domingo, 31 de maio de 2009

O verdadeiro olho de repórter


Imagens como esta de Paulo Rangel em campanha podem ser vistas neste blogue, de um homem com uma câmara na mão. O autor é um excelente repórter de imagem e vai publicando alguns instantâneos. Em todos. há um olhar sempre diferente. Em campanhas eleitorais e não só...

Como Barcelos deu razão a Manuela Ferreira Leite

Apesar de Manuela Ferreira Leite ter anunciado publicamente que não gostava de comícios, o PSD arriscou fazer um, em Barcelos. A terra até prometia. Já foi uma espécie de "cavaquistão", quase à semelhança de Viseu, e mantém a fama de ser "laranja". Mas a noite foi aziaga.
O "speaker" até insistia em chamar gente. Pedia para os jovens - onde estavam eles, naquele "mar" de idosos? - se aproximassem do ringue. Mas nada. Até dava para fazer uma partidinha de futebol.
Chegaram pessoas das aldeias mais próximas. Durante a noite, houve um esforço de mobilizar os jovens. Mas o comício, propriamente dito, teimava em não passar das intenções.
Uma hora e meia depois, já sem haver esperanças de encher o pavilhão, começou o dito comício. Mesmo assim com clareiras. Para disfarçar, Paulo Rangel descobriu "uma moldura humana". Manuela Ferreira Leite foi pouco modesta:

"Esta mobilização, este entusiasmo faz-me renascer"

Talvez por não querer renascer desta forma é que Manuela Ferreira Leite garante não gostar de comícios. Barcelos mostrou que ela tem fortes razões para isso.

sábado, 30 de maio de 2009

Delírio sobre rodas


Manuela Ferreira Leite, no seu melhor estilo, durante um comício em Vagos, numa iniciativa de campanha para as europeias do PSD:


"Há meia dúzia de dias, este Governo aprovou um diploma que vai ser obrigatório - obrigatório, sem oportunidade de escolha - para todos os aqueles que disponham de um veículo automóvel, não só um veículo automóvel, triciclos, bicicletes... ahn ahn ahn .... tudo o que ande, tudo o que ande com rodas, todos vão ser obrigados a ter um sinal na sua matrícula que identifica a localização desse veículo. Como não sei como é que os veículos com rodas andam sem condutor, quer dizer que cada um de nós vai passar a ser localizado em qualquer momento o sítio em que alguém - a gente não sabe quem - vai poder fazer esse controle."


Fica assim percebido por que razão a líder do PSD não gosta de comícios.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Talvez sejam permitidos murros e pontapés

Manuela Ferreira Leite, hoje, em declarações aos jornalistas, durante uma "visita" à rua em Aveiro:

Estou a mostrar a minha indignação pela indignidade da campanha, pelo nível que o PS está a tentar pô-la. Percebe-se que é o desespero de um candidato. Mas as campanhas eleitorais não podem permitir tudo, só podem permitir algumas coisas.

PSD e PS consideram "vital" imposto europeu

Os eurodeputados do PS e do PSD votaram em bloco nesta legislatura um relatório aprovado pelo Parlamento Europeu, que propunha a criação de um imposto europeu e o estabelecimento de meios de financiamento próprios da União, exactamente nos moldes apresentados esta semana por Vital Moreira.

Em Março de 2007, a quase totalidade da delegação socialista (Edite Estrela, Capoulas Santos, Elisa Ferreira, Ana Gomes, Manuel dos Santos, Jardim Fernandes, Hasse Ferreira, Jamila Madeira, Sousa Pinto, Fausto Correia e Paulo Casaca; Francisco Assis não participou na votação) e da bancada social-democrata (Carlos Coelho, Deus Pinheiro, Silva Peneda, Assunção Esteves, Duarte Freitas e Sérgio Marques; Vasco Graça Moura não participou no voto) votaram favoravelmente o relatório que foi aprovado por 458 votos a favor, 61 abstenções e 117 votos contra, entre os quais os dos parlamentares do PCP (Ilda Figueiredo e Pedro Guerreiro), Bloco de Esquerda (miguel Portas) e Ribeiro e Castro, do CDS-PP (Luís Queiró não votou).

Algumas passagens do dito documento (não, esta parte não está nos 'considerandos'): “a curto prazo ainda é prematuro estabelecer um novo imposto genuinamente europeu”, mas isso “não exclui a possibilidade de os Estados­-Membros decidirem se e quando cobrar novos impostos e de, na mesma fase ou posteriormente, decidirem autorizar a União a beneficiar directamente das respectivas receitas”.

Na exploração de “eventuais opções para o futuro”, “será VITAL examinar a possibilidade de criar um novo sistema de recursos próprios baseado num imposto já cobrado nos Estados-­Membros”, que deveria ser posteriormente “total ou parcialmente canalizado para o orçamento da União Europeia como um verdadeiro recurso próprio”.

