sexta-feira, 29 de julho de 2011
Os novos "amigos" de Paulo Portas e da diplomacia ocidental
Além das viagens a Angola, Brasil e Moçambique, o ato mais significativo de Paulo Portas, enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros português, foi reconhecer o Conselho Nacional de Transição da Libia, vulgo "os rebeldes líbios", como as autoridades legítimas daquele país. Seguiu aliás as pisadas dos EUA e da Grã-Bretanha. Os britânicos até se apressaram a colocar um líbio exilado no cargo de embaixador. Pois o novo "governo" líbio, carimbado pelas democracias ocidentais, já reconheceu ter executado, a tiro, o general Abdel Younes, que comandava as operações militares dos rebeldes. A revelação foi feita pelo próprio ministro dos Petróleos do governo rebelde. Tudo gente fina e de fino trato. Nada melhor portanto do que receber uns assassinos nos corredores das diplomacias. São estes os novos democratas. amigos de Paulo Portas e do mundo ocidental.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Ordem para despedir
Enquanto o Governo hesita em assumir claramente que defende uma lei laboral mais flexível que facilite os despedimentos individuais, é bom recorrer ao pensamento do ministro Álvaro Santos Pereira que, entre tantas tutelas, é o máximo responsável pelo Emprego. Sem véus, sem tabús, e sem dúvidas, o actual ministro escrevia isto, em Dezembro de 2010 (já prevendo que iria haver um novo governo em breve).
"É mais do que evidente que uma das reformas que será levada a cabo nos próximos tempos é a reforma das leis laborais. E não, não estou a falar de somente de tornar os despedimentos mais baratos. Estou mesmo a pensar (oh heresia!) numa maior flexibilização dos despedimentos individuais. A verdade é que, para o bem ou para o mal, uma flexibilização das leis laborais é simplesmente inevitável, quer seja com este governo (se assim for forçado pelos nossos parceiros europeus), quer seja com o próximo governo (o mais provável)."
O artigo completo, com análise filosófica sobre os despedimentos, as medidas que devem ser tomadas e respetivas propostas, pode ser lido aqui: sem mitos, de facto.
"É mais do que evidente que uma das reformas que será levada a cabo nos próximos tempos é a reforma das leis laborais. E não, não estou a falar de somente de tornar os despedimentos mais baratos. Estou mesmo a pensar (oh heresia!) numa maior flexibilização dos despedimentos individuais. A verdade é que, para o bem ou para o mal, uma flexibilização das leis laborais é simplesmente inevitável, quer seja com este governo (se assim for forçado pelos nossos parceiros europeus), quer seja com o próximo governo (o mais provável)."
O artigo completo, com análise filosófica sobre os despedimentos, as medidas que devem ser tomadas e respetivas propostas, pode ser lido aqui: sem mitos, de facto.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Variações sobre uma explicação colossal
Pedro Passos Coelho terá dito que encontrou um "desvio colossal nas contas públicas". Coisa tão assustadora que já foi corrigida pelo ministro das Finanças: "foram detetados desvios", que exigem um "trabalho colossal".
Humildemente, deixo aqui mais sugestões para apimentar a imaginação do Governo e que podem servir para futuras intervenções:
- Detetados colossos, mas os desvios dão trabalho
- Detetado trabalho para desvios colossais
- Desvios do trabalho provocam colossais deteções
- Trabalhos colossais para desvios detetados
- Trabalhos desviados dão desvios colossais
e por aí adiante que, depois de criar impostos, bem que o Governo vai precisar de mais imaginação.
Humildemente, deixo aqui mais sugestões para apimentar a imaginação do Governo e que podem servir para futuras intervenções:
- Detetados colossos, mas os desvios dão trabalho
- Detetado trabalho para desvios colossais
- Desvios do trabalho provocam colossais deteções
- Trabalhos colossais para desvios detetados
- Trabalhos desviados dão desvios colossais
e por aí adiante que, depois de criar impostos, bem que o Governo vai precisar de mais imaginação.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
O companheiro de estrada no aumento de impostos
Paulo Portas acha que subir impostos é "aumentar a recessão". Paulo Portas considera que o "aumento de impostos tem efeito na contração da economia", com este pormenor delicioso: criticava o plano de austeridade aprovado pelo PS e PSD. Há um ano, Paulo Portas avisava que o "PSD não era de fiar", por causa dos... impostos. Paulo Portas avisa para ninguém contar com o CDS no aumento de impostos, em relação ao Orçamento do Estado.
E as rejeições ao aumento de impostos não se fica por aqui... Até à posse do Governo, claro.
E as rejeições ao aumento de impostos não se fica por aqui... Até à posse do Governo, claro.
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