009
A justiça é cega. Ou apenas míope.
No despacho em que justifica o arquivamento do inquérito dos “voos da CIA”, o Ministério Público concluiu que as pessoas em "situação de aparente detenção" vistas na Base das Lajes, Açores, "seriam militares norte-americanos" ou "dois detidos de nacionalidade portuguesa deportados do Canadá".
Ou então até poderia ser uma trupe de trapezistas chineses a actuar sem licença ou um grupo de Pauliteiros de Miranda apanhados a conduzir embriagados.
Ou seja, sem fazer a mínima ideia do que é que era, o MP tem a certeza absoluta do que não era. No fundo, podia ser qualquer coisa. Desde que não fosse aquilo que se suspeitava que pudesse ser.
Ou então até poderia ser uma trupe de trapezistas chineses a actuar sem licença ou um grupo de Pauliteiros de Miranda apanhados a conduzir embriagados.
Ou seja, sem fazer a mínima ideia do que é que era, o MP tem a certeza absoluta do que não era. No fundo, podia ser qualquer coisa. Desde que não fosse aquilo que se suspeitava que pudesse ser.
6+2
8 - a quantidade de vezes que Durão Barroso disse, na conferência de imprensa na quinta-feira à noite, estar "orgulhoso" pelo apoio manifestado pelos líderes dos 27 a um segundo mandato na Comissão Europeia. Seis em inglês e duas em francês, no espaço de poucos minutos. Para que não restassem dúvidas. Além de se confessar "emocionado". E ainda dizem que os políticos não têm sentimentos.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Recordar é viver
Em Junho de 2005 a Lusa fez uma cronologia dos acontecimentos que, no ano anterior, conduziram Barroso à presidência da Comissão Europeia. Rezava assim a referência ao sucedido no dia 18 de Junho, há exactamente cinco anos:
18 Jun: Reunidos em Cimeira, em Bruxelas, os líderes europeus não chegam a consenso sobre o candidato do Conselho, e o nome do comissário português António Vitorino fica praticamente excluído. Em conferência de imprensa no final da cimeira, Durão Barroso diz que foi convidado por vários líderes, "e a todos disse que não era candidato".
18 Jun: Reunidos em Cimeira, em Bruxelas, os líderes europeus não chegam a consenso sobre o candidato do Conselho, e o nome do comissário português António Vitorino fica praticamente excluído. Em conferência de imprensa no final da cimeira, Durão Barroso diz que foi convidado por vários líderes, "e a todos disse que não era candidato".
O que se grita lá fora, engole-se cá dentro
Logo a seguir às eleições em Angola, a eurodeputada Ana Gomes resolveu, com uma certa dose de histeria e de irresponsabilidade, falar em "irregularidades" ao mesmo tempo que se queixava das condições dadas aos observadores. Ela própria foi uma observadora e, nessa qualidade, zurziu sobre a organização das eleições.
A 7 de Junho, as eleições, em Portugal, deram no que deram e até deu para eleitores votarem duas vezes. Estava à espera que a mesma Ana Gomes, apesar da derrota, fizesse um comentário sobre a organização portuguesa. Ou, com a mesma leviana rapidez que usou em Angola, sugerisse a presença de observadores em Portugal. Em Angola, não falta gente que gostasse de ir passear para Lisboa, tal qual Ana Gomes foi fazer para Luanda. Mas, certamente, com mais tino.
A 7 de Junho, as eleições, em Portugal, deram no que deram e até deu para eleitores votarem duas vezes. Estava à espera que a mesma Ana Gomes, apesar da derrota, fizesse um comentário sobre a organização portuguesa. Ou, com a mesma leviana rapidez que usou em Angola, sugerisse a presença de observadores em Portugal. Em Angola, não falta gente que gostasse de ir passear para Lisboa, tal qual Ana Gomes foi fazer para Luanda. Mas, certamente, com mais tino.
Com ele a miúda vai sempre atrás
E assim decorreu a viagem do chefe do governo e da líder da oposição: ele lá à frente, em executiva, ela umas cadeiras mais atrás, em classe económica.
Bloco Central pelos ares
José Sócrates e Manuela Ferreira Leite estão neste momento a bordo do mesmo avião da TAP, com destino a Bruxelas.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
As (in)certezas de Durão
Se as coisas correrem como se prevê, os líderes dos 27 vão amanhã apoiar a recondução de Barroso à frente da Comissão Europeia. Mas a decisão só será formalizada (e tornada irreversível) numa fase posterior. Dez anos depois, está na altura de Durão repetir e adaptar uma das frases mais marcantes da sua carreira artística nacional:
“Tenho a certeza que serei presidente da Comissão Europeia, só não sei é quando”.
“Tenho a certeza que serei presidente da Comissão Europeia, só não sei é quando”.
Ai, vai ser tão difícil
José Sócrates agendou uma entrevista, na SIC-Notícias, para esta noite a partir das 21 horas. A entrevistadora será Ana Lourenço. No PS, espera-se tanta dificuldade na prestação do líder, mas tanta, que é a própria página de José Sócrates a anunciar a entrevista e a convidar toda a gente a assistir em directo e até com uma caixa de comentários aberta em socrates2009.pt.
Cordeiro? Só na Bíblia...
Andava meio mundo preocupado que José Sócrates tinha encolhido as garras, depois do resultado de 7 de Junho. Bastou um debate na Assembleia da República para se provar que Sócrates continua igual a ele próprio. Até acusou deputados de usarem "argumentos infantis". Paulo Portas, que resolveu apresentar uma folclórica moção de censura, tirou a conclusão do debate:
"O senhor primeiro-ministro está igual, absolutamente igual".
Já se pode então respirar de alívio. De cordeiros, só rezam as histórias da Bíblia. E, como se sabe, são sacrificados. Os que não são, ninguém os suporta.
"O senhor primeiro-ministro está igual, absolutamente igual".
Já se pode então respirar de alívio. De cordeiros, só rezam as histórias da Bíblia. E, como se sabe, são sacrificados. Os que não são, ninguém os suporta.
Da abstenção nas europeias e outros demónios
Não faço ideia porque é que os europeus não votam nas europeias. Provavelmente deve haver tantas explicações quantos países e, dentro de cada um deles, uma panóplia de teorias e razões.
Mas a coboiada em que se está a tornar o processo de escolha do futuro presidente da Comissão Europeia mostra bem como o “Planeta Bruxelas” (com os seus eurodeputados, governos, comissões europeias e jornalistas) está longe da Terra.
Até agora só há um candidato à sucessão de Barroso: o próprio Durão. E a grande questão que consome o debate político europeu é saber se os líderes, no Conselho Europeu desta quinta e sexta-feira, lhe vão dar o seu apoio “jurídico” ou apenas “político” a um segundo mandato. Se o apoio for “apenas” político, terão que, numa ocasião posterior, tomar a tal decisão “jurídica”. Ninguém sabe muito bem como, nem quando isso poderá acontecer. Nem exactamente porquê.
Os argumentos para fazer uma coisa ou a outra são bastante variados. Alguns fazem sentido, outros nem por isso. Mas nada é muito claro. E parece que tudo acontece numa galáxia muito, muito longínqua daquela que no passado dia 7 de Junho ignorou completamente as eleições para o Parlamento Europeu.
Mas a coboiada em que se está a tornar o processo de escolha do futuro presidente da Comissão Europeia mostra bem como o “Planeta Bruxelas” (com os seus eurodeputados, governos, comissões europeias e jornalistas) está longe da Terra.
Até agora só há um candidato à sucessão de Barroso: o próprio Durão. E a grande questão que consome o debate político europeu é saber se os líderes, no Conselho Europeu desta quinta e sexta-feira, lhe vão dar o seu apoio “jurídico” ou apenas “político” a um segundo mandato. Se o apoio for “apenas” político, terão que, numa ocasião posterior, tomar a tal decisão “jurídica”. Ninguém sabe muito bem como, nem quando isso poderá acontecer. Nem exactamente porquê.
Os argumentos para fazer uma coisa ou a outra são bastante variados. Alguns fazem sentido, outros nem por isso. Mas nada é muito claro. E parece que tudo acontece numa galáxia muito, muito longínqua daquela que no passado dia 7 de Junho ignorou completamente as eleições para o Parlamento Europeu.
E que tal um campo de reeducação?
O PSD anda ainda não se recompôs da surpresa de ter ganho as eleições e já andam, por lá, almas agitadas. Como as lentes dos binóculos apontam para uma vitória, Pedro Marques Lopes, amigo de outro Pedro, o Passos Coelho, veio fazer uma proposta revolucionária. De tal forma que faz lembrar, assim de repente, algumas sugestões, criadas noutros tempos, por alguns revolucionários. Reparem nestas pérolas:
"A verdade é que o PSD precisa duma espécie de controlador de opiniões...