Como diria o outro, “Rangel e Vital, é parecido, é mesmo igual”.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Uma campanha de 5 estrelas

São muito agradáveis os hotéis que Paulo Rangel e o PSD escolhem para fazer campanha. Estou a escrever este post no bar-restaurante do Sheraton com uma deslumbrante vista sobre Lisboa. Ontem, estive com autarcas num dos "resorts" mais luxuosos do Algarve, em Albufeira. Antes tinha passado por um hotel em Faro, vá lá de quatro estrelas, mas com lindíssimas reproduções de quadros de Miró. Agora, vou para o Hotel Sana, ali mais ao lado, para ouvir professores.

Um nome que queima os lábios

Paulo Rangel, quando foi questionado sobre a demissão do ex-ministro Dias Loureiro de conselheiro do Estado, disse aos jornalistas que estava de acordo, mas nunca se referiu ao nome, usando as expressões "ele próprio", a "pessoa em questão".
Do lado socialista, Vital Moreira, perante a mesma questão, remeteu os jornalistas para um artigo escrito no seu blogue.

Para Angola, rapidamente, em fuga que a fome aperta

A TAP dá mais um contributo para a debandada. A partir do dia 5 de Junho, aumentam os voos para Angola. Passam a ser 11 por semana. Mas como a companhia aérea portuguesa não deve estar solidária com a vontade de muitos portugueses - ou melhor, até deve aproveitar-se disso - os preços dos bilhetes vão continuar proibitivos. Que falta faz a concorrência!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Devagar, pára, arranca, devagar

Paulo Rangel só começou a campanha às 16 horas com uma conferência na Universidade do Minho. Perdeu uma manhã inteira porque deixou escapar um avião que o deveria trazer da Madeira. Como um azar nunca vem só – ou uma organização? – Paulo Rangel ainda teve de suportar um jovem da JSD a fazer um discurso de 20 minutos com os temas que deveria ser o próprio Rangel a discorrer.
Há dias assim, tranquilos, suaves, como se não houvesse eleições daqui a nada.

Saúde sim, mas só para alguns

Uma apoiante de Paulo Rangel e do PSD foi a uma conferência no Porto questionar a saúde gratuita, dizendo que “não se pode pagar seis consultas em três meses a uma mesma pessoa e mais as análises”. Paulo Rangel limitou-se a defender uma sistema de saúde misto.

Haverá uma terceira via?

Outra apoiante de Paulo Rangel lançou esta certeza, no encontro no Palácio da Bolsa no Porto

“A incidência da sida já é maior entre os heterossexuais do que nos toxicodependentes"

Um denominador comum

Um ex-secretário de Estado de um governo de Cavaco Silva, Oliveira e Costa, acusa um ex-ministro de um Governo de Cavaco Silva e actual conselheiro de Estado de Cavaco Silva, Manuel Dias Loureiro, de ter mentido e, de carrinho, garante que outro ex-ministro de Cavaco Silva, Miguel Cadilhe, foi para o BPN “apenas para ganhar muito dinheiro”.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Separados à nascença?

Galocha!


Serve o presente post para informar Vexa.s que afinal não foi mesmo preciso galochas para a manifestação (perdão marcha) do passado 23 de maio.

Será que ainda alguém dúvida das nossas fontes!

Cremes socialistas

"Depois do jantar em Valongo e do beijinho a Sócrates, uma senhora revela à amiga:

-Ele tem a pele macia...

Resposta da outra:

-Pudera, num usa Nibea nem cremes dos trezentos... *"

*In "Escola de Lavores"

domingo, 24 de maio de 2009

Simples, directo ao assunto e todos percebem

Primeiro, Vital Moreira falou em "tranquiberne" e hoje saiu-se com isto. Um verdadeiro hino de como não se faz uma campanha. Onde andarão os apregoados assessores de Obama?

Quem diz a verdade....

Álvaro Amaro, presidente da Câmara de Gouveia, ex-secretário de Estado da Agricultura no tempo de Cavaco Silva e dirigente do PSD, resolveu fazer uma confissão, durante um encontro de sociais-democratas, onde esteve presente Paulo Rangel:

"Nós políticos terminamos por norma os discursos - e eu também - a dizer "meus amigos todos queremos um país mais justo, mais rico. e mais solidário, oh diabo!, falhámos. Por que ele é menos rico, menos justo e é muito pouco solidário".

Alguém, também no PSD, terá ficado com as orelhas da arder?

Uma organização laranja pálido


Eis o cartão de acesso para jornalista mais original que alguma vez me foi dado.


Muy bien, Joselito!

Parece que pertence definitivamente ao passado o tempo em que José Sócrates se deixava filmar pelas câmaras de televisão, enquanto falava ao telemóvel com o seu homólogo espanhol, num portunhol duvidoso (num daqueles episódios que causa um embaraço semelhante às prestações de alguns concorrentes em concursos de descoberta de novos talentos musicais…).

Segundo a imprensa espanhola, no comício em que ontem participou, em Valência, o primeiro-ministro português expressou-se na língua de Cervantes de uma forma que oscilou entre o “castelhano perfeito” (El País) e o “espanhol correcto” (El Mundo).

E foi assim que exprimiu a sua “admiração e apreço” pela forma de governar dos socialistas do país vizinho, onde a taxa de desemprego é a mais elevada da União Europeia, podendo mesmo vir a ultrapassar a barreira dos 20%.

Na estrada com eles...

O "Correio Preto" vai cobrir, nos próximos 15 dias, a campanha do PSD e, em especial, a seguir os passos e as corridas por essas auto-estradas de Paulo Rangel. Mas vamos estar atentos à campanha do PS, via "Escola de Lavores". Prometemos não perder pitada.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Modernices


O PCP anda agora armado em Moderno. Ele é sites da Internet personalizados para as eleições autarquicas, ele é marchas, mas ele também é comercio!

O Correio Preto sabe que se preparam kits do Manifestante (ou melhor do marchante) que serão distribuídos por todos aqueles que marcharam aquela distancia incrível entre o Saldanha e o Marquês de Pombal pelo Protesto, Confiança e Luta. O kit será composto por sapatos tipo manhosos à venda no mundo do calçado da Rua da Palma e por edições especiais de garrafas de agua com o nome daquele que todos gostavam de atingir.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Foi você que pediu uma "Marinha Grande"?

Vital Moreira ensaiou a “sua” Marinha Grande no 1º de Maio. As coisas correram-lhe bem, mas nem assim a campanha parece descolar.

Que tal uma repetição? Pode ser já no sábado, dia 23 de Maio. Parece que o PCP organiza uma marcha em Lisboa. Basta ir lá (tentar) cumprimentar alguém, ou então passar na zona por acaso (saída prevista do Saldanha às 15h00, não chegue atrasado e desta vez não se esqueça do guarda-chuva para se proteger dos salpicos).

Já agora, leve um amigo também. Pode ser Pedro Namora, que entregou recentemente o cartão de militante do PCP para encabeçar a lista do PPM à Câmara de Setúbal, dirigida pelo… PCP. Os seus ex-camaradas deverão adorar reencontrá-lo e cada um tem direito à sua Marinha Grande.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades políticas

Paulo Portas defendeu esta noite, em entrevista à SIC, a demissão de Lopes da Mota do cargo que ocupa no Eurojust. E à opinião adicionou-lhe um conselho moralista:

"Eu teria saído logo na abertura do inquérito..."

Quem pensa assim e aconselha assim, é precisamente o mesmo homem que foi ministro da Defesa ao mesmo tempo que estava a ser investigado por causa da Universidade Moderna (a tal que fechou, entretanto). Na altura, o que fez Portas? Demitiu-se mal soube da abertura do inquérito? Pediu a exoneração do cargo quando choveram suspeitas sobre ele? Não. Manteve-se firme no cargo.
E, já agora, é bom recordar a posição do PS: pediu a demissão do ministro, com declarações inflamadas feitas à comunicação social, com cartas dirigidas ao PGR e no Parlamento. E com o próprio secretário-geral, Ferro Rodrigues, a fazer ultimatos. Outros tempos, outros tempos...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Barroso atleta


O incêndio que hoje deflagrou na sede da Comissão Europeia parece ter sido, afinal, mais fumo do que fogo. Mas foi o suficiente para testar o sistema de alarme e obrigar à evacuação do edifício.

Menos sorte tiveram os funcionários que trabalham nos andares cimeiros do Berlaymont que, com os elevadores desactivados por questões de segurança, tiveram que descer a pé. Foi o caso de Durão Barroso, que teve que galgar assim os lances de escada dos 13 andares que separam o seu gabinete da rua.

Consta que desde que se atreveu a participar num jogo de futebol (há três anos, em Viena), que Barroso não efectuava semelhante prova de esforço. "Ainda bem que era a descer", desabafou um dos seus colaboradores.

Debandada II


Tal como antecipávamos em Fevereiro, com o aproximar do fim do mandato confirma-se a debandada de elementos da equipa de comissários dirigida por Durão Barroso.

A lituana Dalia Gribauskayte foi ontem eleita presidente do seu país. Volta a Bruxelas apenas para picar o ponto e assumirá funções logo que as formalidades pós-eleitorais estejam todas cumpridas. Segue assim os passos dos seus colegas italiano, britânico e cipriota, que trocaram todos Bruxelas por cargos ministeriais nos respectivos países.

