quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Em Angola, não há sucatas

Enternece-me ler ou ouvir muitos portugueses a criticar a corrupção em Angola. Comove-me. Sobretudo quando ouço e leio aqueles que, tendo semelhantes oportunidades, não têm o mesmo desvelo e o igual veneno nas críticas à corrupção no seu próprio país, ou seja, Portugal. No fundo, o acto de corromper é precisamente idêntico em Angola e em Portugal. A diferença está nos valores. Em Portugal, a corrupção, o roubo, a imoralidade é feita por sucatas, robalos, sobreiros, açõezitas, gorjetas a sobrinhos taxistas, uns pequenos desvios de dinheiros da Europa, obrazitas a mais. Em Angola, há petróleo, diamantes, ouro e um mundo a ser construído.
A dimensão é outra. E deve ser essa dimensão que tanto incomoda alguns portugueses, rápidos a puxar o gatilho nas críticas a Angola, mas lentos, muito lentos (ou mesmo desarmados), na observação do que se passa em Portugal.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Ser do PSD com um coração comunista


Um simples olhar ao texto que se segue leva-nos a imaginar que este autor do ataque à 'troika' escreve os comunicados do comité central do PCP. Mas, espanto, não". A origem é.... o PSD.

Contra a pretensão de reduzir o número de freguesias e municípios
Considerando que a Troika estrangeira em conjunto com os que, no nosso País, subscreveram o programa de agressão e submissão, pretendem impor a redução substancial de autarquias (freguesias e municípios);
Considerando que o poder local democrático, indissociável da existência de órgãos próprios eleitos democraticamente, com poderes e competências próprias e agindo em total autonomia face a outros órgãos e, com submissão apenas à Constituição, às leis, aos tribunais em sede de aplicação dessas mesmas leis e ao povo, é parte da arquitectura do Estado Português;



O resto do texto - e da decisão - na íntegra pode ser lido aqui: