quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Nem que ela se vista de diamantes

O Governo recuou, mais uma vez, na avaliação dos professores. Mantém-na, mas a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, cedeu ao que os sindicatos pretendiam, especialmente, em relação à burocracia e à sobrecarga de trabalhos. De imediato, na TSF, ouço dirigentes sindicais a garantir que tudo vai ficar na mesma e a prometer mais protestos.
Já o tinha dito e repito: eles simplesmente não querem ser avaliados. Não há cedências para determinados luxos!

9 comentários:

Reinaldo Rodrigues disse...

Se estiverem a ver a entrevista na RTP percebem que os diamantes afinal são vidro!

Anónimo disse...

Gostava de lhe perguntar se por acaso já teve a oportunidade de ver uma ficha de avaliação de alguma escola.espero que a sua opinião não seja baseada em preconceitos medíocres e como tal uma opinião irresponsável.
O que está em causa, mais do que a avaliação é o modelo de escola implícito neste processo. Na verdade o que se pretende é uma escola pública que sirva o a maioria, sem grandes critérios de qualidade de um nível baixinho que permite o sucesso fácil. A escola de qualidade será a privada, e essa paga quem pode! este modelo pode encontrar nos EUA, no Brasil entre outros!
Já agora, Por acaso você é avaliado?

Anónimo disse...

Você não sabe ler, nem ouvir!A ministra faz de conta que vai ao encontro das críticas sem mudar nada de essencial, guardando no armário o modelo original para o aplicar na primeira oportunidade. É uma encenação para papalvos engolirem, com resultados,como se vê pelo seu "post"! Você poderia era estranhar que nas últimas semanas a ministra tenha repetido inúmeras vezes que a avaliação estava a correr com normalidade e agora, zás! Que raio de jornalista é você? Também poderia investigar (isto de o mandar investigar é uma piada minha!)nas papeladas dos sindicatos para ler, mesmo que não consiga compreender, o modelo de avaliação que propõem!Uma trabalheira, obviamente! Bom é mandar umas bocas demagógicas e mandrionas!Se fosse avaliado como jornalista, companhia não lhe falta na malta no activo, iria para a rua por manifesta incompetência!!! A sua sorte é que os jornalistas do seu jaez são sempre mimados! Fazem uma critica aqui outra acolá,às vezes umas piadolas com alguma graça,bisbilhotices para entreter a malta, mas no essencial estão sempre de calças na mão frente ao poder!

Anónimo disse...

Emidio

Ter convicções é uma qualidade. Ser teimoso que nem uma Mula nem tanto.

Só tu, o Sócrates e a Sinistra é que ainda tentam vender esse produto de que os professores não querem ser avaliados.

E faz-te entrar em argumentações reaccionárias, opinião que desde já sublinho não ter de ti.

Mas não vou gastar muito mais latim. Já percebi que não vale a pena. Fica o comentário para ajudar a dinamizar o blog.

MG

Emídio Fernando disse...

Como é óbvio, não vou discutir o meu currículo com ninguém, muito menos com essa Marca Amarela, até porque ela poderia ficar impressionada em demasia e não quero. Mas à Marca Amarela e ao resmungão do MG, deixo apenas um desafio: lembrem-se quantos professores bons tiveram até ao 12 ano. Das centenas que vos passaram pela frente! E logo percebem as razões para tanta guerra com a avaliação. Os bons irão ter exactamente o mesmo futuro do que os maus.
Dei aulas a alunos do 3º ano do ensino superior, candidatos a jornalistas. Pois nem português sabiam escrever depois de terem passado 15 anos em escolas!

Anónimo disse...

Emidio

Comigo o argumento do exemplo pessoal não colhe - o que por si vale tão pouco como se colhesse.

É que não tenho razões de queixas. Em 13 anos de Ensino Público Secundário foram não só muito mais os bons professores que os maus, como recordo excelentes professores e só umas duas ou três desgraças. E apesar disso não esqueço que se não dou (muitos) erros de português é mais pelo que li e escrevi que pelas "reguadas" que apanhei. E deveria ser mais essa a questão, e não pensarmos que o problema está nos professores.

Mas mesmo que não fosse esse o cenário, eles serem ou não serem avaliados não vejo o que mudaria. Até porque "ser avaliado" para este modelo que defendes significa retirar ao estudo e à atenção para com os alunos o tempo que passa a ser dedicado à burocracia e ao controlo dos colegas.

Termino com mais um exemplo do mundo real que te esforças por não ver. Na SPdH (grupo TAP) a administração está a despedir trabalhadores precários que com um novo contrato ficariam efectivos. Devido à pressão das ORT's foram forçados a recuar e agora só sentem condições para despedir cerca de metade. Sabes os critérios de selecção para engrossar as fileiras dos "privilegiados com subsidio de desemprego"? Assiduidade? Pontualidade? Não. A avaliação. Cuja subjectividade permitiu despedir com critérios políticos e pessoais, chegando-se ao ponto de usar essa subjectividade para castigar a mulher do trabalhador que deu a cara pela denúncia da situação (que por ser efectivo não pode ser despedido... ainda!).

O Resmungão MG

Anónimo disse...

