Na apresentação da “Estratégia 2020”, a nova estratégia económica da UE para a próxima década, Barroso não resistiu a recordar algo de que provavelmente só ele é que se lembra (e que nunca se lembrou de repetir desde então, nem quando chegou a primeiro-ministro, nem quando chegou à presidência da Comissão Europeia): que, qual Nostradamus, avisou logo no ano 2000 que a Estratégia de Lisboa, a menina dos olhos de Guterres, estava condenada ao fracasso desde o início.
“Esse objectivo de fazer da economia europeia em 2010 a mais competitiva do mundo, devo dizer que, pessoalmente, desde o princípio que não acreditei nele. No ano 2000, quando a Estratégia de Lisboa foi aprovada, eu era líder da oposição no meu país e disse publicamente que não era uma estratégia bem desenhada, pois era demasiado ambiciosa e demasiado detalhada, sem ter algo mais realista.”
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