Apressado, Manuel Alegre - ou alguém por ele - tratou de passar a ideia de que a sua candidatura presidencial iria receber o apoio de José Sócrates e da direcção do PS.
Mas apesar do currículo à causa socialista portuguesa, apesar de ser militante do PS e de garantir que "pertence à família do PS", começa a ser claro que a direcção do PS só a muito contragosto vai apoiá-lo.
Aliás, o facto do próprio secretariado desmentir essa intenção divulgada pela Lusa esclarece tudo. Mesmo que Alegre resolva, como fez hoje, jurar o amor filial ao PS.
O outro sinal foi dado pelo próprio José Sócrates. Ele que tem o hábito de separar vincadamente, nas respostas aos jornalistas, quando é primeiro-ministro e quando está como secretário-geral, resolveu misturar as duas funções só para enviar o recado a Alegre e aos apoiantes que a agenda socialista é só o PS que a faz.
Manuel Alegre ameaça ser um sapo maior para o PS do que aquele que os comunistas engoliram quando foram obrigados a votar em Mário Soares.
E, nas próximas semanas, isso ainda vai ser mais evidente. Além de que, conta-nos a História, a vingança é um prato que se serve frio... e de bandeja.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
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2 comentários:
É a contragosto mas "que remédio", vai ter de ser e a decisão está tomada. O que baralhou o PS foi ter vindo na Lusa que só pode dar noticias oficiais...De resto, a tentativa de desmentido assinada pelo André Figueiredo demonstra isso mesmo. Já apostei um jantar. Acho que não vais querer apostar tambem, pois não ?
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