Alguém que descodifique as infames conspirações organizadas...
Tem de ser uma pessoa humilde, séria (muito séria, mesmo) e sacrificando mesmo a sua vida pessoal, tenha a coragem de ir para os jornais (os sérios, claro), as televisões, para o blog (sério, bem entendido) denunciar publicamente os revisionistas...
...encabeçar uma espécie de tribunal para expurgar os maldizentes...
...o PSD purificado..."
Ou está para nascer a "superioridade moral dos sociais-democratas da Lapa" ou, não tarda nada, será criado um campo de reeducação. O texto, de inspiração maoista, pode ser lido aqui.
terça-feira, 16 de junho de 2009
Uma língua sem densidade própria
Luís Amado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, confessou hoje, num colóquio sobre a Língua Portuguesa realizado na Assembleia da República, que o Instituto Internacional da Língua Portuguesa vive "uma indefinição e desorientação estratégica há anos". E acrescentou: "há que dizê-lo sem nenhuma ambiguidade".
Luís Amado só não esclareceu as razões para essa paralização. Afinal, há quatro anos que ele está no Governo - e já tinha sido secretário de Estado da Cooperação no tempo de António Guterres - e há mais de dois anos que dirige o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Mas a confissão do ministro deu para se perceber o alcance desta afirmação de Jaime Gama proferida precisamente no mesmo colóquio:
"Há ministros com densidade própria"
Ora deduz-se que há outros ministros sem densidade.
Luís Amado só não esclareceu as razões para essa paralização. Afinal, há quatro anos que ele está no Governo - e já tinha sido secretário de Estado da Cooperação no tempo de António Guterres - e há mais de dois anos que dirige o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Mas a confissão do ministro deu para se perceber o alcance desta afirmação de Jaime Gama proferida precisamente no mesmo colóquio:
"Há ministros com densidade própria"
Ora deduz-se que há outros ministros sem densidade.
Há derrotas assim: transformam o sal em mel
José Sócrates, o animal feroz, anda mais macio. Diz quem conhece.
O silêncio é de ouro
É a máxima adoptada por Durão Barroso. Pelo menos até os líderes dos 27 decidirem apoiar a sua manutenção em Bruxelas por mais cinco anos, o que deverá acontecer na quinta-feira à noite. Até lá, as aparições públicas de Durão foram reduzidas ao mínimo indispensável e os contactos com a imprensa completamente banidos: foi anulada a habitual conferência de imprensa que antecede os Conselhos Europeus, bem como o pequeno-almoço que costuma realizar com um pequeno grupo de jornalistas de vários países na manhã do segundo dia da Cimeira (e cujo conteúdo é sempre em off).
Desafinação total
O Estado da cultura, em Portugal, é aqui bem retratado. Depois da Gulbenkian ter acabado com a sua companhia de bailado, Belgais segue--lhe os passos com a música, num projecto que já foi considerado de eleição. Por cá, quem não suportar os tonys carreiras e os concertos ensurdecedores vive mal. Resta uma consolação: de anos a anos, passa por cá a orquestra juvenil da Venezuela. Só para marcar diferenças entre quem defende a cultura e o... resto. A dimensão de um país não é apenas geográfica.
A silenciosa antecipação
Há meses que corre o rumor, em Angola, de que uma grande empresa de construção civil portuguesa teria sido comprada por angolanos. Há meses que se fala, em Angola, das intenções de ser criada, de raíz e em território angolano, uma grande empresa de construção civil. O interesse é óbvio: o país está em plena reconstrução de todas as infraestruturas, desde pontes a estradas, passando por hotéis, escolas e estádios de futebol. Por Angola, vão dominando, nos grandes projectos, uma empresa brasileira, que é, ela própria, quase um Estado dentro do Estado, e umas grandes portuguesas.
Antecipando-se aos rumores, às intenções que não passaram das longas conversas em bares de hotel e aos desejos de uns quantos portugueses e angolanos, a Mota-Engil acaba de formalizar a criação de uma empresa em Angola, juntando-se a capitais angolanos. Deve ser o maior passo, e certamente õ mais decisivo, da empresa. Curiosamente, a Mota-Engil nem sequer tinha entrado nesta lista de rumores. Foi pela calada e, desconfio, já deve estar com um olho nos países vizinhos de Angola.
