Ao princípio da tarde, corria que Ricardo Rodrigues tinha sido aplaudido na reunião do grupo parlamentar do PS. Afinal, Ricardo Rodrigues não esteve na reunião. Aplausos houve, é certo, mas para saudar a intervenção de outros parlamentares socialistas que quiseram prestar solidariedade ao colega de bancada, perante os acontecimentos tornados públicos na véspera.
O caso da "posse indevida" dos gravadores dos jornalistas da "Sábado". Posso até compreender a solidariedade do grupo. Sim, um deputado, ou outra qualquer pessoa noutro cargo, que dá uma entrevista não é, de facto, obrigado a responder a tudo. Pode mesmo, e deve, se assim o entender, indignar-se e dar por terminada a entrevista. Se Ricardo Rodrigues tivesse feito isso, e nada mais, não haveria nem "caso" nem processo. Exercia um direito.
Aqui chegados, o que me espanta é não haver entre os socialistas uma voz, uma que seja, capaz de condenar o "acto irreflectido" (para usar a expressão do próprio). Antes pareça que o subscrevem. Em rigor, duas vozes. Porque Vital Moreira, lá das Europas já blogou sobre o episódio, dizendo ao sr. deputado o óbvio: "Só se responde ao que se quer." Mas foi o único a considerar a atitude "injustificável".
Posto isto, estou em crer, mas é um "supônhamos", que se Ricardo Rodrigues tivesse estado na reunião da bancada, teria sido aplaudido. Mesmo. Não estando, comprovou ser afinal capaz de um gesto "reflectido". Poupando o grupo parlamentar do PS ao ridículo. .
quinta-feira, 6 de maio de 2010
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