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Não é em qualquer parte do mundo que um tipo chega (atrasado, muito atrasado) ao sítio onde o chefe do governo do país acaba de dar uma conferência de imprensa, pergunta se ainda dá para falar com o senhor e, depois de explicar de onde e ao que vem, espera uns minutos e tem o dito cujo à disposição.
Seja porque em toda a Islândia há apenas 300 mil almas e todas as oportunidades são poucas para conhecer uma cara nova, ou porque toda a gente se trata por 'tu' e é hábito marcar reuniões de trabalho nas saunas, a verdade é que a informalidade não os tornou mais pobrezinhos (até estão "mais pobrezinhos", mas por outras razões às quais voltaremos).
Ninguém me encomendou o frete, mas é daqueles pormenores irresistíveis. Será que me fazem cidadão honorário?
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