quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

15 + 15 = 30

30 segundos de fama. É o que Nuno Melo acumulou ao fim de sete meses no Parlamento Europeu. Os primeiros 15 foram obtidos quando interpelou Lopes da Mota (que comparecia perante uma comissão parlamentar na qualidade de presidente do Eurojust) sobre o caso Freeport. A segunda metade apareceu hoje, ao interpelar Vítor Constâncio sobre as falhas do Banco de Portugal na supervisão do BPN e do BPP, no decorrer de uma reunião de avaliação dos três candidatos à vice-presidência do Banco Central Europeu.

Não é um filão inesgotável, mas a rentabilidade está assegurada enquanto houver jornalistas dispostos a dar-lhe a projecção mediática que procura. Que deverá ser inversamente proporcional ao prestígio junto dos demais parlamentares que, além de nunca terem ouvido falar, não estão interessados em conhecer os freeports e bpn em torno dos quais gravita a política portuguesa.

Sharon Bowles, a liberal britânica que preside à comissão que recebeu Constâncio, explica como é que estas coisas são vistas:

“Quem faz estas perguntas ‘nacionais’ são (os deputados) que não são grandes frequentadores das reuniões da comissão, os outros têm mais interesses. São perguntas daqueles que voltam para o seu país a dizer que fizeram a pergunta. Quem as faz tem o seu minuto e a vida continua…”.

7 comentários:

Anónimo disse...

Pois, realmente é uma maçada estragar a rePutação dos lopes que vão de mota em constância!

Avante Camarada...porque o nosso lixo é o vosso luxo!

(o próximo é o cabeça de giz e a seguir mandamos o menino)

Joaquim Amado Lopes disse...

Sharon Bowles é que sabe como as coisas são.
De que interessa que o candidato a vice-presidente do BCE tenha demonstrado completa falta de competência e de isenção enquanto Governador do Banco de Portugal?

para mim disse...

Pensei que os assuntos nacionais de cada eurodeputado são tão importantes quanto os assuntos locais de cada deputado na nossa AR... Ingénuo, eu...

Anónimo disse...

Daniel Rosário é um jornalista faz de conta.
Comunista Ferrenho, acha que basta pegar no microfone para passar por isento.
Mas não é isento!
Por isso é que enquanto jornalista, ninguém o conhece.
Pobre expresso que não arrtanja melhor....

Daniel Rosário disse...

Caro Anónimo,

obrigado pelo contributo.

o que seria da blogosfera sem gente corajosa como tu, capaz de assumir e escrever o que pensa, sem receio das consequências...

não te esqueças de fazer chegar a denúncia a quem de direito.

apenas um pedido (não, não é para te identificares): para a próxima tenta ser mais original.

Anónimo disse...

Meu Caro Daniel Rosário

Não sou comuna. Sou pouco isento. E não gosto de protagonismos.
Ora para não ser acusado de que quero os meus 15 segundos de fama, prefiro ficar anónimo.
Não vá o expresso contratar-me

Daniel Rosário disse...

Caro Anónimo,

que a incongruência da tua prosa e ideias não te façam esmorecer o entusiasmo!

faz lá então chegar o CV ao Expresso, já deu para perceber que esse é o teu grande sonho.

mas, não vá o diabo tecê-las, não deixes já o teu actual emprego, por muito fraca imitação de jornalismo que ele possa ser.