domingo, 27 de setembro de 2009

A realidade vista por óculos cor-de-rosa

A sede do PCP, em Lisboa, ainda se chama Centro de Trabalho Vitória.

8 comentários:

um homem na aldeia disse...

Chama-se e continuará a chamar-se! até porque há mais um deputado!
O próximo governo já cheira a queijo!!!!

Emídio Fernando disse...

Homem na aldeia, respondo-te a este e a outro comentário. Sim, o PCP teve uma vitória: é o 5º partido. Sim, o PCP tem uma vitória: perde a vice-presidência na AR. Sim, o PCP teve uma vitória: o Bloco cresceu para o dobro. Sim, o PCP teve uma vitória: se somar os seus deputados com o PS nem dá para ter uma maioria, ou seja, é irrelevante. As vitórias do PCP fazem-me recordar umas vitórias da UNITA em Angola: ganhavam sempre até quase ao desaparecimento.

um homem na aldeia disse...

O PCP subiu em número de votos e percentagem. Infelizmente para o PCP a maioria dos mais de meio milhão de votos que fugiram do PS foram para o BE e para o CDS, ou seja esses dois partidos capitalizaram mais, mas se o PS ao manter o governo tem uma vitoria ainda que perca a maioria, porque raio tem a CDU que ter uma derrota? Mesmo continuando uma serie de subidas eleitorais? Mesmo aumentendo o número de
portugueses que acreditam nas suas propostas? O PCP do será irrelevante se o PS insistir em politicas de direita, mas mesmo aí, o camarada Emidio bem sabe que o PCP tem a sua força bem para lá dos votos contados, agora se o PS inverter e caminhar para políticas mais à esquerda, o PCP fica mais relevante. Ou seja, as vitorias e as derrotas do PCP dependem de onde nos pomos a tentar ver o futuro. Eu até já ouvi o van Zeller a dizer que não há uma maioria de esquerda na AR.
Simpatias mediaticas o PCP não tem, mas tem os objectivos de derrotar a maioria e aumentar o grupo parlamentar cumpridos! Essa é que essa!

Anónimo disse...

Aquele edifício já foi um hotel no tempo dos fascistas que se chamava... Hotel Vitória. O edifício é classificado e o nome manteve-se. Não foi, portanto, qualquer tenebroso comunista o padrinho. Se fossemos a mudar os nomes das coisas em função das conjunturas...

Anónimo disse...

É chato, mas é assim!

O PCP subiu (em votos, em mandatos, em percentagem).

O PCP subiu contra-a-corrente, a pulso, voto a voto, contra as sondagens e a comunicação social domesticada.

O BE sobe muito, é certo, mas vai buscar esse crescimento ao PS. São votos do PS que foram para a esquerda e não do PCP que foram para a sua direita (que é onde está o BE).

Mas enfim, faço uma aposta contigo: No dia 11 de Outubro o PCP será a terceira força política do país, em votos, em mandatos, em presidências de junta e de câmara. Queres apostar que esse facto, NESSA altura, será irrelevante, e a imprensa destacará a afirmação do bloco como realidade autárquica apesar de ficar na 5ª posição da tabela, e o facto do CDS conseguir isto ou aquilo, e do PS ter ganho esta e aquela, e do PSD continuar a liderar a lista, etc., etc., ?

Não respondas. Dia 12 falamos.

Um Abraço,

MG

Emídio Fernando disse...

Respondo, MG
Precisamente apontas a grande falha que custa ao PCP analisar: as razões que levam à subida do BE ou, como dizes, a conquista dos votos ao PS. Ao PCP está vedada essa possibilidade? É proibido "caçar" votos ao PS ou a outro partido? É é aí que reside a grande falha do PCP e que os dirigentes comunistas teimam em não ver e analisar e preferem usar os chavões habituais, das sondagens, da comunicação social, etc. A culpa é sempre dos outros, nunca a do próprio PCP. Os dirigentes do PC, nos cálculos especiais que fazem, comparam estes resultados aos de 2005. E que tal recorrer aos números de 1999? Quando já tinham passado 10 anos da queda do Muro de Berlim e da derrocada dos países socialistas. A realidade é esta: o PCP passa a ser a quinta força, fica com o espaço cada vez mais reduzido.

Anónimo disse...

Temos que ver o lado positivo das coisas. Se o bloco e a CDU continuarem a subir desta maneira ainda vão os dois acabar por formar governo...

um homem na aldeia disse...

Camarada Imidio,
os dirigentes do PCP seguramente que abalizam muito mais que tu dizes. Alias, outra coisa não seria de esperar, pois não acrditarias que os dirigentes do PCP fossem as únicas pessoas interessadas na perda de influencia do próprio partido...
Mesmo sem apostas, te direi que um PCP eleitoralmente mais forte será sempre prova que uma mensagem de verdade, de interesse pelos reais proplemas que há três décadas de agravam, de competência e honestidade chegou a mais pessoas. Que o caminho para uma verdadeira rotura com as políticas neo-liberais e o compromisso com um novo projecto de sociedade atingiu mais eleitores e está mais perto no futuro. Um PCP mais forte é sinal dum Portugal mais justo.
Infelizmente já este governo que se apresenta cheira a queijo...