Antecipando-se aos rumores, às intenções que não passaram das longas conversas em bares de hotel e aos desejos de uns quantos portugueses e angolanos, a Mota-Engil acaba de formalizar a criação de uma empresa em Angola, juntando-se a capitais angolanos. Deve ser o maior passo, e certamente õ mais decisivo, da empresa. Curiosamente, a Mota-Engil nem sequer tinha entrado nesta lista de rumores. Foi pela calada e, desconfio, já deve estar com um olho nos países vizinhos de Angola.
No pasa nada?
Na edição de hoje do Público, os Montes Urais (a formação geográfica que separa as partes europeia e asiática da Rússia) foram rebaptizados. Passaram a ser os Montes Urales: "Brasil, Rússia, Índia e China vão afinar a uma só voz nos Urales". Até se podia pensar que fosse uma antecipação da aplicação de algum detalhe do acordo ortográfico, mas nem isso. É o que dá traduzir directamente um texto de uma agência estrangeira (espanhola? anglófona?), por alguém que nunca ouviu falar no assunto e que não tem ninguém para rever o texto e evitar a publicação do disparate. Um pequeno episódio que diz muito sobre o estado do jornalismo português.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Deixai vir a mim as criancinhas
No meio da sua intensa e ocupada agenda, Durão Barroso encontrou algum tempo para receber esta tarde um grupo de 27 jovens (um de cada país da União) que lhe vão entregar uma declaração de apoio à sua recandidatura à Comissão Europeia.
O “Manifesto 27” é uma iniciativa “de caris apartidário e têm especial relevancia no contexto actual europeu (sic)”, promovida por um jovem português que será igualmente o respectivo porta-voz.
Vamos partir do princípio que os erros de português se devem ao carácter transnacional e multilinguístico deste gesto das bases europeias e deixar esse aspecto de parte (depois de o resto das bases ter dito o que pensa disto tudo através da abstenção nas eleições europeias).
Mas não deixa de ser curioso ver Barroso arranjar tempo para este tipo de coisa, precisamente na semana em que os líderes dos 27 vão decidir o seu destino. Será que está à espera que o Manifesto provoque uma vaga de fundo que afogue os líderes europeus na evidência de que não há alternativa a Durão a não ser ele próprio? Ou será que o nervoso miudinho que se apoderou do ex-primeiro-ministro português nos últimos dias começa a levar a melhor?
O “Manifesto 27” é uma iniciativa “de caris apartidário e têm especial relevancia no contexto actual europeu (sic)”, promovida por um jovem português que será igualmente o respectivo porta-voz.
Vamos partir do princípio que os erros de português se devem ao carácter transnacional e multilinguístico deste gesto das bases europeias e deixar esse aspecto de parte (depois de o resto das bases ter dito o que pensa disto tudo através da abstenção nas eleições europeias).
Mas não deixa de ser curioso ver Barroso arranjar tempo para este tipo de coisa, precisamente na semana em que os líderes dos 27 vão decidir o seu destino. Será que está à espera que o Manifesto provoque uma vaga de fundo que afogue os líderes europeus na evidência de que não há alternativa a Durão a não ser ele próprio? Ou será que o nervoso miudinho que se apoderou do ex-primeiro-ministro português nos últimos dias começa a levar a melhor?
Mistério jornalístico
É daquelas coisas que já aconteceram e se repetirão várias vezes enquanto houver jornais e jornalistas, mas que não deixam de ser intrigantes: um destacado responsável político português responde a várias perguntas de um grupo de jornalistas que depois as reproduzem nas suas rádios, televisões, jornais e agências. Ainda assim, apesar de toda a projecção que as ditas declarações tiveram, há alguém que as consegue publicar em formato de pergunta-resposta e assinar como se se tratasse de uma entrevista exclusiva a um único órgão de comunicação social.
A líder que se abandona a ela própria
Pode não ser inédito, mas é caso raro. Muito raro: Manuela Ferreira, acompanhada por José Luís Arnaut e Aguiar Branco, esteve reunida mais de 15 minutos com José Sócrates, em São Bento, a discutir o próximo Conselho Europeu. Terminada a reunião, a líder do PSD zarpou da residência oficial, sem qualquer comentário, evitando falar, como é normal nestas ocasiões, aos jornalistas.
Na sala de imprensa, uma jornalista comentava que Manuela Ferreira Leite até se "abandona a ela própria".
