Mais do que uma biografia, o trabalho do jornalista Bart Jones é um notável e profundo retrato da Venezuela. Antes de Hugo Chávez e depois de Hugo Chávez. É sobretudo aconselhável a quem, gratuitamente, desata a opinar sobre o país, a democracia e os direitos humanos. Mesmo que não saiba em que hemisfério fica a Venezuela. É precisamente sobre o hemisfério, a América Latina, os heróis e os cobardes, os traidores e os fiéis, e muitas estórias de sangue e lágrimas que o livro se compõe.
Bart Jones faz um retrato impiedoso: um país afogado em petróleo, mas com 80 por cento da população no limiar da pobreza; mais de 60 por cento da terra cultivável nas mãos de três por cento da população; mais de um milhão e meio de crianças, em idade escolar, que nunca foram à escola; presidentes corruptos, cleptómanos, autoritários, loucos; televisões em campanhas sórdidas; entrevistadores e entrevistados que ameaçam matar presidentes; autarcas que proíbem o beijo, punindo os prevaricadores com multas; militares e índios sem direito a voto; pobreza extrema até denunciada por norte-americanos; gente com mais de 60 anos que nunca recebeu assistência médica; bairros inteiros, do tamanho de vilas, que nunca viram um médico ou um professor; mulheres-a-dias sem qualquer direito a segurança social.
Esta era a Venezuela antes de Chávez. Depois dele....o livro conta tudo. Para quem, de facto, queira saber.
P:S: O livro, na edição portuguesa, tem um título à tablóide: “No me callo! - a biografia explosiva de Hugo Chávez”. O original é mais contido e aproximado ao que ele conta: “Hugo! – The Hugo Chávez story from mud hut to perpetual revolution”. A editora portuguesa é a Ministério dos Livros e está cuidadosamente traduzido e revisto.
Bart Jones faz um retrato impiedoso: um país afogado em petróleo, mas com 80 por cento da população no limiar da pobreza; mais de 60 por cento da terra cultivável nas mãos de três por cento da população; mais de um milhão e meio de crianças, em idade escolar, que nunca foram à escola; presidentes corruptos, cleptómanos, autoritários, loucos; televisões em campanhas sórdidas; entrevistadores e entrevistados que ameaçam matar presidentes; autarcas que proíbem o beijo, punindo os prevaricadores com multas; militares e índios sem direito a voto; pobreza extrema até denunciada por norte-americanos; gente com mais de 60 anos que nunca recebeu assistência médica; bairros inteiros, do tamanho de vilas, que nunca viram um médico ou um professor; mulheres-a-dias sem qualquer direito a segurança social.
Esta era a Venezuela antes de Chávez. Depois dele....o livro conta tudo. Para quem, de facto, queira saber.
P:S: O livro, na edição portuguesa, tem um título à tablóide: “No me callo! - a biografia explosiva de Hugo Chávez”. O original é mais contido e aproximado ao que ele conta: “Hugo! – The Hugo Chávez story from mud hut to perpetual revolution”. A editora portuguesa é a Ministério dos Livros e está cuidadosamente traduzido e revisto.
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