Mas este êxodo não vai ficar por aqui. Hoje mesmo, a comissão anunciou que outros quatro elementos do colégio (o comissário belga e as comissárias búlgara, luxemburguesa e polaca) vão suspender funções para se poderem candidatar às eleições para o Parlamento Europeu. São todos cabeças-de-lista dos respectivos partidos às eleições do próximo dia 7 de Junho e o seu regresso às actuais funções parece assim uma possibilidade bastante remota.

Sendo assim, dos 25 comissários que iniciaram funções com Durão Barroso em 2004 e dos dois que se juntaram à equipa em 2007, apenas 19 cumprirão o mandato na íntegra.

Burning down the house


A sede da Comissão Europeia acaba de ser evacuada, depois de o alarme de incêndio ter sido activado. Os eurocratas deram lugar aos bombeiros e à polícia.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Afinal as notas de banco encontradas na rua são para devolver…

Na passada terça-feira, ao mesmo tempo que a Assembleia Nacional francesa votava a lei HADOPI (que permite bloquear o acesso à internet a quem efectue downloads ilegais), o ministro da cultura criticava semelhante abordagem, sem papas na língua. Porque tem contornos “censórios” e porque há a percepção generalizada de que “se existe na net é para poder ser fruído por quem tiver acesso à net”, pois as pessoas sentem que “se alguém pôs (música ou filmes na net), eles limitam-se a usar aquilo que está disponível, como quem encontra notas de banco no chão, apanham e é de quem as agarrar”.

Uma posição digna do Partido Pirata sueco.

Mas bastou a Sociedade Portuguesa de Autores considerar tais afirmações “lesivas” dos seus interesses, para o ministro, logo no dia a seguir, patrocinar a criação de um grupo de trabalho para defender os direitos dos autores e dos artistas portugueses, ameaçados pelos descarregamentos ilegais na Internet.

E Pinto Ribeiro aproveitou para clarificar as coisas: "[A Sociedade Portuguesa de Autores] julgou que eu tinha dito coisas que não disse. Eu depois disse-lhes o que disse e eles disseram 'Ah, mas se foi isso que disse, nós ficamos contentíssimos”.

Aqui ficam as declarações originais do ministro:


quinta-feira, 14 de maio de 2009

Portugueses

Segundo o Público de hoje, estes pândegos são médicos portugueses, a brincar aos piratas no decorrer de um congresso de ginecologia na Malásia.

E esta foto, que foi capa do DN no início de Abril, mostra-nos os bravos da fragata Corte Real, a caçar piratas algures ao largo da costa da Somália (descrição mais detalhada aqui).


Ou será que troquei as fotografias? Seja como for, são imagens inspiradoras.

De socialista freelance a socialista em full-time

Ainda a procissão da campanha das europeias vai no adro e já Vital Moreira, que se auto-definiu como um socialista freelance, teve tempo para dar palpites sobre Manuel Alegre e a vida interna do PS, de se pronunciar sobre a permanência de Lopes da Mota no Eurojust, de comentar a violência em Setúbal e de se auto-promover a “face visível” do PS. Para já não falar de toda a gestão corrente do burgo regularmente analisada e opinada no blog e no Público.

Imaginem quando lhe der para começar a militar também nas horas extraordinárias. Nessa altura será melhor António Vitorino arranjar outra coisa qualquer para fazer nas terças à noite, porque já há substituto para as notas soltas na RTP.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Eurodeputados faltosos e assíduos

Depois de muitos anos de cambalhotas, promessas adiadas e de várias organizações mais ou menos independentes o terem feito, o Parlamento Europeu decidiu finalmente colocar online a lista de presenças dos eurodeputados nas sessões plenárias. Está disponível aqui e basta clicar no nome do deputado e consultar a “lista de presenças”, quase no final da página.

É verdade que só tem as sessões plenárias de Estrasburgo (não conta com as sessões de Bruxelas, nem com as reuniões das comissões parlamentares) e que são dados brutos (não tem em conta faltas eventualmente justificadas por motivos de saúde ou de trabalho parlamentar). Mas é melhor do que nada. E, no caso português, dá-nos uma lista aberta e fechada por socialistas (a percentagem indica a taxa de presenças nas sessões entre Julho de 2004 e Março de 2009).

97% - Jamila Madeira e Manuel dos Santos (PS)
95% - Elisa ferreira, Edite Estrela, Capoulas Santos e Jardim Fernandes (PS)
93% - Pedro Guerreiro e Ilda Figueiredo (PCP); Armando França e Paulo Casaca (PS)
92% - Vasco Graça Moura e Carlos Coelho (PSD)
89% - Luís Queiró (CDS)
88% - Silva Peneda (PSD)
86% - MÉDIA
84% - Hasse Ferreira (PS)e Deus Pinheiro (PSD)
83% - Assunção Esteves (PSD)
80% - Sérgio Marques (PSD)
76% - Ana Gomes (PS)
74% - Miguel Portas (BE)
73% - Ribeiro e Castro – CDS
70% - Duarte Freitas (PSD) e Sérgio Sousa Pinto (PS)
65% - Francisco Assis (PS)

As eleições são tão doces...

