O Governo está a anunciar um pacote de medidas para enfrentar a crise, obedecendo às recomendações do plano de Durão Barroso. A RTP, no seu jornal da tarde, resolveu anunciar a conferência de imprensa do Conselho de Ministros com esta frase:
"O Governo vai anunciar um definitivo plano de medidas para enfrentar a crise".
O tom usado pelo jornalista de serviço fez-me acreditar que Portugal tinha chegado a Marte.
Mas não resisti em assistir aos primeiros pontos do dito plano.
O plano - "definitivo" - começou por José Sócrates anunciar a requalificação em mais de 100 escolas. Ora, que me lembro, pelo menos há mais de um ano que conheço este plano, divulgado pelo próprio Sócrates quando inaugurou uma escola em Torres Vedras.
A seguir passou para o Emprego com a promessa de ser "a prioridade das prioridades". Bem, desde a campanha eleitoral, de 2005, que não se ouve outra coisa da boca do primeiro-ministro, com a tal promessa de criar 150 mil novos postos de trabalho.
E para dourar o plano, lá surgiu a garantia de fazer um fortíssimo investimento em barragens. Eu, pelo menos, já cobri duas apresentações de projectos de barragens e ouvi, com a ajuda do belíssimo power-point, em tendas com luzes azuis ou viradas para o rio e com um "catering" de luxo, a exibição de um conjunto de planos de novas barragens a serem construídas até 2015.
A terminar, seguiram-se as promessas de apoio à exportação e às PMEs. Se escrevesse aqui as agendas do primeiro-ministro e de Manuel Pinho em que fizeram as mesmas promessas, só este ano, precisaria de um blogue à parte.
sábado, 13 de dezembro de 2008
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