Na sala de imprensa, uma jornalista comentava que Manuela Ferreira Leite até se "abandona a ela própria".
sábado, 13 de junho de 2009
O nunca tem muitas variáveis
O presidente da República, Cavaco Silva, que "nunca comenta assuntos internos quando está no estrangeiro", fartou-se de falar em Nápoles sobre...Portugal. Comentou a abstenção nas eleições europeias, a data para as próximas eleições legislativas e até sobre... Cristiano Ronaldo. Ninguém se lembrou de lhe perguntar sobre Dias Loureiro, ou outra coisa parecida, para ouvir a santificada e batida frase "o presidente da República NUNCA comenta assuntos internos no estrangeiro".
Ao beija-mão mundial, só falta o Obama
O presidente russo, Dmitri Medvedev, visita oficialmente Angola no dia 26 deste mês. Depois das eleições que resultaram numa esmagadora maioria ao MPLA, já visitaram Luanda o presidente francês, Nicolas Sarkozy, o Papa Bento XVI, o primeiro-ministro chinês Wen Jiabao, entre outros. José Eduardo dos Santos foi recebido com a pompa devida por Ângela Merkl, durante um périplo europeu que o levou a Portugal.
E, para este ano, estão anunciadas as visitas do novo presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e do presidente do Brasil, Lula da Silva.
Neste beija-mão mundial, faltam Gordon Brown, mas esse nem sabe se fica muito tempo na cadeira do poder, e de Barack Obama. Alguns destes dirigentes e respectivos acólitos, ainda há pouco tempo, questionavam a legalidade de José Eduardo dos Santos continuar na presidência, sem que houvesse um novo escrutínio eleitoral (como se sabe, o último foi em 1992). Hoje, estendem-lhe vários tapetes vermelhos. E certamente nem se importariam que Dos Santos continuasse por lá por muitos e bons anos sem... eleições.
E, para este ano, estão anunciadas as visitas do novo presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e do presidente do Brasil, Lula da Silva.
Neste beija-mão mundial, faltam Gordon Brown, mas esse nem sabe se fica muito tempo na cadeira do poder, e de Barack Obama. Alguns destes dirigentes e respectivos acólitos, ainda há pouco tempo, questionavam a legalidade de José Eduardo dos Santos continuar na presidência, sem que houvesse um novo escrutínio eleitoral (como se sabe, o último foi em 1992). Hoje, estendem-lhe vários tapetes vermelhos. E certamente nem se importariam que Dos Santos continuasse por lá por muitos e bons anos sem... eleições.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Prémios
Cavaco não vai sair de Itália de mãos a abanar. Leva daqui o Prémio Mediterrâneo Instituições 2009, atribuído pela Fundação Mediterrâneo “em reconhecimento pelo seu empenho e acção no reforço da solidariedade e de uma activa cooperação entre os países mediterrânicos, em favor da promoção do desenvolvimento e da Paz, nessa região”.
Uma descrição pomposa de um prémio recebido de uma Fundação pouco ou nada conhecida soa sempre bem. Mesmo que contraste com a cerimónia embaraçosa durante a qual o PR foi agraciado. Depois de assistir ao içar da bandeira portuguesa num terraço mal amanhado ao som do hino que saía de uma aparelhagem roufenha, Cavaco foi levado para uma “sala” no sótão do edifício da dita Fundação.
Aí, numas mesas arrumadas entre postes e armações metálicas que seguravam o tecto inclinado (e às quais era preciso dedicar bastante atenção para não as amolgar com a cabeça), Cavaco lá recebeu o prémio e discursou para uma mini-plateia, imagina-se que composta pelos membros da dita Fundação.
Tudo sob a batuta do presidente da dita, com a inevitável fita colorida a atravessar o peito, que tinha à disposição dos convidados resmas de revistas da casa, em que a sua fotografia aparecia página sim, página sim, ao melhor estilo de um mau boletim municipal em mês de eleições.
Tudo demasiado mau para não parecer tirado de um filme, mesmo dando de barato que o cenário é a inconfundível cidade de Nápoles. Não sei como é que estas coisas são organizadas, mas o PR tem mesmo que participar neste tipo de coisas, sem qualquer dignidade? Não há ninguém lá em Belém que se preocupe em averiguar previamente o que são estas fundações ou em que condições decorrem estas cerimónias?
Uma descrição pomposa de um prémio recebido de uma Fundação pouco ou nada conhecida soa sempre bem. Mesmo que contraste com a cerimónia embaraçosa durante a qual o PR foi agraciado. Depois de assistir ao içar da bandeira portuguesa num terraço mal amanhado ao som do hino que saía de uma aparelhagem roufenha, Cavaco foi levado para uma “sala” no sótão do edifício da dita Fundação.
