sábado, 15 de janeiro de 2011
Um nobre "genocídio"
No tempo de antena da sua campanha, Fernando Nobre esclarece que, se for eleito Presidente da República, vai defender a língua portuguesa falada por "200 milhões de pessoas". Ora, o Brasil, de acordo com o censos de 2010, tem 190 732 694 habitantes. Se juntarmos as populações de Portugal (mais emigrantes), Angola, Moçambique, São Tomé e Princípe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, alguma de Macau, pode-se concluir que Fernando Nobre fez desaparecer quase 50 milhões de pessoas.
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1 comentário:
Quando apresentou a sua candidatura logo saíram rumores de que teria sido Mário Soares a lança-lo para que Manuel Alegre provasse do próprio veneno. Ou seja, a candidatura de Fernando Nobre representaria o desalinhamento com os políticos de hoje, e tentaria roubar a Alegre os votos que este roubou a Soares em 2006.
Mas, os apoios de peso da sociedade civil começaram a chegar, e notou-se que a candidatura era mais do que um favor que faria ao amigo Soares. O facto é que as intenções de Nobre podem ser as melhores, mas é preciso ter mais do que isso para se ser Chefe de Estado.
Além do mais, na ânsia de clamar contras as injustiças sociais (culpa do Governo), Nobre tem demonstrado um desconhecimento profundo dos poderes e das funções de um PR. Dou de barato que a sua máquina eleitoral seja amadora e que não tenha jeito para falar em público, mas é imprescindível ter-se algumas qualidades pessoais que manifestamente não tem. É um homem cinzento.
Esta candidatura tinha tudo para ter sucesso e surpreender se o candidato não fosse Fernando Nobre, mas alguém com mais carisma.
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