quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A agência pela "lupa" dos deputados

O director da Agência Lusa, Luís Miguel Viana, está a ser "apertado" pela oposição, numa comissão parlamentar, por causa da forma como a agência noticiosa - a única portuguesa - conta como andam as glórias do Mundo. Os deputados do PSD estiveram todos presentes, mas três deles passaram o tempo na conversa, a rir e a mascar pastilhas elásticas; os deputados do PS mantiveram-se calados quase todo o tempo e só interromperam o silêncio para "salvar" o director da agência. O deputado do PSD, Luìs Campos Ferreira, ameaça ir "fazer uma sesta" quando chegar a hora dos socialistas intervirem e ofereceu um dicionário à comissão onde estão definidas as palavras "estagnação" e "expansão".
Luís Miguel Viana não responde ao facto do computador "magalhães" ser o campeão das notícias da Lusa em 2008, mas reconhece ter falhado sobre os Açores e sobre a estagnação da economia. No entanto, o director da agência garante que nunca proibiu o uso da palavra "estagnação". E nega ter tido tratamento diferente nas entrevistas de José Sócrates e de Cavaco Silva.
Ah para que se saiba o que está em questão:
O computador Magalhães teve mais notícias do que os professores e o seu conflito com o Ministério da Educação.
A Lusa preferiu substituir a palavra "estagnação" económica por "expansão" perante um crescimento de 0,1 por cento.
Dois antes das eleições nos Açores, a Lusa descobriu que o desemprego tinha sido reduzido nas ilhas e pediu um comentário ao membro do Governo de Carlos César.
A entrevista de José Sócrates, à TSF e ao DN, teve um tratamento completamente diferente na agência do que a entrevista de Cavaco Silva, ao jornal Público".