Pela primeira vez, em quatro anos de presenças na Assembleia da República, José Sócrates pediu desculpa aos jornalistas para acabar a ronda de perguntas. Ao contrário do que lhe é habitual, não se retirou, disparado, com ar zangado. Além do pedido de desculpa, saiu-se com este desabafo:

"Já respondi a tanta pergunta que já estou um pouco cansado".

Pela primeira vez, em quatro anos de governação, José Sócrates confessou-se cansado. Comentário irónico de uma jornalista no Parlamento:

"Coitado, não dorme por causa dos números do desemprego"

Dores de cabeça para Setubal


Um homem habituado às grandes lutas Pedro Namora é o candidato do PPM (!!!) à Camara de Setubal! Terá o comunista (recém ex) sentido a Voz monarquica que clamava por ele ? Ou simplesmente se sentiu com vontade de chatear a ex-Patroa Dores Meira e agarrou o primeiro partido que lhe deu uma abébia?

A comer a papa

Um grupo de activistas lançou um blogue, o papamyzena, que vai servir de apoio ao PSD para as próximas eleições europeias. Não lhes falta imaginação, nem na ideia nem no próprio "layout" do blogue. Daí que facilmente se perceba que, apesar do apoio ao PSD, o blogue não tem a cara da actual direcção social-democrata. Nem a cara de quem a apoia e que já criou aqueles fúnebres cartazes que andam por essas ruas.
Aliás, a linha editorial do novo blogue explica logo ao que vem. Reparem neste naco de texto:

Que não cabe ao Estado apoiar certas empresas, em detrimento das demais; alguns cidadãos, com prejuízo da maioria. Um dia seremos forçados a agir, para que o Estado não se transforme no nosso mestre, mas cumpra a função de ser o nosso servo.

Hum.. temos aqui alguém que certamente não está de alma e coração ao lado de Manuela Ferreira Leite. Ou como diz a velha sabedoria popular, há aqui "gato escondido com o rabo de fora". Ou será antes pedro escondido com ideias de fora?

terça-feira, 12 de maio de 2009

Como votaram os eurodeputados


É porventura o instrumento mais completo e útil criado até agora para descortinar o labiríntico mundo das votações no Parlamento Europeu (que disponibiliza a informação, mas de uma forma que limita bastante uma análise sistemática).

Através do votewatch.eu é possível ficar a saber a posição de cada eurodeputado na hora de votar todos os relatórios e resoluções da legislatura; perceber se seguiu o voto do seu grupo político e a respectiva tendência nacional; perceber as convergências e divergências entre países e grupos políticos nos principais temas da política europeia; perceber se os eurodeputados participaram ou não nas votações.

O site foi criado por iniciativa de responsáveis do European Policy Center e contou com a participação de especialistas da Université Libre de Bruxelles e da London School of Economics. À primeira vista a consulta pode não parecer fácil, mas vale a pena o esforço.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Proposta "fast-food"

O CDS, através do líder parlamentar Diogo Feio, apresentou esta manhã uma proposta para que seja isentado o pagamento de IRS, durante dois anos, a licenciados que estejam no primeiro emprego. A ideia foi transmitida aos deputados do CDS, nas jornadas parlamentares a decorrer em Aveiro, por um empresário, às 11 horas. A proposta do CDS foi anunciada pouco depois do meio-dia.

Com exemplos destes...

"Não fiquem decepcionados, Portugal teve de esperar sete anos", terá dito Cavaco Silva a um grupo de jovens turcos, a respeito do tempo que o seu país tem estado à espera para aderir à União Europeia.

Ainda segundo o Público de hoje, as declarações do Presidente foram feitas antes de partir de visita para aquele país, levando na bagagem o “exemplo de paciência portuguesa para aderir à UE”.

Esperemos que, quando chegar ao destino, Cavaco seja mais comedido no uso desta fanfarronice paternalista, ou os anfitriões ainda terão que lhe recordar que o pedido de adesão da Turquia ao clube europeu foi feito em 1987 (há 20 anos) e que o país tem um Acordo de Associação assinado com a União desde 1963.

E que, apesar de estar a negociar formalmente a adesão, há países, como a Alemanha e a França, que não aceitam oferecer a Ancara mais do que uma “parceria privilegiada”, assim uma espécie de sala de espera da ‘casa europeia’.

Le PS, c'est moi!

