Antes de entrar para a sala da comissão do Parlamento Europeu onde ia apresentar o relatório da actividade do Eurojust em 2008, Lopes da Mota falou brevemente aos jornalistas e, já com os microfones desligados, aproveitou para se queixar.
Queixou-se mais ou menos de tudo e de todos (políticos, jornalistas, magistrados) e, sobretudo, da falta de reconhecimento em Portugal da importância do seu trabalho “lá fora” em contraste com o prestígio de que goza junto dos seus pares europeus. Ideias que repetiria perante a comissão parlamentar (“gostaria de ser respeitado em Portugal, como sou respeitado no Eurjust”).
E lá foi falar de coisas sérias com os eurodeputados. O primeiro solavanco surgiu quando Nuno Melo, de forma um pouco forçada (“tentei fazê-lo na AR mas os socialistas não deixaram…”), o interpelou sobre o caso Freeport. O presidente do Eurojust irritou-se, respondeu longamente e até voltou ao assunto mais tarde. Os outros eurodeputados ouviam entediados, o presidente da comissão pedia que não se perdesse muito tempo com aquela “questão nacional” que, obviamente, não era para ali chamada.
Mas o pior foi quando, de onde esperava reconhecimento do seu trabalho pelo seu devido valor e, quiçá, algum carinho e compreensão, surgiram críticas simplesmente… demolidoras. Um parlamentar espanhol afirmou que o relatório apresentado mostrava que o Eurojust “não funciona”, faz “muito poucas coisas” e apresenta uma “estatística muito pobre”. Pelo que se impõe “rever tudo”, desde o orçamento, às competências, passando pelo organigrama, etc. Em suma, deitar abaixo e voltar a fazer de novo.
Lopes da Mota, que havia puxado dos galões de uma década com funções de responsabilidade no Eurojust, nomeadamente na sua criação, lá se defendeu atirando a culpa para os governos nacionais: “é o melhor que podemos fazer”, “dependemos dos Estados-Membros e dos recursos que temos”…
Como disse o treinador do Vitória de Setúbal depois da recente derrota por 8-1 com o Benfica, “há dias em que um tipo não devia sair de casa”.
Queixou-se mais ou menos de tudo e de todos (políticos, jornalistas, magistrados) e, sobretudo, da falta de reconhecimento em Portugal da importância do seu trabalho “lá fora” em contraste com o prestígio de que goza junto dos seus pares europeus. Ideias que repetiria perante a comissão parlamentar (“gostaria de ser respeitado em Portugal, como sou respeitado no Eurjust”).
E lá foi falar de coisas sérias com os eurodeputados. O primeiro solavanco surgiu quando Nuno Melo, de forma um pouco forçada (“tentei fazê-lo na AR mas os socialistas não deixaram…”), o interpelou sobre o caso Freeport. O presidente do Eurojust irritou-se, respondeu longamente e até voltou ao assunto mais tarde. Os outros eurodeputados ouviam entediados, o presidente da comissão pedia que não se perdesse muito tempo com aquela “questão nacional” que, obviamente, não era para ali chamada.
Mas o pior foi quando, de onde esperava reconhecimento do seu trabalho pelo seu devido valor e, quiçá, algum carinho e compreensão, surgiram críticas simplesmente… demolidoras. Um parlamentar espanhol afirmou que o relatório apresentado mostrava que o Eurojust “não funciona”, faz “muito poucas coisas” e apresenta uma “estatística muito pobre”. Pelo que se impõe “rever tudo”, desde o orçamento, às competências, passando pelo organigrama, etc. Em suma, deitar abaixo e voltar a fazer de novo.
Lopes da Mota, que havia puxado dos galões de uma década com funções de responsabilidade no Eurojust, nomeadamente na sua criação, lá se defendeu atirando a culpa para os governos nacionais: “é o melhor que podemos fazer”, “dependemos dos Estados-Membros e dos recursos que temos”…
Como disse o treinador do Vitória de Setúbal depois da recente derrota por 8-1 com o Benfica, “há dias em que um tipo não devia sair de casa”.
1 comentário:
e mesmo em casa, às vezes sabe Deus
IG
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