Currículo Emídio? currículo? Ah! ah! ah! Currículo só me impressionaria se impresso em papel que tivesse alguma utilidade. Aproveitaria para citar uma resposta dada pelo João César Monteiro a um gajo que também se abanava com o currículo( não conhece o que o João César escreveu?) Deve ser uma moda, o Santos Silva também deu ao rabo com o currículo! Uma parvoidade ( para v. entender parvoice pequena, à sua escala)que não impressiona ninguém. A gravidade é v. não perceber o ridiculo de se esconder atrás do biombo do currículo para insistir em dizer tonterias. Azar o seu, tive bons, óptimos professores no liceu. Gente de altíssimo gabarito intelectual que se eximia à exibição de currículos. Um luxo raro que na universidade não se repetiu, havia por lá muitos Emídios a dar aulas! V. continua a não perceber que esta avaliação nada tem a ver com o ensino, a qualidade do ensino e tudo com o controle administrativo das carreiras. O seu único objectivo é a poupança dos maravedis e obter êxito estatístico no ensino, o que já foi ensaiado com a prova de matemática. Se pensava que v. ainda não tinha percebido isto porque olhava superficialmente, e com alguns preconceitos, para o assunto agora a minha convicção é outra! Como cantava o Brassens " Le temps ne fait rien à l'affaire/Quand on est con, on est con "

Emídio Fernando disse...

Oh.. amiga Marca, quem puxou pelo aspecto pessoal e do currículo foi a senhora. Ou aprendeu tanto na escola com os seus extraordinários professores que ficou com a memória queimada? Mas pode lentamente recuar até à sua mensagem e relê-la. Ou escreve sem pensar? Pode acontecer, sabe, mas isso é assunto para outra área.Talvez por isso tenha citado o César Monteiro.
Como diz o MG - e bem! - não se trata de usar o argumento pessoal. A mim, o que me impressiona na questão dos professores é a agenda deles. So isso. Estou convencido que não querem ser avaliados para terminarem sempre, tranquilos, no topo da carreira. Caso único, como se sabe. E depois é a própria agenda política. Irrita-me essa recusa imediata em conversar com a ministra, sem querer saber a proposta do Governo. Os sindicatos começaram por falar na excessiva burocracia, o Governo recua e logo a seguir vem a exigência da suspensão imediata. E mais greves. Vá lá, que têm variado: já não são à sexta-feira. E ainda não percebi do que têm medo. Quem é bom, quem tem qualidade não receia que seja avaliado. Para mim, essa questão é fundamental.
Como o MG sabe muito bem, ser despedido é uma arte de muita gente em que só variam os pincéis. Se não fosse pela avaliação, encontrariam outro pretexto.

Anónimo disse...

Escrevi e pensei tudo o que escrevi, obviamente. O que v. vai acrescentando mais confirma tudo o que escrevi! Pior, se v. está convencido que pensa fundamente tudo o que escreve só posso concluir que a espessura será da ordem dos microns. Pessoalizo? V. não pessoaliza mesmo que a pessoalização se refira a muita gente? Deixe-se de sofismas filistinos! Não o deixo de fora da opinião que expõe. V. poder-se-ia queixar se me focasse só em si sem considerar a sua argumentação. Se me limitasse a disparar sobre o pianista!Não é manifestamente o caso.
Para acabar de vez com esta conversa: v. não percebeu patavina do processo de avaliação que o Ministério quer implementar! Não consegue ultrapassar nem a superfície do que é proposto, nem os seus preconceitos! Prende-se, e mal, a pormenores que nada têm a ver com a questão de fundo. Infelizmente o mal não é só seu, é extensível ao péssimo jornalismo que se faz por cá, confrangedoramente medíocre e arrogante como só os medíocres conseguem ser! Só isso explica que não apareça um único jornalista que questione a ministra sobre a enorme farsa que são as aulas de substituição, que não consigam questionar seriamente o que foram aqueles exames de matemática para obter artificialmente resultados estatísticos, que ninguém a confronte com esse constante remendar do processo de avaliação mantendo-o intacto e ameaçadoramente no horizonte.É patético ler o que v. e muitos colegas seus escrevem. A ministra agarra o processo de avaliação, tira uma verruga, apara as sobrancelhas, faz mesmo uma operação ao apêndice. Que é que mudou de fundamental no monstro? Nada! Entretanto põe em marcha sibilinos processos intimidatórios contra os professores e mesmo contra os Conselhos Directivos. Perante isto v. e seus comparsas ficam mudos e quedos, concluem que os professores e os sindicatos se recusam-se a ouvir a "nova" proposta do governo? e patati, patátá acabam sempre no mesmo sítio:que os professores não querem ser avaliados, ponto final. Pudera do modo como v. coloca a questão nunca perceberá porque é que os professores recusam esta ( repito e sublinho esta!) avaliação e não são alterações de pormenor que os fazem mudar de opinião( já me ando a repetir, isto das emidices será contagioso?). Começo a firmar a opinião que V. não entende não é porque não quer entender, é porque não consegue! Contra isso não há nada a fazer. Aqui o deixo embrulhado no papel de estanho ( estanho? uma benesse que lhe ofereço)do seu paleio! Vou ouvir novamente o Brassens. Pode dar as cambalhotas que quiser que não vou perder mais tempo consigo. Avance, deixo-lhe o terreno livre!