Nos corredores do Hospital Santa Maria, em Lisboa, umas senhoras vendem umas agendas, a cinco euros cada, que servem para a ajudar uma organização que apoia crianças doentes. Apesar do esforço, as vendas nem correm bem. As senhoras lamentam ouvir, quase sempre, a mesma resposta:
"Querer ajudar, até queria, mas não posso. O dinheiro não chega para tudo".
Talvez seja por isso que, nas conversas das salas de espera, não entram os marcelos rebelos de sousa, as manuelas, os friportes, os bêpêenes, os casamentos, os ofechores, os santos silvas, e tantas, tantas coisas que nos animam. A nós, os que enchemos o mundo virtual.
Ali, a palavra "crise" também não é mencionada, mas é certamente sentida.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
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