sexta-feira, 12 de março de 2010

A poesia saiu à rua num dia em São Tomé


A poetisa, nacionalista, professora e lutadora pela Indepedência de São Tomé, Alda Espírito Santo, morreu. O país tratou de a homenagear o melhor que soube. Enquanto, como sempre, os políticos se exibiam, as escolas leram poesia, a rádio passou poesia. Os miúdos, de batas azuis, encheram as praças e as ruas, ladearam o cortejo funerário, aguentaram horas para ver a "Tia Alda". Até o humor africano quis entrar na poesia que se ouvia na rua. E com tanto aparato, na espera do carro funerário, alguém desabafou:

"Tchéé, eu mesmo estou vivo aqui e ninguém me espera"

Os artistas pintaram o quadro que se vê em cima com frases da poesia de Alda Espírito Santo que, entre outras coisas, é autora do hino de São Tomé e tem uma notável troca de correspondência com Agostinho Neto.

2 comentários:

dina disse...

oh emídio, o que é que andas a fazer em são tomé???? férias ou trabalho?

Anónimo disse...

São Tomé passou a ser colónia de Angola? É que se a autora do hino trocava cartas com um "poeta mediocre"*, isso só pode ser submissão ou sadomasoquismo.

* J.E. Agualusa sobre Agostinho Neto enquanto poeta.