quarta-feira, 17 de junho de 2009

Da abstenção nas europeias e outros demónios

Não faço ideia porque é que os europeus não votam nas europeias. Provavelmente deve haver tantas explicações quantos países e, dentro de cada um deles, uma panóplia de teorias e razões.

Mas a coboiada em que se está a tornar o processo de escolha do futuro presidente da Comissão Europeia mostra bem como o “Planeta Bruxelas” (com os seus eurodeputados, governos, comissões europeias e jornalistas) está longe da Terra.

Até agora só há um candidato à sucessão de Barroso: o próprio Durão. E a grande questão que consome o debate político europeu é saber se os líderes, no Conselho Europeu desta quinta e sexta-feira, lhe vão dar o seu apoio “jurídico” ou apenas “político” a um segundo mandato. Se o apoio for “apenas” político, terão que, numa ocasião posterior, tomar a tal decisão “jurídica”. Ninguém sabe muito bem como, nem quando isso poderá acontecer. Nem exactamente porquê.

Os argumentos para fazer uma coisa ou a outra são bastante variados. Alguns fazem sentido, outros nem por isso. Mas nada é muito claro. E parece que tudo acontece numa galáxia muito, muito longínqua daquela que no passado dia 7 de Junho ignorou completamente as eleições para o Parlamento Europeu.

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