Religiões

Durão Barroso acaba de realizar mais um dos habituais encontros com líderes das "três principais religiões monoteístas". Entre cristãos, judeus e muçulmanos, também lá estava Joaquin Almunia, o comissário europeu responsável pelos assuntos económicos e monetários, o "guardião" do Pacto de Estabilidade e Crescimento.

domingo, 10 de maio de 2009

O meu candidato é bom, mas o outro é muito melhor

José Sócrates apresentou hoje oficialmente o cabeça-de-lista do PS à Câmara de Oeiras: Marcos Perestrello. O secretário-geral do PS, à falta de outros argumentos, lá foi dizendo que o seu candidato é um "jovem com futuro e ambicioso". O problema foi quando explicou as razões para o PS ter um candidato: a avaliar pelas declarações dele, não há:

"O novo desafio de Oeiras é sem dúvida esse: o de continuar o caminho de excelência e de qualidade, de aposta no ambiente urbano... "

E, ainda não satisfeito, Sócrates repetiu a ideia:

"Vamos continuar o caminho da qualificação e da excelência, mas vamos dar a Oeiras também um novo fôlego"

Talvez por isso, escrevi que Marcos Perestrello é cabeça-de-lista e não candidato à presidência da câmara.

Só faltam os eleitores

Marcos Perestrelo, vereador na Câmara de Lisboa, está a apresentar, esta tarde, a sua candidatura à Câmara de Oeiras. Não lhe faltam apoios: já chegaram dirigentes do PS de todo o país, até membros do Governo. Como comentou um dos dirigentes, num dos corredores do hotel, "só falta gente de Oeiras".

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Euro nuances 2

Ainda a propósito do apoio que o PS deve dar ou não à recandidatura de Durão Barroso à Comissão Europeia, tema que ainda deve surgir várias vezes ao longo da campanha para as europeias. Ou de como esta coisa de conservadores e socialistas pouco ou nada conta nestas ocasiões.

Em 2004 o “candidato do consenso” à sucessão de Romano Prodi era o conservador luxemburguês Jean-Claude Juncker que apenas não entusiasmava os britânicos, que o consideravam demasiado federalista, e que se auto-excluiu da corrida pois acabava de ser reeleito como primeiro-ministro do seu país. Surgiram assim os seguintes candidatos:

-o liberal belga Guy Verhofstadt, apoiado pelo social-democrata alemão Gerhard Schroeder, pelo conservador francês Jacques Chirac e pelo conservador luxemburguês Jean-Claude Juncker;

-o conservador britânico Chris Patten, apoiado pelo trabalhista britânico Tony Blair e pela generalidade dos conservadores europeus (à excepção de Juncker e de Barroso);

-o socialista António Vitorino, apoiado pelo “social-democrata”/conservador (em termos europeus) português Durão Barroso (com que empenho, isso é outra história).

As duas primeiras candidaturas auto-anularam-se. Vitorino, além do apoio de Portugal, não obteve um único apoio suplementar, nem mesmo de Espanha, então já governada pelos socialistas de Zapatero.

O coelho a saltar da cartola, depois de Juncker voltar a dizer ‘não’, acabou por ser o próprio Barroso (conservador), com o apoio entusiástico de Blair (trabalhista) e do PPE (conservador) e a aceitação mais ou menos resignada dos demais.

Quer isto dizer que Barroso é o melhor candidato, ou que fez um bom trabalho e merece lá continuar, ou que tem a recondução garantida, ou que os socialistas europeus não devem ter um candidato próprio? Não. Só para explicar que alguns argumentos avançados para contestar o apoio de Sócrates a Durão não fazem muito sentido. E, já agora, para lembrar que Durão só assumiu funções depois de empossado pelo Parlamento Europeu e com o apoio de muitos eurodeputados socialistas.

Euro nuances

A patética “Cimeira do Emprego” que ontem decorreu em Praga mostra bem como, saindo do pequeno rectângulo, são estéreis as discussões que surgiram nos últimos tempos entre os socialistas portugueses sobre se devem apoiar Barroso para um segundo mandato em Bruxelas ou se os socialistas europeus devem ter um candidato próprio.

Os líderes dos 27 desmultiplicaram-se em Cimeiras e Conselhos extraordinários para coordenar à resposta à crise financeira e económica, para mobilizar milhões e tranquilizar mercados, instituições financeiras, empresas, etc. Chegaram a encontrar-se quase em semanas seguidas e ai de quem faltasse!

No meio dessa incontinência de desorientação e pânico disfarçados de determinação alguém se lembrou que seria boa ideia realizar uma iniciativa semelhante para responder às consequências sociais da crise, numa altura em que o desemprego já ultrapassou os 20 milhões e não dá sinais de abrandar.