Aí, numas mesas arrumadas entre postes e armações metálicas que seguravam o tecto inclinado (e às quais era preciso dedicar bastante atenção para não as amolgar com a cabeça), Cavaco lá recebeu o prémio e discursou para uma mini-plateia, imagina-se que composta pelos membros da dita Fundação.
Tudo sob a batuta do presidente da dita, com a inevitável fita colorida a atravessar o peito, que tinha à disposição dos convidados resmas de revistas da casa, em que a sua fotografia aparecia página sim, página sim, ao melhor estilo de um mau boletim municipal em mês de eleições.
Tudo demasiado mau para não parecer tirado de um filme, mesmo dando de barato que o cenário é a inconfundível cidade de Nápoles. Não sei como é que estas coisas são organizadas, mas o PR tem mesmo que participar neste tipo de coisas, sem qualquer dignidade? Não há ninguém lá em Belém que se preocupe em averiguar previamente o que são estas fundações ou em que condições decorrem estas cerimónias?
Grupos e grupinhos
Cavaco Silva está em Nápoles a participar numa reunião do chamado Grupo de Arraiolos que, além do português, junta regularmente os chefes de estado de outros sete países da UE (Alemanha, Áustria, Finlândia, Hungria, Itália, Letónia, Polónia). Em comum têm o facto de não desempenharem funções executivas. Ou seja, não riscarem muito.
Se o painel só por si já é de peso, o facto de os presidentes da Finlândia, Letónia e Polónia não terem aparecido, não contribui em nada para a relevância do dito grupo. Que, de resto, só é “de Arraiolos” para os portugueses.
Se o painel só por si já é de peso, o facto de os presidentes da Finlândia, Letónia e Polónia não terem aparecido, não contribui em nada para a relevância do dito grupo. Que, de resto, só é “de Arraiolos” para os portugueses.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Era uma vez o grupo socialista no Parlamento Europeu...
Os socialistas europeus acabam de crescer um bocadinho. Anunciaram um acordo de princípio com o Partido Democrático italiano, para acolher no seu seio os 21 eurodeputados eleitos pela formação transalpina no passado domingo. Passam de 161 para 182 lugares (PPE tem 264 e os liberais 80, enquanto ainda há partidos que procuram a respectiva família).
Como não há almoços grátis, os italianos (que incluem ex-comunistas, ex-socialistas, ex-liberais e sabe-se lá mais o quê) exigem que o grupo passe a chamar-se Aliança dos Socialistas e Democratas Europeus.
Algo que os socialistas parecem dispostos a aceitar, até para disfarçar o chimbalau eleitoral. No fundo, não estão a fazer mais do que o PPE sempre fez, aceitar nas suas fileiras federalistas empedernidos e anti-europeus convictos, apenas com o intuito de ser a maior força política do PE. Mas é menos uma coisa que o futuro ex-PSE poderá atirar à cara do adversário.
Como não há almoços grátis, os italianos (que incluem ex-comunistas, ex-socialistas, ex-liberais e sabe-se lá mais o quê) exigem que o grupo passe a chamar-se Aliança dos Socialistas e Democratas Europeus.
Algo que os socialistas parecem dispostos a aceitar, até para disfarçar o chimbalau eleitoral. No fundo, não estão a fazer mais do que o PPE sempre fez, aceitar nas suas fileiras federalistas empedernidos e anti-europeus convictos, apenas com o intuito de ser a maior força política do PE. Mas é menos uma coisa que o futuro ex-PSE poderá atirar à cara do adversário.
Um carteiro de bicicleta, mas sem as cartas de Neruda
Um terço dos carteiros, cá deste correio, vai andar, em breve, montado nesta beleza vigiando o que anda a fazer a Câmara de Lisboa.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Pontaria
Quando acharem que alguma coisa está a correr mal ou que fizeram uma opção errada na vida, lembrem-se da história daquele senhor (que existe mesmo, esteve hoje em Bruxelas) que tirou o seu dinheiro do BPN para o pôr a salvo no BPP…
Barroso em campanha
A Comissão Europeia apresentou hoje as suas prioridades para a área da justiça e segurança, o chamado “Programa de Estocolmo”. Mas o comissário responsável pelo pelouro, o francês Jacques Barrot, teve que ceder as luzes da ribalta a Durão Barroso, que fez questão de ser o protagonista da apresentação da iniciativa. Que perspectiva as prioridades neste domínio até 2014. Precisamente a duração do mandato da próxima Comissão Europeia…
Nuance
Durão Barroso declarou-se ontem candidato a um segundo mandato à frente da Comissão Europeia. Mas, além da subtileza de o ter feito apenas após um pedido nesse sentido da presidência do Conselho Europeu (numa coreografia muito bem ensaiada), deixou a porta aberta a qualquer eventualidade:
“Verei se esta ambição é partilhada pelos governos europeus e pelo Parlamento Europeu e, então, apresentarei formalmente a minha candidatura.”
