Recentemente, uma revista de turismo - dessas que se publica quando a publicidade quer - quis contratar um jornalista estagiário. Responderam ao anúncio 852 candidatos.
As universidades - na sua esmagadora maioria sem aulas práticas, sem meios e sem condições para ensinar jornalismo - continuam a "despejar" para o mercado de trabalho a média, por ano, de 1500 licenciados em comunicação social e outros cursos adjacentes. E ninguém trava o enorme embuste: forma-se gente para o desemprego, para as lojas das zaras e para os "call-centers". E as universidades, mesmo sabendo que colaboram no engano, continuam a seduzir com paraísos na terra, buscando apenas o lucro das propinas. Falta-lhes moral para, pelo menos, dar alternativas aos jovens iludidos. E ao Governo falta coragem para pôr travões nisto, impôr regras e sobretudo acabar com cursos mentirosos.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
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2 comentários:
Não lhes falta a coragem.
A existência de um batalhão de reserva de desempregados, também na profissão de jornalista, cumpre as mesmas funções que nas restantes profissões.
E, como bem sublinhas, ainda se ganha uns cobres com o negócio das universidades.
MG
como até acho que os cursos de comunicação social não fazem falta absolutamente nenhuma. isso que eles estudam era bem suprido por uns estudiosos da sociologia.
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