A sugestão partiu do governo checo, ultraliberal, e foi defendida desde o início por Durão Barroso. Chegou a ter data marcada – o dia 7 de Maio. Mas em Março, os líderes dos 27, entre os quais todos os governos socialistas da União (Sócrates também lá estava, naturalmente), decidiram esvaziar a iniciativa com o argumento de que não valia a pena criar falsas esperanças entre os cidadãos. Em vez de uma “Cimeira do Emprego”, com todos os chefes de estado e de governo, passou a ser uma “mini-Cimeira”, que se limitou a um breve encontro entre a actual presidência checa e os governos das próximas duas – Suécia e Espanha.

O governo sueco, liberal, fez-se representar pelo seu primeiro-ministro. O socialista Zapatero nem meteu lá os pés, delegou no ministro dos negócios estrangeiros. Barroso também lá esteve a compor a mesa para a fotografia, todos juntos a tentar disfarçar a inevitável falta de resultados.

Alguém duvida que não teria sido muito diferente com um presidente da Comissão “socialista” e um governo português de “centro-direita”?

quinta-feira, 7 de maio de 2009

E se Saramago teve uma fraqueza...

Se se confirmar, vai ser uma autêntica "bomba" no mundo literário. José Saramago poderá ter plagiado. A história está contada no blogue da revista Sábado, pela pena de Luís Rainha, que se tornou um verdadeiro caçador de plágios. A acompanhar os próximos episódios.

Um homem, o Presidente


São 100 retratos dos primeiros 100 dias de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos. Naturalmente em "embeded" e é um notável trabalho da revista Time que pode ser visto aqui. É também um exemplo de como o "marketing" de Obama continua a trabalhar a todo o vapor. Mas vale uma visita à galeria que mostra um Obama presidente, mas tão normal como qualquer outro homem, com as suas grandezas e com os seus defeitos, a sua energia e o seu cansaço como se demonstra com esta foto, tirada durante uma reunião na sala oval.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Era uma vez um relatório...

O Parlamento Europeu decidiu hoje reenviar para a comissão parlamentar da especialidade o relatório de Edite Estrela, sobre o alargamento da licença de maternidade.

Tal desenlace representa um recuo importante, até porque tratando-se da última sessão da legislatura o assunto só deve voltar a ser discutido sabe-se lá quando.

Mas não deixa de levantar uma questão: como é possível que Edite Estrela (que ainda hoje de manhã garantia aos jornalistas em Estrasburgo que tinha os apoios necessários da direita e dos liberais para aprovar o relatório) não se tenha apercebido de que não tinha condições para fazer aprovar o relatório?

Ou negociou com o PPE e os liberais e estes lhe tiraram o tapete no último momento (o que não é de excluir), ou entusiasmou-se tanto com a possibilidade de acabar o mandato em beleza que não acautelou os compromissos e negociações necessárias à viabilização do relatório e decidiu forçar o voto, comprometendo o resultado (cenário que também não se pode afastar). A expressividade da votação dá força a esta segunda possibilidade: 347 votos a favor do reenvio à comissão, 256 contra e 10 abstenções.

No preciso momento em que se ia proceder à votação, a conservadora luxemburguesa Astrid Lulling defendeu o adiamento da votação em plenário: "Há 89 alterações. Será completamente caótico e o voto que vamos fazer não nos vai permitir uma discussão objectiva com o Conselho e a Comissão. Há 89 alterações totalmente contraditórias [da comissão parlamentar e apresentadas por vários grupos políticos]. Proponho que o relatório seja reenviado para a comissão parlamentar".

Ao que Edite Estrela contestou: "Não faz sentido remeter para a Comissão de novo este relatório, esta proposta, porque foi debatida com todos os grupos. Tem um apoio que eu presumo que seja maioritário nesta Câmara. Foi debatida com a Comissão, foi debatida com o Conselho. Naturalmente, há posições diferentes. (…) Peço à Câmara que vote as propostas, que apoie o meu relatório, porque dará razões acrescidas aos cidadãos para irem votar nas eleições europeias".

Presumiu mal.

A terra prometida de Ana Sofia Fonseca


É um retrato fiel - quase fidelíssimo - da vida dos portugueses em Angola aquele que a jornalista Ana Sofia Fonseca publica com a chancela da editora Esfera dos Livros. É notável o trabalho de recolha e construção que a jornalista se dedicou para conseguir situar o leitor por terras de Angola. Pelas memórias e olhos de quem lá viveu, Ana Sofia Fonseca descreve as paisagens, os lugares, as ruas, as roupas, detalhes de expressões e de linguagem, pormenores de encontros, num documentário escrito. Mas nem sequer faltam algumas imagens, de fotos cedidas pelos entrevistados.

É o retrato fiel que só não chega a ser fidelíssimo, porque Ana Sofia Fonseca optou por retratar Angola que deve provocar muitas nostalgias aos...brancos. É uma opção tão válida como qualquer outra.