É que apesar de as coisas parecerem bem encaminhadas para a sua ambição, nunca se sabe o que pode passar pela cabeça do presidente francês. Além de que um possivel adiamento da decisão apenas para o Outono, pode dar tempo para que haja quem ainda quem mude de ideias.
“Verei se esta ambição é partilhada pelos governos europeus e pelo Parlamento Europeu e, então, apresentarei formalmente a minha candidatura.”
É que apesar de as coisas parecerem bem encaminhadas para a sua ambição, nunca se sabe o que pode passar pela cabeça do presidente francês. Além de que um possivel adiamento da decisão apenas para o Outono, pode dar tempo para que haja quem ainda quem mude de ideias.
Delírio em tons Verdes
Goste-se dele ou não, concorde-se ou não com o que defende, a verdade é que Daniel Cohn-Bendit tem um estilo empolgante. As intervenções do líder do Maio de 68 no hemiciclo do Parlamento Europeu constituem um dos raros momentos de interesse das sessões plenárias.
Depois de fazer dos Verdes franceses quase a segunda força política do país nas eleições do passado domingo, a morder os calcanhares aos desconsolados socialistas, Dany Le Rouge garante que o seu partido será uma “força de charneira”. Não só no plano nacional, mas também no PE, pois os Verdes foram o único grupo político a crescer em número de deputados, apesar da descida generalizada, devido à diminuição geral de lugares. Passaram mesmo a ser a quarta bancada mais numerosa.
Vai daí, desdobrou-se em propostas de entendimento político com os outros grupos e, sobretudo, parece empenhado na formação de uma “coligação anti-Barroso”. Sempre no seu tom empolgado e ainda mais avermelhado do que o sugere a alcunha, a dar a entender, usando a imagem de Sócrates, que “há um antes e um depois” desta eleição “histórica” para os ecologistas. Quase a fazer esquecer que, num PE claramente dominado pelo centro-direita, os Verdes têm apenas 52 eurodeputados, num total de 736…
Depois de fazer dos Verdes franceses quase a segunda força política do país nas eleições do passado domingo, a morder os calcanhares aos desconsolados socialistas, Dany Le Rouge garante que o seu partido será uma “força de charneira”. Não só no plano nacional, mas também no PE, pois os Verdes foram o único grupo político a crescer em número de deputados, apesar da descida generalizada, devido à diminuição geral de lugares. Passaram mesmo a ser a quarta bancada mais numerosa.
Vai daí, desdobrou-se em propostas de entendimento político com os outros grupos e, sobretudo, parece empenhado na formação de uma “coligação anti-Barroso”. Sempre no seu tom empolgado e ainda mais avermelhado do que o sugere a alcunha, a dar a entender, usando a imagem de Sócrates, que “há um antes e um depois” desta eleição “histórica” para os ecologistas. Quase a fazer esquecer que, num PE claramente dominado pelo centro-direita, os Verdes têm apenas 52 eurodeputados, num total de 736…
terça-feira, 9 de junho de 2009
Onde é que eles se meteram?
Desde a divulgação dos resultados das eleições no domingo à noite que os socialistas europeus não se deixam ver. Alguns (poucos) estiveram no Parlamento Europeu esse mesmo dia, onde participaram em alguns painéis de comentadores que analisaram os resultados. Mas, uma vez essa obrigação cumprida… nem vê-los.
Todos os demais grupos políticos emitiram comunicados ou organizaram conferências de imprensa nos dias seguintes onde expuseram a sua análise dos resultados e se pronunciaram sobre os grandes temas destes dias: entendimentos internos no seio do PE e candidatura de Durão a um segundo mandato.
