quarta-feira, 10 de junho de 2009

Delírio em tons Verdes

Goste-se dele ou não, concorde-se ou não com o que defende, a verdade é que Daniel Cohn-Bendit tem um estilo empolgante. As intervenções do líder do Maio de 68 no hemiciclo do Parlamento Europeu constituem um dos raros momentos de interesse das sessões plenárias.

Depois de fazer dos Verdes franceses quase a segunda força política do país nas eleições do passado domingo, a morder os calcanhares aos desconsolados socialistas, Dany Le Rouge garante que o seu partido será uma “força de charneira”. Não só no plano nacional, mas também no PE, pois os Verdes foram o único grupo político a crescer em número de deputados, apesar da descida generalizada, devido à diminuição geral de lugares. Passaram mesmo a ser a quarta bancada mais numerosa.

Vai daí, desdobrou-se em propostas de entendimento político com os outros grupos e, sobretudo, parece empenhado na formação de uma “coligação anti-Barroso”. Sempre no seu tom empolgado e ainda mais avermelhado do que o sugere a alcunha, a dar a entender, usando a imagem de Sócrates, que “há um antes e um depois” desta eleição “histórica” para os ecologistas. Quase a fazer esquecer que, num PE claramente dominado pelo centro-direita, os Verdes têm apenas 52 eurodeputados, num total de 736…

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