segunda-feira, 19 de julho de 2010

As crendices que mastigam miolos*

A crendice, os mitos, a feitiçaria (quimbandice), as histórias fantásticas, o uso e o abuso da alegoria dominam, em grande parte, a cultura africana e, claro, a angolana. Conta-se, por exemplo, que só se pode ser feiticeiro se matar alguém da família; que os cérebros dos albinos têm uma substância que permite curar a sida; que se a sombra de um pássaro pára na cabeça de alguém, deixa-o louco; e tantas outras que variam conforme a região. Durante a guerra, era mato o surgimento de história de heróis imunes às balas ou simplesmente que com capacidade para se desviarem delas. Mas sobretudo há sempre explicações para fenómenos novos. Agora chegou a vez da "fúria" da crença se abater sobre os chineses, numa história muito bem desmistificada pelo Luís Rainha no (acho) novo projecto Vias de Facto. E de uma forma que só ele sabe contar.
* Título semi-roubado ao próprio Rainha.

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