Parece que só este último assunto ainda é capaz de provocar alguma reacção dos lados do PSE e o líder da bancada da rosa no PE, o alemão Martin Schulz, lá veio dizer que se vão opor com unhas e dentes a tal cenário. Mas como as suas unhas e dentes encolheram bastante desde o passado domingo, parece que, para já, a prioridade é continuarem a tentar perceber como é que isso lhes aconteceu.
Todos os demais grupos políticos emitiram comunicados ou organizaram conferências de imprensa nos dias seguintes onde expuseram a sua análise dos resultados e se pronunciaram sobre os grandes temas destes dias: entendimentos internos no seio do PE e candidatura de Durão a um segundo mandato.
Parece que só este último assunto ainda é capaz de provocar alguma reacção dos lados do PSE e o líder da bancada da rosa no PE, o alemão Martin Schulz, lá veio dizer que se vão opor com unhas e dentes a tal cenário. Mas como as suas unhas e dentes encolheram bastante desde o passado domingo, parece que, para já, a prioridade é continuarem a tentar perceber como é que isso lhes aconteceu.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Não consta que seja engenheiro, mas...
Nos intervalos de ler e reler as mensagens que "aterram" nos seus dois aparelhos, Paulo Rangel desenha enquanto ouve os outros a discursar. Quando é Manuela Ferreira Leite, Rangel bem precisa de se motivar para evitar o adormecimento. O desenho de cima foi "roubado" depois do comício em Viseu e está muito bem guardado. Não sei se Rangel irá parar a Covilhã ou à Guarda, mas não lhe falta engenho.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
A campanha na máxima nitidez
É um cliché, mas aqui faz todo o sentido: umas imagens de uma campanha valem mesmo mil palavras, como se pode ver nesta foto, como uma das características mais notórias de Paulo Rangel: estar informado com o andar do mundo, quase ao segundo.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Uma pérola de campanha
Paulo Rangel bem palmilha quilómetros sem fim à procura de chegar a todo o lado. Desde domingo, já passou por Nisa, Portalegre, Mação, Bragança, Vila Real, Tomar, Porto e Braga. O candidato não poupa esforços. O problema é... mesmo a organização. De tal forma que Rangel fez, esta manhã, uma passeata a pé, pelas ruas da sua infância, com passagem pelo colégio onde estudou, mas ... sem jornalistas. Ninguém, do PSD, avisou os repórteres que fazem a cobertura da campanha.
Aliás, os jornalistas desesperam com os horários e os desencontros: horas alteradas, moradas modificadas, programas incompletos ou demasiado preenchidos que nem uma hora sobra para se escrever ou enviar material.
Reparem nestes "pormenores":
Duas equipas de televisão marcaram o início do programa à porta do hotel e ficaram meia-hora à espera. Depois, aperceberam-se que o candidato já tinha partido.
Dois jornalistas foram fintados na morada da Ordem dos Advogados, onde estava marcado um encontro com Paulo Rangel, e foram parar, por indicação da organização, ao bar de alterne "Pérola Negra".
E fica esta sensação: pelo esforço, pela disponibilidade, pela simpatia, pela inteligência e sagacidade nas respostas, Paulo Rangel não merecia que lhe organizassem uma campanha assim.
Aliás, os jornalistas desesperam com os horários e os desencontros: horas alteradas, moradas modificadas, programas incompletos ou demasiado preenchidos que nem uma hora sobra para se escrever ou enviar material.
Reparem nestes "pormenores":
Duas equipas de televisão marcaram o início do programa à porta do hotel e ficaram meia-hora à espera. Depois, aperceberam-se que o candidato já tinha partido.
Dois jornalistas foram fintados na morada da Ordem dos Advogados, onde estava marcado um encontro com Paulo Rangel, e foram parar, por indicação da organização, ao bar de alterne "Pérola Negra".
E fica esta sensação: pelo esforço, pela disponibilidade, pela simpatia, pela inteligência e sagacidade nas respostas, Paulo Rangel não merecia que lhe organizassem uma campanha assim.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Regresso à tradição
Depois de vários dias a arroz de pato, o lombo de porto entrou na campanha do PSD. Aghnnn...
Faltam a lady Marian e o rei Ricardo
Paulo Rangel a recordar a infância, em Bragança
"O PSD está na situação de Robin Hood da agricultura. O Governo é um avarento, é o
xerife de Nottingham, é o Tio Patinhas da agricultura"
"O PSD está na situação de Robin Hood da agricultura. O Governo é um avarento, é o
xerife de Nottingham, é o Tio Patinhas da agricultura"
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