Paulo Portas discursou, esta noite, para 300 fiéis militantes, durante uma hora e 15 minutos, no antigo Cinema Roma, em Lisboa, que é sobretudo usado pelo PCP para os seus comícios mais modestos. Para naõ adormecer a plateia, Portas usou a técnica de elevar a voz como se implorasse por aplausos. Mas cansou e cansou-se. De tal forma, que, uma hora depois do início da homília, descobriu que estava "hoje, 20 de Maio" e fez uma revelação:
"Este partido sobrevive sem o Estado há 34 anos".
Ou seja, o CDS não recebe subvenções estatais e nem sequer tem militantes ou apoiantes - os "meus amigos e minhas amigas", repetidas dezenas de vezes por Portas - a gerir empresas que vivem de subsídios do Estado e de fundos europeus. E daí que o próprio CDS e os candidatos do CDS não recebam, desses militantes e amigos, ajudas para as campanhas eleitorais.
Curiosa é a forma como Paulo Portas, suavemente, matou o PP - o tal Partido Popular que ele próprio inventou quando o CDS era liderado pela sua marioneta. Agora, nos discursos, só entra "CDS". E mais: desapareceram os democratas-cristãos ou centristas, os "amigos e amigas" estão reduzidos apenas a "nós, os cêdê-ésses".
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
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