O país do Plano Tecnológico, das promessas de melhor banda larga, que anda a oferecer computadores nas escolas, tem, na residência oficial do primeiro-ministro - casa de trabalho portanto -, uma sala para os jornalistas trabalharem. A sala tem um único computador, do tempo de antes da invenção da roda e, não é por acaso, nem funciona. Os telefones estão normalmente avariados, com uma regularidade notável.
Quem já esteve em qualquer casa oficial de um chefe do Governo, em qualquer país dito de economia emergente, fica com a sensação de ter recuado, em São Bento, pelo menos, uns 20 anos.
Mas São Bento não é caso único. As condições na Presidência do Conselho de Ministros são mais parecidas com uma junta de freguesia do fim do mundo; na Assembleia da República, as impressoras não funcionam, os poucos computadores existentes teimam em funcionar ao ritmo de um motor a carvão; nas sedes dos partidos políticos, quando um telefone funciona é motivo de alegria; e dispenso-me de fazer referências aos ministérios.
O Plano Tecnológico ainda não chegou ao funcionamento da política. Parou na propaganda.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
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