sexta-feira, 15 de maio de 2009

Afinal as notas de banco encontradas na rua são para devolver…

Na passada terça-feira, ao mesmo tempo que a Assembleia Nacional francesa votava a lei HADOPI (que permite bloquear o acesso à internet a quem efectue downloads ilegais), o ministro da cultura criticava semelhante abordagem, sem papas na língua. Porque tem contornos “censórios” e porque há a percepção generalizada de que “se existe na net é para poder ser fruído por quem tiver acesso à net”, pois as pessoas sentem que “se alguém pôs (música ou filmes na net), eles limitam-se a usar aquilo que está disponível, como quem encontra notas de banco no chão, apanham e é de quem as agarrar”.

Uma posição digna do Partido Pirata sueco.

Mas bastou a Sociedade Portuguesa de Autores considerar tais afirmações “lesivas” dos seus interesses, para o ministro, logo no dia a seguir, patrocinar a criação de um grupo de trabalho para defender os direitos dos autores e dos artistas portugueses, ameaçados pelos descarregamentos ilegais na Internet.

E Pinto Ribeiro aproveitou para clarificar as coisas: "[A Sociedade Portuguesa de Autores] julgou que eu tinha dito coisas que não disse. Eu depois disse-lhes o que disse e eles disseram 'Ah, mas se foi isso que disse, nós ficamos contentíssimos”.

Aqui ficam as declarações originais do ministro:


1 comentário:

Tupac disse...

é um grande cromo, este ministro!... Onde é que o desencantaram?...