O Parlamento Europeu decidiu hoje reenviar para a comissão parlamentar da especialidade o relatório de Edite Estrela, sobre o alargamento da licença de maternidade.
Tal desenlace representa um recuo importante, até porque tratando-se da última sessão da legislatura o assunto só deve voltar a ser discutido sabe-se lá quando.
Mas não deixa de levantar uma questão: como é possível que Edite Estrela (que ainda hoje de manhã garantia aos jornalistas em Estrasburgo que tinha os apoios necessários da direita e dos liberais para aprovar o relatório) não se tenha apercebido de que não tinha condições para fazer aprovar o relatório?
Ou negociou com o PPE e os liberais e estes lhe tiraram o tapete no último momento (o que não é de excluir), ou entusiasmou-se tanto com a possibilidade de acabar o mandato em beleza que não acautelou os compromissos e negociações necessárias à viabilização do relatório e decidiu forçar o voto, comprometendo o resultado (cenário que também não se pode afastar). A expressividade da votação dá força a esta segunda possibilidade: 347 votos a favor do reenvio à comissão, 256 contra e 10 abstenções.
No preciso momento em que se ia proceder à votação, a conservadora luxemburguesa Astrid Lulling defendeu o adiamento da votação em plenário: "Há 89 alterações. Será completamente caótico e o voto que vamos fazer não nos vai permitir uma discussão objectiva com o Conselho e a Comissão. Há 89 alterações totalmente contraditórias [da comissão parlamentar e apresentadas por vários grupos políticos]. Proponho que o relatório seja reenviado para a comissão parlamentar".
Ao que Edite Estrela contestou: "Não faz sentido remeter para a Comissão de novo este relatório, esta proposta, porque foi debatida com todos os grupos. Tem um apoio que eu presumo que seja maioritário nesta Câmara. Foi debatida com a Comissão, foi debatida com o Conselho. Naturalmente, há posições diferentes. (…) Peço à Câmara que vote as propostas, que apoie o meu relatório, porque dará razões acrescidas aos cidadãos para irem votar nas eleições europeias".
Presumiu mal.
Tal desenlace representa um recuo importante, até porque tratando-se da última sessão da legislatura o assunto só deve voltar a ser discutido sabe-se lá quando.
Mas não deixa de levantar uma questão: como é possível que Edite Estrela (que ainda hoje de manhã garantia aos jornalistas em Estrasburgo que tinha os apoios necessários da direita e dos liberais para aprovar o relatório) não se tenha apercebido de que não tinha condições para fazer aprovar o relatório?
Ou negociou com o PPE e os liberais e estes lhe tiraram o tapete no último momento (o que não é de excluir), ou entusiasmou-se tanto com a possibilidade de acabar o mandato em beleza que não acautelou os compromissos e negociações necessárias à viabilização do relatório e decidiu forçar o voto, comprometendo o resultado (cenário que também não se pode afastar). A expressividade da votação dá força a esta segunda possibilidade: 347 votos a favor do reenvio à comissão, 256 contra e 10 abstenções.
No preciso momento em que se ia proceder à votação, a conservadora luxemburguesa Astrid Lulling defendeu o adiamento da votação em plenário: "Há 89 alterações. Será completamente caótico e o voto que vamos fazer não nos vai permitir uma discussão objectiva com o Conselho e a Comissão. Há 89 alterações totalmente contraditórias [da comissão parlamentar e apresentadas por vários grupos políticos]. Proponho que o relatório seja reenviado para a comissão parlamentar".
Ao que Edite Estrela contestou: "Não faz sentido remeter para a Comissão de novo este relatório, esta proposta, porque foi debatida com todos os grupos. Tem um apoio que eu presumo que seja maioritário nesta Câmara. Foi debatida com a Comissão, foi debatida com o Conselho. Naturalmente, há posições diferentes. (…) Peço à Câmara que vote as propostas, que apoie o meu relatório, porque dará razões acrescidas aos cidadãos para irem votar nas eleições europeias".
Presumiu mal.
2 comentários:
Provavelmente preocupou-se (mais uma vez) mais com a forma do que com o conteúdo...
depois admiram-se que o povo não vote nas europeias. a generalidade pensa que os deputados andam por lá a passear e a ganhar bem, o que não dixa de ser verdade
Enviar um comentário