Ainda a propósito do apoio que o PS deve dar ou não à recandidatura de Durão Barroso à Comissão Europeia, tema que ainda deve surgir várias vezes ao longo da campanha para as europeias. Ou de como esta coisa de conservadores e socialistas pouco ou nada conta nestas ocasiões.
Em 2004 o “candidato do consenso” à sucessão de Romano Prodi era o conservador luxemburguês Jean-Claude Juncker que apenas não entusiasmava os britânicos, que o consideravam demasiado federalista, e que se auto-excluiu da corrida pois acabava de ser reeleito como primeiro-ministro do seu país. Surgiram assim os seguintes candidatos:
-o liberal belga Guy Verhofstadt, apoiado pelo social-democrata alemão Gerhard Schroeder, pelo conservador francês Jacques Chirac e pelo conservador luxemburguês Jean-Claude Juncker;
-o conservador britânico Chris Patten, apoiado pelo trabalhista britânico Tony Blair e pela generalidade dos conservadores europeus (à excepção de Juncker e de Barroso);
-o socialista António Vitorino, apoiado pelo “social-democrata”/conservador (em termos europeus) português Durão Barroso (com que empenho, isso é outra história).
As duas primeiras candidaturas auto-anularam-se. Vitorino, além do apoio de Portugal, não obteve um único apoio suplementar, nem mesmo de Espanha, então já governada pelos socialistas de Zapatero.
O coelho a saltar da cartola, depois de Juncker voltar a dizer ‘não’, acabou por ser o próprio Barroso (conservador), com o apoio entusiástico de Blair (trabalhista) e do PPE (conservador) e a aceitação mais ou menos resignada dos demais.
Quer isto dizer que Barroso é o melhor candidato, ou que fez um bom trabalho e merece lá continuar, ou que tem a recondução garantida, ou que os socialistas europeus não devem ter um candidato próprio? Não. Só para explicar que alguns argumentos avançados para contestar o apoio de Sócrates a Durão não fazem muito sentido. E, já agora, para lembrar que Durão só assumiu funções depois de empossado pelo Parlamento Europeu e com o apoio de muitos eurodeputados socialistas.
Em 2004 o “candidato do consenso” à sucessão de Romano Prodi era o conservador luxemburguês Jean-Claude Juncker que apenas não entusiasmava os britânicos, que o consideravam demasiado federalista, e que se auto-excluiu da corrida pois acabava de ser reeleito como primeiro-ministro do seu país. Surgiram assim os seguintes candidatos:
-o liberal belga Guy Verhofstadt, apoiado pelo social-democrata alemão Gerhard Schroeder, pelo conservador francês Jacques Chirac e pelo conservador luxemburguês Jean-Claude Juncker;
-o conservador britânico Chris Patten, apoiado pelo trabalhista britânico Tony Blair e pela generalidade dos conservadores europeus (à excepção de Juncker e de Barroso);
-o socialista António Vitorino, apoiado pelo “social-democrata”/conservador (em termos europeus) português Durão Barroso (com que empenho, isso é outra história).
As duas primeiras candidaturas auto-anularam-se. Vitorino, além do apoio de Portugal, não obteve um único apoio suplementar, nem mesmo de Espanha, então já governada pelos socialistas de Zapatero.
O coelho a saltar da cartola, depois de Juncker voltar a dizer ‘não’, acabou por ser o próprio Barroso (conservador), com o apoio entusiástico de Blair (trabalhista) e do PPE (conservador) e a aceitação mais ou menos resignada dos demais.
Quer isto dizer que Barroso é o melhor candidato, ou que fez um bom trabalho e merece lá continuar, ou que tem a recondução garantida, ou que os socialistas europeus não devem ter um candidato próprio? Não. Só para explicar que alguns argumentos avançados para contestar o apoio de Sócrates a Durão não fazem muito sentido. E, já agora, para lembrar que Durão só assumiu funções depois de empossado pelo Parlamento Europeu e com o apoio de muitos eurodeputados socialistas.
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