segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A primavera árabe a caminhar para um longo inverno



Já começou no Egito o que há muito se esperava, mas que o resto do Mundo teima em não querer ver: os radicais islâmicos estão dispostos a tomar o poder no Cairo, em Tunes, em Tripoli, em Argel. Quando Hosni Mubarak caiu, o Mundo clamou "democracia". Quando Ben Ali deixou o poder depois de enfrentar as manifestações de rua, o Mundo adorou. Seguiu-se a Líbia com o destino que se sabe de Kadhafi.
Por estes dias, a famosa Praça Tahir volta a ser palco de ferozes manifestações com contagem de mortos. O governo egípcio já se demitiu. Nem teve tempo para organizar as tão desejadas e faladas eleições.
Pelas mesquitas, pelas escolas e faculdades islâmicas, pelos hospitais islâmicos, pelos serviços sociais de apoio a famílias mais carenciadas já se festeja a queda de mais um governo. Tranquilamente, a Irmandade Muçulmana, que controla todas aqueles instituições, aguarda. O futuro pertence-lhe. O resto do Mundo já se esqueceu da famosa "Primavera". Como irá acontecer na Tunísia e na Líbia, os egípcios vão ficar entregues a um triste destino.

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