Com a entrada em cena do novo Parlamento Europeu, o processo para a recondução de Durão à frente da Comissão Europeia passou a assumir os contornos de telenovela. Mexicana ou venezuelana, é o que ainda está por definir.
Para fazer com que o PE se sentisse envolvido no processo e por não terem a certeza de que Barroso teria aí garantida a maioria necessária, os líderes dos 27 optaram por apenas apoiar politicamente Durão para um segundo mandato, sem no entanto formalizarem a decisão. Mas deixando claro que o poderiam fazer de forma rápida a tempo da sessão plenária de Julho, logo após procederam a uma série de contactos com os representantes das novas famílias políticas do PE, que resultaram das eleições de 7 de Junho.
Tendo em conta a repartição de forças entre os diferentes grupos políticos, parece (embora não seja 100% certo, até porque o voto é secreto) que Barroso dispõe da maioria necessária à sua aprovação (conta com o apoio do PPE, do novo grupo conservador, de parte dos socialistas e de parte dos liberais). Além de que não há nenhum nome alternativo….
Mas acontece que, antes, o PE tem que decidir agendar o assunto na ordem do dia. E aí não existe uma maioria clara, pois se é inevitável que os grupos se dividam na hora do voto, já na hora de estabelecer a agenda, cada grupo conta como um bloco.
E é nesta questão de procedimento que os socialistas europeus, os grandes derrotados das últimas eleições, estão a investir todo o seu peso, no que parece ser um esforço desesperado de mostrar que ainda riscam qualquer coisa.
Porque enquanto os Verdes, com a pujança dos seus 50 deputados (em 736…) dizem claramente que esperam que o atraso permita a emergência de um candidato alternativo a Barroso, os socialistas nem isso têm coragem para assumir.
E até decidiram imitar os liberais na utilização do argumento de que o PE não pode votar Barroso, porque ele não foi formalmente nomeado (esquecendo-se de acrescentar que ele não foi formalmente nomeado precisamente para não melindrar o PE e permitir uma “auscultação” a que nenhum Tratado obriga).
E assim vai a política europeia, depois de umas eleições marcadas pela maior taxa de abstenção de sempre. Mas isso já é passado.
Para fazer com que o PE se sentisse envolvido no processo e por não terem a certeza de que Barroso teria aí garantida a maioria necessária, os líderes dos 27 optaram por apenas apoiar politicamente Durão para um segundo mandato, sem no entanto formalizarem a decisão. Mas deixando claro que o poderiam fazer de forma rápida a tempo da sessão plenária de Julho, logo após procederam a uma série de contactos com os representantes das novas famílias políticas do PE, que resultaram das eleições de 7 de Junho.
Tendo em conta a repartição de forças entre os diferentes grupos políticos, parece (embora não seja 100% certo, até porque o voto é secreto) que Barroso dispõe da maioria necessária à sua aprovação (conta com o apoio do PPE, do novo grupo conservador, de parte dos socialistas e de parte dos liberais). Além de que não há nenhum nome alternativo….
Mas acontece que, antes, o PE tem que decidir agendar o assunto na ordem do dia. E aí não existe uma maioria clara, pois se é inevitável que os grupos se dividam na hora do voto, já na hora de estabelecer a agenda, cada grupo conta como um bloco.
E é nesta questão de procedimento que os socialistas europeus, os grandes derrotados das últimas eleições, estão a investir todo o seu peso, no que parece ser um esforço desesperado de mostrar que ainda riscam qualquer coisa.
Porque enquanto os Verdes, com a pujança dos seus 50 deputados (em 736…) dizem claramente que esperam que o atraso permita a emergência de um candidato alternativo a Barroso, os socialistas nem isso têm coragem para assumir.
E até decidiram imitar os liberais na utilização do argumento de que o PE não pode votar Barroso, porque ele não foi formalmente nomeado (esquecendo-se de acrescentar que ele não foi formalmente nomeado precisamente para não melindrar o PE e permitir uma “auscultação” a que nenhum Tratado obriga).
E assim vai a política europeia, depois de umas eleições marcadas pela maior taxa de abstenção de sempre. Mas isso já é passado.
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