Por isso, ficou de fora a outra Angola feita por esses mesmos que aceitaram recuperar memórias para o livro. Angola dos pretos contratados, pagos miseravelmente e com porrada; dos pretos que só tinham direito a sentar-se nas últimas filas dos autocarros e dos bancos das escolas (quando iam); dos pretos que só entravam em locais para os limpar; dos escravos nas roças de café e de algodão e nas minas; das pretas que tratavam dos meninos brancos e a serem pagas com géneros; das pretas assediadas por brancos, algumas violadas; dos pretos que eram atirados para os campos de concentração do Namibe; e tantos, tantos outros.

Mas, apesar disso, "Angola-terra prometida" merece mesmo ser lido. A consulta de fontes foi, certamente, um trabalho de fôlego. E o livro está muito bem escrito e, nos tempos que correm, isso é um luxo.

A sorte de Soares


Quando se candidatou ao Parlamento Europeu, em 1999, Mário Soares não fez a coisa por menos: mais do que candidato a um mero lugar entre 600 e tal deputados, arvorou-se em candidato à presidência do PE.

O desenlace é conhecido: não só foi derrotado, como privou os socialistas europeus da presidência da instituição durante toda a legislatura e ainda teve tempo para chamar “dona de casa” a Nicole Fontaine, a francesa que lhe ficou com o lugar.

Na altura, Soares teve um consolo tão amargo quanto irónico: na qualidade de decano dos deputados eleitos, caber-lhe-ia a honra de efectuar a locução de abertura da sessão legislativa. Papel de que, no entanto, abdicou por também ser candidato à presidência do PE, mas o facto ficou devidamente perpetuado numa edição especial de filatelia da já longa colecção de selos e envelopes editada pelo PE para assinalar algumas ocasiões.

Acontece que, se fosse hoje, nem esse magro consolo Soares teria, pois o PE acaba de alterar esta regra. Perante a perspectiva de o líder da extrema-direita francesa, Jean-Marie Le Pen, voltar a ser eleito nas próximas eleições e, do alto dos seus quase 81 anos, ser muito provavelmente o decano da nova legislatura, o PE acaba de modificar o seu regulamento, para impedir que a abertura da legislatura 2009-2014 coubesse a Le Pen.

Agora, a dita honra caberá não ao decano, mas ao ex-presidente do PE, caso seja reeleito. Caso não seja reeleito, a palavra será dada a um dos anteriores 14 vice-presidentes. Caso sejam reeleitos. Caso contrário… altera-se novamente o regulamento, que é para isso que parece que ele serve.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Estados de espírito

Decorre esta semana em Estrasburgo a última sessão plenária do Parlamento Europeu. Conta quem lá está a observar de perto os eurodeputados portugueses que estes estão divididos em três categorias: os eufóricos (que já sabem que têm mais cinco anos garantidos), os deprimidos (que já sabem que têm garantido o regresso a casa) e os nervosos (que estão na corda-bamba da respectiva lista, principalmente do PS).

Para perceber quem é quem, basta olhar para a composição das diferentes listas.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Um vital pedido de ajuda

Alguém, entre os leitores do "correio preto", poderá dar uma singela ajuda? Este blogue procura declarações de Vital Moreira a condenar, com veemência, o estalo dado a Mário Soares numa célebre visita a Marinha Grande, em Janeiro de 1986. Ou declarações do mesmo Vital Moreira a exigir um pedido de desculpas à direcção do PCP, cujo partido ele fazia parte e exibia um cartão de militante, por tão ignóbil acto. Ou ele próprio a fazer um acto de contrição perante Mário Soares. Ou qualquer palavrinha, de 1986, que demonstre a sua absoluta rejeição pelo acto. Ou a entrega imediata de cartão de militante, como forma de mostrar o desacordo pelo estalo. Ou, vá lá, qualquer coisinha...

Nem leitores nem os livros mereciam uma feira assim

A maioria dos stands não tem o serviço de multibanco a funcionar. Não há uma caixa de multibanco em todo o recinto da feira. O horário foi desenhado para desempregados ou estudantes sem aulas: 12.30 às 20.30 (nas colunas da feira, ouve-se "oito e meia da noite")! Os livros são caros, até aqueles que qualquer mini-biblioteca caseira ostenta há anos, como os "clássicos" John Steinbeck, Jorge Amado, William Faulkner, Leon Tolstoi, etc. que têm preços como se tivessem sido escritos ontem. Há um peso excessivo da chamada literatura "light". Até Cavaco Silva desapareceu da feira, porque a editora, "Temas e Realidades", entendeu não colocar a sua autobiografia política no stand (é caso para dizer que Presidente só visita as feiras em época de campanha eleitoral).
Está assim a Feira do Livro, em Lisboa. Passar por lá é um mero exercício de desperdício de tempo.