domingo, 19 de abril de 2009

"Perestroika" norte-americana

Barack Obama foi à cimeira das Américas prometer ajudar elaborar o futuro "sem grande, nem pequenos" ao mesmo tempo que garantia "começar de novo" as relações com Cuba, tentando corrigir os erros do passado.
Antes, o presidente dos Estados Unidos esteve de visita na Turquia, fazendo declarações históricas. A começar pelo discurso feito no parlamento turco: "Os Estados Unidos não estão, nem nunca estarão, numa guerra contra o Islão". Depois do encontro, participou num encontro com centenas de estudantes turcos, de peito aberto, numa faculdade onde respondeu a dezenas de questões. E insistiu nos acordos de paz entre Israel e a Palestina, mas que sejam discutidos em igualdade. Um jornal turco já o apelidou de "mensageiro da paz", enquanto alguns "falcões" israelitas vão avisando que "Israel decide sozinha e não é o 51ª estado americano".
São os sinais do que há muito se previa: Barack Obama vai provocar um terramoto político nas relações internacionais. E esse movimento é de tal ordem que os seus efeitos só poderão ser comparados aos provocados pela "perestroika" de Gorbachov. O que, para já, não tem desiludido quem depositou tantas esperanças na sua eleição.

1 comentário:

Luis Melo disse...

Ironia: a única forma de comentar a entrevista do PMQuestionado sobre o que tem dito Cavaco Silva, respondeu: "As palavras do PR não se referem ao governo, porque o governo não está a fazer isso". Pois não, Cavaco referia-se ao governo da Gronelândia.

Sobre as grandes obras e os seus estudos de custo/benefício, Sócrates soube dizer apenas: "Vão ao site do ministério das obras públicas e têm lá todas as informações". Muito obrigado Sr. PM. Excelente esclarecimento aos portugueses.

Relativamente à crise que se abate sobre Portugal, o PM disse: "É preciso que os portugueses saibam que a OCDE prevê uma recessão para a Alemanha 5.6%, Itália 4.3%, Japão 6.6%". Exacto, mas sobre o que se passa neste país, não precisam de saber.

E disse mais: "Eu quero chamar a atenção para o seguinte: A Irlanda...". Exacto, é essencial chamar a atenção dos portugueses para a Irlanda, e desviar as atenções do que se passa em Portugal.

No meio das soluções para a crise: "Demos um apoio pré-natal que atinge 157.000 grávidas". Olha, estás a ver que generoso que é este governo. Existem 500.000 desempregados, mas esses que se amanhem. Agora o complemento para grávidas, isso sim é essencial nesta altura.

Por último, sobre o caso Freeport, José Sócrates disse: "Não tenho intervido sobre o caso Freeport, por respeito pela seriedade da investigação" [...] "Há uma coisa que não quero deixar de dizer. A forma como nasceu o caso Freeport. Foi a PJ em conjunto com dirigentes do PSD e do CDS". Então em que é que ficamos? a investigação é séria ou não?

"Disseram que havia uma queixa em Bruxelas. Não é verdade, essa queixa foi arquivada". Ora bem, se foi arquivada é porque havia realmente uma queixa. E sendo assim era verdade, certo?

"Eu agirei contra todos aqueles que me citem neste processo". Será que também vai agir judicialmente contra a polícia inglesa?

"O silêncio dos outros profissionais, em relação ao Telejornal da TVI vai contra o código deontológico dos jornalistas". Hum... e os comentários e artigos de opinião da sua namorada? Não vão eles contra esse estatuto também?