sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Soares, o pregador

Mário Soares foi até Foz do Arelho, a convite do INATEL, recordar como a República tem vivido com a Igreja Católica. E não resistiu entrar na política pura e dura com um alvo apontado:

"O casamento de homossexuais é uma questão chamada de civilização. São problemas muito complicados. Mas não são esses problemas fundamentais que nós temos neste momento. Claro que há certos radicais que querem ir por aí para mostrarem que são de esquerda e etc. Têm o direito de o fazer(..)
Mas eu estaria mais inclinado, ou se estivesse na minha mão faria mais, agiria com mais prudência e interessava-me sobretudo por acabar com as desigualdades sociais, por dar mais valor ao trabalho, mais prestígio aos trabalhadores e aos sindicatos e mais respeito aos sindicatos do que justamente envolver-me nessas questões".

Eis mais uma lição de Mário Soares, com destinatários certos, entre eles, José Sócrates, mas sem nunca os nomear. O mesmo Mário Soares que foi, como todos sabem, aquele extraordinário primeiro-ministro sempre preocupado com os trabalhadores, com os sindicatos e com as desigualdades sociais. Talvez seja por isso que introduziu o "lay-off" e os recibos verdes. Para dar mais valor ao trabalho.

4 comentários:

Anónimo disse...

já diz o ditado:

faz o que eu digo, não o que eu faço...

mg

Luis Melo disse...

Olhem que o que Soares disse é uma novidade... Ninhuém tinha pensado nisso...

Alguns, vá-se lá saber porquê (ou não) continuam a gostar muito de ouvir Soares a dizer barbaridades ou coisas óbvias.

Anónimo disse...

lay off não, continua proíbido pela constituição

Emídio Fernando disse...

Nem de propósito: estou a ouvir uma notícia na RTP sobre a aplicação da "lay off" numa empresa da Guarda, a Sodecia.