João Tiago Silveira, o porta-voz do PS, não vai ser candidato a deputado nas próximas eleições por vontade própria. Pelo currículo - secretário de Estado, professor universitário... - pelo que tem combatido a burocracia neste país e por ser porta-voz do partido, Tiago Silveira até poderia entrar no Parlamento no lugar que quisesse. Mas não quis, argumentando que se "sente mais útil noutra actividade política" e não negando o apoio total - como ele diz, "a 300 por cento" - a José Sócrates e ao PS.
Numa altura em que uns lamuriam, barafustam, gritam, protestam por não constarem em nenhuma lista, em que outros choram, imploram, humilham-se por um lugarzinho no Parlamento e outros sentem-se altamente capacitados para serem deputados, a atitude de João Tiago Silveira é um exemplo. E uma indirecta a muita gente, incluíndo a algumas figuras do seu próprio partido.
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